(Apocalipse 12:7-8/PALAVRA de DEUS)
Lúcifer no Céu,
antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra
depois do amado FILHO de DEUS. Seu semblante, como o dos outros anjos, era
suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande
inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial
resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao
redor dos outros anjos; todavia, CRISTO, o amado FILHO de DEUS tinha
preeminência sobre toda a hoste angélica. ELE era um com o PAI antes que os
anjos fossem criados. Lúcifer invejou a CRISTO, e gradualmente pretendeu o
comando que pertencia a CRISTO unicamente.
O Grande CRIADOR
convocou as hostes celestiais, para na presença de todos os anjos conferir
honra especial a SEU FILHO. O FILHO estava assentado no Trono com o PAI, e a
multidão celestial de santos anjos reunida ao redor DELES. O PAI então fez
saber que por Sua própria decisão CRISTO, SEU FILHO, devia ser considerado
igual a ELE, assim que em qualquer lugar que estivesse presente SEU FILHO, isto
valeria pela SUA própria presença. A PALAVRA do FILHO devia ser obedecida tão prontamente
como a PALAVRA do PAI. SEU FILHO foi por ELE investido com autoridade para
comandar as hostes celestiais. Especialmente devia SEU FILHO trabalhar em união
com ELE na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir
sobre ela. O FILHO levaria a cabo SUA vontade e SEUS propósitos, mas nada faria
por SI mesmo. A Vontade do PAI seria realizada NELE.
Lúcifer estava
invejoso e enciumado de JESUS CRISTO. Todavia, quando todos os anjos se curvaram
ante JESUS reconhecendo SUA supremacia e alta autoridade e direito de governar,
ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. CRISTO
tinha sido introduzido no especial Conselho de DEUS na consideração de SEUS Planos,
enquanto Lúcifer não participara deles. Ele não compreendia, nem lhe fora
permitido conhecer, os propósitos de DEUS. Mas, CRISTO era reconhecido como o
Soberano do Céu, SEU poder e autoridade eram os mesmos de DEUS. Lúcifer pensou
em si mesmo como o favorito entre os anjos no Céu. Tinha sido grandemente
exaltado, mas isto não despertou nele louvor e gratidão ao seu CRIADOR. Aspirava
à altura do próprio DEUS. Gloriava-se na sua altivez. Sabia que era honrado
pelos anjos. Tinha uma missão especial a executar. Tinha estado perto do Grande
CRIADOR e o resplendor incessante da gloriosa luz que cercava o Eterno DEUS
tinha brilhado especialmente sobre ele. Pensava como os anjos tinham obedecido
a seu comando com prazeroso entusiasmo. Não era seu vestuário belo e brilhante?
Por que devia CRISTO ser assim honrado ante ele?
Ele deixou a imediata presença do PAI, insatisfeito e cheio de inveja contra JESUS CRISTO. Dissimulando seu real propósito, convocou as hostes angélicas. Introduziu seu assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou a preferência que DEUS dera a JESUS em prejuízo dele. Contou que dali em diante toda a doce liberdade que os anjos tinham gozado estava no fim. Pois não havia sido posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em diante render honra servil? Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles; que nunca mais ele se prostraria ante CRISTO; que assumiria a honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o comandante de todos aqueles que se submetessem a segui-lo e obedecer a sua voz.
Houve
controvérsia entre os anjos. Lúcifer e seus simpatizantes porfiavam por reformar
o Governo de DEUS. Estavam descontentes e infelizes porque não podiam
perscrutar SUA insondável sabedoria e averiguar o SEU propósito em exaltar SEU
FILHO e dotá-LO com tal ilimitado poder e comando. Rebelaram-se contra a
Autoridade do FILHO.
Os Anjos que
eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à Vontade de
SEU CRIADOR. Justificaram o ato de DEUS em conferir honra a SEU FILHO, e com
fortes razões tentaram convencer Lúcifer que não lhe cabia menos honra agora,
do que antes que o PAI proclamasse a honra que ELE tinha conferido a SEU FILHO.
Mostraram-lhe claramente que CRISTO era o FILHO de DEUS, existindo com ELE
antes que os anjos fossem criados, que sempre estivera à Mão Direita de DEUS, e
SUA suave, amorosa autoridade até o presente não tinha sido questionada; e que
ELE não tinha dado ordens que não fossem uma alegria para a hoste celestial
executar. Eles insistiam que o receber CRISTO honra especial de SEU PAI, na
presença dos anjos, não diminuía a honra que Lúcifer recebera até então. Os
anjos choraram. Ansiosamente tentaram levá-lo a renunciar a seu mau desígnio e
render submissão ao CRIADOR; pois até então tudo fora paz e harmonia, e o que
podia ocasionar esta voz discordante, rebelde?
Lúcifer recusou
ouvi-los. Então voltou-se dos anjos leais e sinceros, denunciando-os como escravos.
Estes Anjos, leais a DEUS, ficaram pasmados ao verem que Lúcifer era
bem-sucedido em seu esforço para incitar a rebelião. Prometia-lhes um novo e
melhor governo do que então tinham, no qual todos seriam livres. Grande número
expressou seu propósito de aceitá-lo como líder e principal comandante. Ao ver
que seus primeiros passos foram coroados de sucesso, vangloriou-se de que ainda
devia ter todos os anjos ao seu lado, e que seria igual ao próprio DEUS e que
sua voz autoritária seria ouvida no comando de toda a hoste celestial. De novo
os anjos leais advertiram-no, alertando-o quanto às consequências se ele
persistisse; que Aquele que pôde criar os anjos tinha poder para retirar-lhes
toda a autoridade e de alguma assinalada maneira punir-lhes a audácia e
terrível rebelião. E pensar que um anjo pudesse resistir à LEI de DEUS que era
tão sagrada como ELE mesmo! Exortaram os rebeldes a cerrar os ouvidos às razões
fraudulentas de Lúcifer, advertindo-o e a todos os que tinham sido afetados que
fossem a DEUS e confessassem seu engano, mesmo por admitirem um pensamento que
punha em dúvida SUA autoridade. Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam
inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua
insatisfação, e de novo receberam a confiança do PAI e SEU amado FILHO. O
grande rebelde declarou então que estava familiarizado com a Lei de DEUS e se
se submetesse a uma obediência servil seria despojado de sua honra. Nunca mais
poderia ser incumbido de sua exaltada missão. Disse que ele mesmo e os que com
ele se uniram tinham ido muito longe para voltarem, que arrostaria as consequências,
que nunca mais se prostraria para adorar servilmente o FILHO de DEUS; que DEUS
não perdoaria, e que agora eles precisavam garantir sua liberdade e conquistar
pela força a posição e autoridade que não lhes fora concedida voluntariamente.
Os Anjos leais apressaram-se a relatar ao FILHO de DEUS o que acontecera entre os anjos. Acharam o PAI em conferência com SEU FILHO amado, para determinar os meios pelos quais, para o bem-estar dos anjos leais, a autoridade assumida por Satanás podia ser para sempre retirada. O Grande DEUS podia de uma vez lançar do Céu este arque enganador; mas este não era o SEU propósito. Queria dar aos rebeldes uma oportunidade igual para medirem sua força e poder com SEU próprio FILHO e SEUS Anjos Leais. Nesta batalha cada anjo escolheria seu próprio lado e seria manifesto a todos. Não teria sido seguro tolerar que qualquer que se havia unido a Satanás na rebelião, continuasse a ocupar o Céu. Tinham aprendido a lição de genuína rebelião contra a imutável Lei de DEUS e isto era irremediável. Se DEUS tivesse exercido SEU poder para punir este sumo rebelde, os anjos desafetos não se teriam revelado; portanto, DEUS tomou outra direção, pois queria manifestar distintamente a toda hoste celestial SUA justiça e juízo.
Guerra!
Rebelar-se
contra o Governo de DEUS foi o maior crime. Todo o Céu parecia estar em
comoção. Os anjos foram dispostos em ordem por companhias, cada divisão com o
mais categorizado anjo à sua frente. Satanás estava guerreando contra a Lei de
DEUS, por causa da ambição de exaltar-se a si mesmo, e por não desejar submeter-se
à autoridade do FILHO de DEUS, o Grande Comandante Celestial.
Toda a hoste celestial foi convocada para comparecer perante o PAI a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber sua insatisfação por ter sido CRISTO preferido a ele. Permaneceu orgulhoso e instando que devia ser igual a DEUS e introduzido a conferenciar com o PAI e entender SEUS propósitos. DEUS informou a Satanás que apenas a SEU FILHO ELE revelaria SEUS propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu. Então, Satanás exultante mente apontou aos seus simpatizantes, que compreendiam quase a metade de todos os anjos, e exclamou: “Estes estão comigo! Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?”. Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de CRISTO e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força.
Os Anjos bons
choraram ao ouvir as palavras de Satanás e suas exultantes jactâncias. DEUS
declarou que os rebeldes não mais podiam permanecer no Céu. Seu estado elevado
e feliz tinha sido conservado sob a condição de obediência à Lei que DEUS dera
para governar as elevadas ordens de seres. Mas, nenhuma provisão tinha sido
feita para salvar os que se aventurassem a transgredir SUA Lei. Satanás
tornou-se mais ousado em sua rebelião, e expressou seu desprezo à Lei do
CRIADOR. Esta Satanás não podia suportar. Declarou que os anjos não precisavam
de Lei, mas deviam ser livres para seguir sua própria vontade, a qual os
guiaria sempre retamente; que a lei era uma restrição a sua liberdade; e que a
abolição da lei era um dos grandes objetivos da posição que assumira. A
condição dos anjos, pensava ele, necessitava de aperfeiçoamento. Assim não
pensava DEUS que tinha feito leis, colocando-as em igualdade consigo mesmo. A
felicidade da hoste angélica consistia em sua perfeita obediência à lei. Cada
um tinha seu trabalho especial designado, e antes da rebelião de Satanás,
existira no Céu perfeita ordem e ação harmônica.
Então houve guerra
no Céu. O FILHO de DEUS, o Príncipe do Céu, e SEUS Anjos Leais empenharam-se
num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O FILHO de
DEUS e os Anjos Verdadeiros e Leais prevaleceram; e Satanás e seus
simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda a hoste celestial reconheceu e adorou
o DEUS da Justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara
a ser paz e harmonia como antes. Os Anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles
que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era
sentida no Céu.
O PAI consultou SEU FILHO com respeito à imediata execução de SEU propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual DEUS considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de DEUS, podendo conversar com os Anjos, e estes com ELE. DEUS não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência. "Livro+" (História da Redenção - Ellen G White)
* O Livro do Apocalipse - "Capítulo 1/22" (Preceito por Preceito).
* O Livro do Apocalipse - "Capítulo 2/22" (Preceito por Preceito)
* O Livro do Apocalipse - "Capítulo 3/ 22" (Preceito por Preceito).