É DESSE JEITO!
As
Bênçãos de Deus Transformadas em Maldição
Nosso CRIADOR tem outorgado liberalmente ao homem Suas bênçãos. Fossem todos esses dons da
Providência empregados sábia e moderadamente, e a pobreza, a enfermidade e a
aflição seriam quase banidas da Terra. Mas ai vemos por toda parte as Bênçãos
de DEUS transformadas em maldição pela impiedade dos homens.
Não há classe
culpada de maior perversão e abuso de Seus preciosos dons, do que os que
empregam os produtos do solo na fabricação de bebidas intoxicantes. Os nutritivos
cereais, os frutos saudáveis e deliciosos, são convertidos em bebidas que
pervertem os sentidos e enlouquecem o cérebro. Em resultado do uso desses
venenos, milhares de famílias se acham privadas dos confortos, e mesmo das
necessidades da vida, multiplicam-se os atos de violência e de crime, e a
doença e a morte levam apressadamente milhares e milhares de vítimas para a
sepultura, em consequência da embriaguez.
Os Votos Matrimoniais Dissolvidos no Líquido Ardente
Olhai ao lar do
bebedor. Observai a pobreza esquálida, a ruína, a indizível infelicidade que
ali reinam. Vede a outrora feliz esposa fugindo de diante do marido insano.
Ouvi-lhe as súplicas de misericórdia enquanto os golpes cruéis caem-lhe no
corpo contraído. Onde estão os sagrados votos feitos perante o altar do
matrimônio? Onde está o amor, a força para protegê-la agora? Ai, esses
dissolveram-se como pérolas preciosas no líquido ardente, o cálice das
abominações Olhai aquelas crianças seminuas. Em algum tempo, eram ternamente
acariciadas. Nem as intempéries do inverno, nem o frio sopro do menosprezo e da
zombaria do mundo tinha permissão de aproximar-se delas. O cuidado de um pai, o
amor de uma mãe, tornavam seu lar um paraíso. Agora, tudo está mudado. Dia após
dia sobem ao Céu os gritos angustiados dos lábios da esposa e dos filhos de um
bêbado. (Review and Herald, 8 de novembro de 1881).
Desapareceu-lhe a
Varonilidade
Olhai ao ébrio.
Vede o que lhe tem feito a bebida alcoólica. Seus olhos estão turvos, avermelhados.
Seu rosto está intumescido e bestializado. Vacilante é seu andar. O cunho da
obra de Satanás estampa-se em todo ele. A própria Natureza protesta que o não
conhece; pois ele perverteu as faculdades a ele dadas por DEUS, e prostituiu
sua varonilidade pela condescendência com a bebida. (Review and Herald, 8 de
maio de 1894).
Uma Expressão da Violência de Satanás
Assim opera ele quando instiga os homens a venderem a alma por bebida. Toma posse do corpo, da mente e da alma, e não mais é o homem, mas Satanás que opera. E a crueldade de Satanás exprime-se quando o homem ergue a mão para bater na esposa que ele prometeu amar, proteger enquanto vivesse. As ações do bêbado são uma expressão da violência de Satanás.
A
condescendência com a bebida intoxicante coloca o homem inteiramente sob o
controle do demônio que inventou esse estimulante a fim de apagar e destruir a
imagem moral de DEUS.
A Esposa Roubada, os Filhos Famintos
O bêbado não tem
conhecimento do que está fazendo quando sob a influência do trago
enlouquecedor, e todavia aquele que lhe vende aquilo que o torna irresponsável,
é protegido pela lei em sua obra de destruição. É legal quanto a ele roubar à
viúva o pão de que precisa para manutenção da vida. É legal que ele faça a
família de sua vítima arrastar uma existência de fome, que os filhos tenham de
ir para a rua mendigar uma moeda ou suplicar um pedaço de pão. Dia a dia, mês a
mês, ano a ano, repetem-se essas cenas vergonhosas, até que a consciência do
vendedor de bebidas tóxicas se torna cauterizada como por um ferro candente. As
lágrimas dos filhos sofredores, os angustiados clamores da mãe, não servem
senão para exasperar o vendedor de álcool. ...
O negociante de
bebidas não hesita em cobrar as dívidas do ébrio da sofredora família, e levará
as coisas mais necessárias da casa para pagar a conta de bebidas do falecido
esposo e pai. Que lhe importa se os filhos do morto passam fome? Ele os
considera rebaixadas e ignorantes criaturas, que foram maltratadas, insultadas
e degradadas; e nenhum interesse tem em seu bem-estar. O DEUS que reina no Céu,
porém, não perdeu de vista a primeira causa ou derradeiro efeito da
inexprimível miséria e humilhação que sobrevieram à família do bebedor. O Livro
do Céu contém cada detalhe da história. (Review and Herald, 15 de maio de 1894).
O Ébrio
Responsável por sua Culpa
Não pense o
homem, que condescende com a bebida, que poderá desculpar sua contaminação
lançando a reprovação ao comerciante de bebidas; pois ele terá de responder por
seu pecado e pela degradação de sua mulher e de seus filhos. "Aqueles que
abandonam ao SENHOR serão consumidos." (Review and Herald, 8 de maio de
1894).
Mais terrível ainda, a praga está ferindo o próprio coração do lar. Mais e mais estão as mulheres formando o hábito da bebida. Em muitas casas, estão crianças, mesmo na inocência e desamparo de seus primeiros dias, em perigo diário, devido à negligência, ao mau trato, à vileza de mães embriagadas. Filhos e filhas estão a crescer à sombra desse terrível mal. Quais as perspectivas para seu futuro, senão que venham a abismar-se ainda mais fundo que seus pais? (A Ciência do Bom Viver).
O Ébrio sob o Controle de Satanás
Os homens que
usam bebidas alcoólicas tornam-se escravos de Satanás. Este tenta os que ocupam
posições de confiança nas estradas de ferro, nos navios, os que têm a
responsabilidade de embarcações ou de carros cheios de pessoas aglomeradas para
divertimentos idólatras, sim ele os tenta a condescender com o apetite
pervertido, e assim esquecem a DEUS e a Suas Leis. Oferece-lhes tentadoras
seduções para que, pela condescendência com hábitos e apetites errôneos,
coloquem-se onde ele lhes possa controlar a razão como um trabalhador maneja
seu instrumento. Então ele opera para destruir os amantes do prazer.
Assim cooperam
os homens com Satanás, como instrumentos seus. Não podem ver seu propósito.
Sinais são feitos incorretamente, e há colisões de carros. Então vêm horror,
mutilação e morte. Esse estado de coisas se tornará mais e mais assinalado. Os
jornais diários noticiarão muitos e terríveis acidentes. Não obstante os
centros de bebidas serão tornados igualmente atrativos. A bebida intoxicante
continuará a ser vendida à pobre alma tentada que perdeu a capacidade de
erguer-se e dizer: Sou um homem, mas diz por suas ações: Não me posso dominar.
Não posso resistir à tentação. Todos esses cortaram sua ligação com DEUS, e são
vítimas do engano de Satanás.
Reprovar
a Bebida Alcoólica
Precisamos de
homens que, sob a inspiração do ESPÍRITO SANTO, reprovem o jogo e a bebida
intoxicante, males tão dominantes nestes últimos dias. (Manuscrito 117, 1907).
Um Problema
de Saúde Pública
Há no mundo uma
multidão de seres humanos degradados, os quais, cedendo em sua juventude ao
álcool, envenenaram os tecidos da estrutura humana, e perverteram sua
capacidade de raciocínio, até que o resultado fosse justamente o que Satanás
tinha em vista. As faculdades do pensamento ficaram obscurecidas. As vítimas
cedem à tentação de beber, e vendem toda razão que tiverem por um copo de
bebida alcoólica.
Vede aquele
homem privado da razão. Que é ele? Um escravo da vontade de Satanás. O grande
apóstata imbui-o de seus próprios atributos. Ele é escravo da licenciosidade e
da violência. Não há crime que ele não possa vir a cometer; pois leva aos
lábios aquilo que o tem intoxicado, tornando-o um demônio quando sob sua
influência.
Olhai a nossos
jovens. E escrevo agora o que me faz doer o coração. Eles perderam a força de
vontade. Seus nervos estão fracos, porquanto sua força se acha exausta. O
rosado viço da saúde não se encontra em seu semblante. O saudável brilho dos
olhos desapareceu. Perdido está seu brilho. O vinho que têm bebido
enfraqueceu-lhes a memória. São como pessoas avançadas em anos. O cérebro não
mais está apto a produzir seus ricos tesouros quando necessário.
Pecado Moral e Doença Física
Acham-se entre
as vítimas da intemperança indivíduos de todas as classes e profissões. Pessoas
de elevada posição, de notáveis talentos, de grandes realizações, têm cedido
aos apetites a ponto de se tornarem incapazes de resistir à tentação. Alguns,
que eram antes possuidores de fortuna, encontram-se sem lar, sem amigos, em
sofrimento e miséria, enfermidade e degradação. Perderam o domínio de si
mesmos. A menos que uma mão ajudadora lhes seja estendida, hão de cair mais e
mais baixo. Aliada a essa condescendência consigo mesmo se acha, não somente um
pecado moral, mas uma doença física. (A Ciência do Bom Viver).
Corpo e Alma em
Servidão
Os bares
acham-se espalhados por cidades e vilas. ... O viajante entra nessa casa
pública em seu juízo, caminhando direito; contemplai-o, porém, ao sair.
Fugiu-lhe o brilho dos olhos. Acha-se agora incapaz de caminhar com firmeza;
cambaleia de um lado para o outro qual um navio em alto mar. Paralisou-se-lhe a
faculdade de raciocínio, destruída está a Imagem de DEUS. O trago envenenado,
enlouquecedor, imprimiu-lhe um estigma. ... Corpo e alma encontram-se em
servidão, e ele não pode discernir o direito do erro. O negociante de bebidas
pôs a garrafa aos lábios de seu próximo, e sob a influência do álcool se
encontra cheio de crueldade e homicídio e, em seu desvario na realidade comete
assassínio.
É levado a um tribunal terrestre, e aqueles que legalizam o comércio são forçados a lidar com os resultados de sua própria obra. Eles autorizaram por lei o dar a bebida a esse homem, bebida que o transformaria de um homem são em um louco, e, todavia lhes é necessário agora mandá-lo para a prisão e ao castigo por seu crime. Sua esposa e filhos são deixados em desamparo e pobreza, para tornar-se um encargo para a sociedade em que vivem. Esse homem está, de corpo e de alma, perdido - cortado da Terra e sem esperança do Céu. ...
Força Alguma Para Resistir à Tentação
As vítimas do álcool tornam-se tão enlouquecidas sob a influência do tóxico, que estão prontas a vender a razão por um copo de aguardente. Não observam o Mandamento "Não terás outros deuses diante de Mim". Tão enfraquecida se acha sua força moral, que não têm resistência para vencer a tentação, e tão forte é seu desejo de beber que eclipsa todos os outros, e não podem compreender que DEUS requer que eles O amem de todo o coração. São praticamente idólatras; pois tudo quanto aliena do CRIADOR as afeições, tudo quanto enfraquece e amortece a força moral, usurpa-Lhe o trono, e recebe o culto que Lhe é devido, unicamente a Ele. Em todas essas vis idolatrias é adorado Satanás.
Aquele que se demora perto do vinho está a jogar a
partida da vida com Satanás. Foi ele que tornou os homens maus seus
instrumentos, de modo que os que iniciam o hábito da bebida se podem tornar
viciados. Ele tem seus planos feitos para que, quando o cérebro estiver
confundido pelo álcool, leve o bêbado ao desespero, e faça-o cometer algum
crime atroz. No ídolo erguido por ele para o homem adorar, encontra-se toda
poluição e crime, e o culto do ídolo arruinará tanto a alma como o corpo, e
estenderá a má influência à mulher e aos filhos do ébrio. As tendências
corruptas dele são transmitidas a sua posteridade, e por meio desta às gerações
vindouras.
Não são porém os governadores da Terra em grande parte responsáveis pelos crimes agravantes, a corrente mortífera do mal que é resultante do comércio de bebidas alcoólicas? Não é seu dever e não está em suas forças remover o pernicioso mal? Satanás formou seus planos, e se aconselha com os legisladores, e eles lhe recebem o conselho, e mantém assim em atividade, mediante atos legislativos, uma multiplicidade de males, os quais redundam em tal miséria e crime de caráter tão terrível, que a pena humana é incapaz de o descrever. Uma força demoníaca opera por intermédio dos instrumentos humanos, e os homens são tentados a condescender com o apetite até que perdem todo o controle de si mesmos. O espetáculo de um homem bêbado, não fosse coisa tão comum, despertaria a indignação pública, e faria com que o comércio de bebidas fosse banido; o poder de Satanás, porém, tem por tal forma endurecido o coração humano, de tal maneira pervertido o discernimento do homem, que eles podem olhar a miséria, o crime e a pobreza que inundam a Terra mediante a venda da bebida, e permanecer indiferentes. ...
Dia após dia, mês após mês, ano após ano, as fatais armadilhas de Satanás são preparadas em nossas comunidades, às nossas portas, nas esquinas das ruas, onde quer que seja possível apanhar suas vítimas, para que lhes seja destruída a força moral, e a Imagem de DEUS apagada, e elas venham a imergir em degradação muito abaixo do nível de um animal. Pessoas são postas em perigo e jazem prestes a morrer, e onde está a energia ativa, o esforço determinado da parte dos cristãos, para erguerem o sinal de perigo, esclarecerem seus semelhantes, salvar seus irmãos a perecer? Não devemos falar em imaginar métodos para salvar os que se encontram perdidos e mortos, mas para atuar naqueles que ainda não estão além do alcance da simpatia e do auxílio. ...
Legalizando a venda de bebidas alcoólicas, a lei dá sua
sanção para a queda da alma, e recusa deter esse comércio que inunda a Terra de
males. Considerem os legisladores se todo esse risco para a vida humana, a
energia física e a visão mental é ou não é evitável. É acaso necessário toda
essa destruição de vida humana? (Review and Herald, 29 de maio de 1894).
Os que vendem bebidas intoxicantes a seu próximo... recebem o ganho dos bebedores, e não lhes dão nenhum equivalente por seu dinheiro. Ao contrário, dão-lhes aquilo que os enlouquece, fá-los agir como tolos, e transforma-os em demônios de mal e crueldade. ...
Os Anjos de DEUS, porém, têm testemunhado todo passo na trilha descendente, e têm ligado toda consequência resultante de um homem pôr a garrafa nos lábios de seu semelhante. O comerciante de bebidas está escrito nos registros entre aqueles cujas mãos se acham tintas de sangue. É condenado por conservar em mãos o venenoso trago pelo qual seu semelhante é tentado para a ruína, e pelo qual os lares se enchem de miséria e degradação. O SENHOR considera o vendedor de bebidas, responsável por cada moedinha que lhe cai na gaveta vindo do ganho do pobre ébrio, que perdeu a força moral, que afogou sua varonilidade na bebida. (Review and Herald, 8 de maio de 1894).
Ele Deve Responder Perante DEUS
Não importa qual seja a fortuna, o poder ou a posição de um homem à vista do mundo, não importa se ele teve ou não o consentimento da lei da Terra para vender bebidas venenosas a seu semelhante; ele será considerado responsável aos olhos do Céu por degradar a alma que foi redimida por CRISTO, e será citado perante o Tribunal do Juízo por rebaixar um caráter que devia haver refletido a Imagem de DEUS, para refletir a imagem daquilo que jaz abaixo da criação animal.
Estimulando os homens a se educarem no hábito da bebida, o vendedor de álcool está efetivamente tirando a justiça da alma, e levando homens a se tornarem vis escravos de Satanás. O SENHOR JESUS, o Príncipe da Vida, acha-Se em conflito com Satanás, o príncipe das trevas. CRISTO declara que Sua missão é erguer os homens. ...
JESUS deixou as cortes reais do Céu, pôs de lado Sua própria glória e revestiu Sua Divindade com humanidade, a fim de Se pôr em íntimo contato com a humanidade, e por preceito e exemplo elevá-la e enobrecê-la, e restaurar na alma humana a perdida Imagem de DEUS. Esta é a Obra de CRISTO; mas qual é a influência dos que legalizam o comércio da bebida? Qual a influência dos que põem a garrafa aos lábios de seus semelhantes? Comparai a obra do vendedor de álcool com a de JESUS CRISTO, e sereis forçados a reconhecer que aqueles que negociam com as bebidas intoxicantes, e os que apoiam esse comércio, estão trabalhando em sociedade com Satanás. Por meio desse comércio estão eles fazendo maior obra para perpetuar a desgraça humana do que os homens empenhados em qualquer outro negócio no mundo. ...
O vendedor de bebida alcoólica toma a mesma atitude de Caim, e diz: "Sou eu guardador de meu irmão?" e Deus lhe diz, como disse a Caim: "A voz do sangue de teu irmão clama a Mim desde a terra." Os vendedores de bebidas serão considerados responsáveis pela desgraça que tem sido trazida aos lares daqueles que eram fracos em força moral, e que caem sob a tentação de beber. Serão culpados da miséria, sofrimento, desespero trazidos ao mundo mediante o comércio de bebidas intoxicantes. Terão de responder pelo infortúnio, as privações da mãe e dos filhos que sofreram por falta de alimento, teto e roupa, que viram sepultada toda esperança e alegria. Aquele que cuida da avezinha, e a vê cair ao chão, que veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no fogo, não passará por alto aqueles que foram formados à Sua Imagem, comprados com Seu próprio sangue, nem deixa de dar atenção ao clamor de seus sofrimentos. DEUS Se importa com toda essa impiedade que perpetua a miséria e o crime. Ele lança tudo isso à conta daqueles cuja influência ajuda a abrir a porta à tentação para a alma.
O SENHOR deu direções especiais em SUA PALAVRA com referência ao uso de vinho e bebida forte. Proibiu seu uso, e reforçou essas proibições com fortes advertências e ameaças. Sua advertência contra o uso de bebidas intoxicantes não é o resultado do exercício de arbitrária autoridade. Ele adverte os homens a fim de que escapem dos maus resultados da condescendência com o vinho e a bebida forte. ...
Continua...
Especial - O Álcool e a Sociedade (Parte ¼)
"Assim Diz o SENHOR"