As Mensagens dos Três Anjos - " A Primeira Mensagem Angélica"

                                      É DESSE JEITO!             

                                

                                 "Assim Diz o SENHOR" 

        Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

                      (Apocalipse 14: 6/PALAVRA de DEUS)

       

                               A Primeira Mensagem Angélica 

   A Profecia da Primeira Mensagem Angélica, apresentada em Apocalipse 14, teve o seu cumprimento no movimento do advento de 1840 -1844. Tanto na Europa como na América, homens de fé e oração ficaram profundamente comovidos ao ser sua atenção chamada para as profecias, e, examinando o Registro Inspirado, viram convincentes evidências de que o fim de todas as coisas estava às portas. O ESPÍRITO de DEUS instou com Seus servos para darem a advertência. Por todas as partes disseminou-se a Mensagem do Evangelho Eterno: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo.” (Apocalipse 14:7). 

   Por onde quer que penetrassem os missionários, eram levadas as alegres novas do iminente regresso de CRISTO. Em diferentes regiões foram encontrados isolados grupos de cristãos, que, apenas pelo Estudo das ESCRITURAS, tinham chegado a crer que o Advento do SALVADOR estava próximo. Em algumas partes da Europa, em que as leis eram tão opressivas a ponto de proibir a pregação da Doutrina do Advento, criancinhas foram impelidas a pregar, e muitos ouviram a Solene Advertência. 

   A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação dessa Mensagem na América, e a luz acesa por seus labores brilhou até terras distantes. DEUS enviou Seu Anjo para tocar o coração de um fazendeiro que não cria na BÍBLIA, a fim de guiá-lo  a investigar as Profecias. Anjos de DEUS constantemente visitavam a este homem escolhido, para dirigir sua mente e abrir-lhe o entendimento para Profecias, até então obscuras para o povo de DEUS. Foi-lhe concedido o princípio da corrente da verdade, e ele foi levado a examinar elo após elo, até que vislumbrou a PALAVRA de DEUS com espanto e admiração. Viu nela a perfeita cadeia da verdade. Essa PALAVRA, que havia considerado não inspirada, agora abria-se diante de seus olhos em sua gloriosa beleza. Viu que uma parte das ESCRITURAS explicava outra, e quando uma passagem era de difícil entendimento, encontrava em outra porção da PALAVRA, uma que a explanava. Considerou a SAGRADA PALAVRA de DEUS com alegria e o mais profundo respeito e reverência. 

   À medida em que seguia examinando as Profecias, viu que os habitantes da Terra estavam vivendo nas cenas finais da história do mundo; todavia, ignorantes do fato. Olhou para as igrejas e viu que elas estavam corrompidas; haviam retirado de JESUS suas afeições, colocando-as no mundo; estavam em busca de honras mundanas, em lugar daquela honra que vem de cima; lutavam por riquezas terrenas, em lugar de depositar o seu tesouro no Céu. Podia ver hipocrisia, trevas e morte em todos os lugares. Seu espírito se agitou. DEUS o chamou para abandonar sua fazenda, assim como chamou a Eliseu para deixar os bois e o campo de trabalho a fim de seguir a Elias. 

   Com temor, Guilherme Miller começou a desdobrar perante o povo os mistérios do Reino de DEUS, conduzindo os ouvintes através das Profecias para o Segundo Advento de CRISTO. O Testemunho das ESCRITURAS apontando a Vinda de CRISTO para 1843, despertou amplo interesse. Muitos se convenceram de que os argumentos do período profético estavam corretos,  e, sacrificando seu orgulho de opinião, alegremente recebiam a verdade. Alguns pastores deixaram de lado suas ideias e sentimentos sectários, deixaram seus salários e igrejas, e uniram-se na proclamação da Vinda de JESUS. 

   Poucos pastores, porém, aceitaram esta Mensagem; portanto ela era grandemente entregue a humildes leigos. Agricultores deixavam seus campos, mecânicos as ferramentas, comerciantes as mercadorias, profissionais suas posições; e mesmo assim o número de obreiros era reduzido em comparação com a obra que devia ser realizada. A condição de uma igreja ímpia e um mundo jazendo na maldade, pesavam na alma dos verdadeiros atalaias, e eles voluntariamente suportaram trabalhos, privação e sofrimentos, a fim de poderem chamar os homens ao arrependimento para Salvação. Embora com a oposição de Satanás, o trabalho ia avante com rapidez, e a Verdade do Advento era aceita por milhares de pessoas.   

                         

                               Grande reavivamento religioso 

   Por toda parte se ouvia o penetrante testemunho, advertindo os pecadores, tanto mundanos como membros da igreja, a fugirem da ira vindoura. Quais João Batista, o precursor de CRISTO, os pregadores punham o machado à raiz da árvore, e com todos insistiam em que produzissem frutos dignos de arrependimento. Seus fervorosos apelos achavam-se em evidente contraste com as afirmações de paz e segurança que se ouviam dos púlpitos populares; e, onde quer que a Mensagem fosse apresentada, comovia o povo.

   O simples e direto testemunho das ESCRITURAS, levado ao íntimo pelo poder do ESPÍRITO SANTO, comunicava-lhes um peso de convicção a que poucos eram capazes de resistir inteiramente. Os que professavam a religião eram despertados de sua falsa segurança. Viam sua apostasia, mundanidade e incredulidade, seu orgulho e egoísmo. Muitos buscavam o SENHOR com arrependimento e humilhação. As afeições tão longamente dedicadas às coisas terrenas, estavam agora fixadas no Céu. O ESPÍRITO de DEUS repousava sobre eles, e, com coração abrandado e subjugado, uniam-se para fazer soar o clamor: “Temei a DEUS e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu Juízo.” (Apocalipse 14:7/PALAVRA de DEUS).

   Pecadores, em lágrimas perguntavam: “Que devo fazer para me Salvar?” Aqueles, cuja vida tinha sido assinalada pela desonestidade, estavam ansiosos por fazer a devida restituição. Todos os que encontravam paz em CRISTO anelavam ver outros participarem dessa bênção. O coração dos pais se convertia aos filhos, e o dos filhos aos pais. As barreiras do orgulho e reserva foram varridas. Fizeram-se confissões sinceras, e os membros da família trabalhavam pela Salvação dos mais queridos e dos que mais perto se achavam.

   Frequentemente se ouvia a voz de fervorosa intercessão. Por toda parte havia almas em profunda angústia, lutando com DEUS. Muitos passavam em oração a noite toda para obter a certeza de que seus pecados estavam perdoados, ou pela conversão dos parentes e vizinhos. A fervorosa e determinada fé alcançava seus objetivos. Tivesse o povo de DEUS continuado a ser tão importuno na oração, e apresentado suas petições ao Trono da Graça, teriam entrado na posse de uma experiência mais rica do que têm agora. Há muito pouca oração, muito pouca real convicção do pecado; e a falta de uma fé viva deixa muitos destituídos da Graça tão ricamente provida por nosso gracioso Redentor.

  Todas as classes afluíam às reuniões adventistas. Ricos e pobres, grandes e humildes, achavam-se, por vários motivos, ansiosos por ouvir, por si mesmos, a Doutrina do Segundo Advento. O SENHOR continha o espírito de oposição enquanto Seus servos explicavam as razões de sua fé. Algumas vezes o instrumento era fraco; mas, o ESPÍRITO de DEUS dava poder a Sua verdade. Sentia-se a presença dos Santos Anjos nessas assembleias, e muitos eram diariamente acrescentados aos crentes. Ao serem repetidas as provas da próxima Vinda de CRISTO, vastas multidões escutavam silenciosas e extasiadas, as Solenes Palavras. O Céu e a Terra pareciam aproximar-se um do outro. O poder de DEUS se fazia sentir em velhos e jovens, e nos de meia-idade. Os homens procuravam seus lares com louvores nos lábios, ressoando o som festivo no ar silencioso da noite. Pessoa alguma que haja assistido àquelas reuniões jamais poderá esquecer-se dessas cenas do mais profundo interesse. 

             

                                          Oposição  

   A Proclamação de um tempo definido para a Vinda de CRISTO despertou grande oposição de muitos, dentre todas as classes, desde o pastor, no púlpito, até ao mais ousado pecador. “Daquele dia e hora ninguém sabe!” era ouvido tanto de pastores hipócritas como de ousados zombadores. Fechavam os ouvidos à clara e harmoniosa explanação do texto, por aqueles que chamavam a atenção para o fim dos períodos proféticos e para os sinais que o próprio CRISTO predisse como evidências de Seu Advento.

   Muitos que professavam amar ao Salvador, declaravam que não se opunham à doutrina do Segundo Advento; faziam objeções unicamente, ao tempo definido. Mas os olhos de DEUS, que tudo veem, leram o seu coração. Não desejavam ouvir acerca da Vinda de CRISTO para julgar o mundo com justiça. Haviam sido servos infiéis; suas obras não resistiriam à inspeção do DEUS que sonda os corações, e receavam encontrar-se com o SENHOR. Tais como os judeus ao tempo do Primeiro Advento de CRISTO, não estavam preparados para recebê-Lo. Satanás e seus anjos exultavam e lançavam a afronta ao rosto de CRISTO e dos Santos Anjos, por ter Seu povo professo tão pouco amor por Ele que não desejavam o Seu aparecimento.

   Atalaias infiéis embaraçaram o progresso da Obra de DEUS. À medida em que o povo se levantava e começava a indagar sobre o Caminho da Salvação, estes líderes se interpunham entre eles e a verdade, procurando acalmar seus temores, por falsas interpretações da PALAVRA de DEUS. Estavam unidos nesse trabalho, Satanás e pastores não consagrados, clamando paz, paz, quando DEUS não havia falado de paz. Tais quais os fariseus no tempo de CRISTO, muitos se recusaram a entrar no Reino de DEUS e impediram os que estavam entrando. O sangue dessas almas ser-lhes-á requerido.

   Por onde quer que a Mensagem da Verdade fosse proclamada, os mais humildes e devotos nas igrejas eram os primeiros a recebê-la. Os que estudavam por si mesmos a BÍBLIA, podiam ver o caráter não escriturístico das opiniões populares com respeito às Profecias, e onde quer que o povo não fosse enganado pelos esforços do clero em confundir e perverter a fé; onde quer que por si mesmos investigassem a PALAVRA de DEUS, a Doutrina do Advento precisava apenas ser comparada com as ESCRITURAS para estabelecer-lhe a Autoridade Divina.

   Muitos eram perseguidos por seus irmãos descrentes. Alguns, a fim de conservar sua posição na igreja, concordaram em silenciar a respeito de sua esperança; outros, porém, sentiam que a lealdade para com DEUS não lhes permitia ocultar desta maneira as verdades que Ele lhes confiara. Não poucos foram separados da comunhão da igreja, unicamente pelo motivo de exprimirem sua crença na Vinda de CRISTO. Mui preciosas se tornaram, aos que suportavam esta prova de sua fé, as Palavras do Profeta: “Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por causa do vosso amor ao Meu nome, e que dizem: Mostre o Senhor a Sua glória para que vejamos a vossa alegria, esses serão confundidos.” Isaías 66:5.

   Anjos de DEUS observavam, com o mais profundo interesse, o resultado da advertência. Quando as igrejas como um corpo rejeitaram a Mensagem, Anjos se afastaram delas com tristeza. Muitos havia, porém, nas igrejas que não tinham ainda sido provados quanto à Verdade do Advento. Muitas pessoas eram transviadas por maridos, esposas, pais ou filhos, e fazia-se-lhes crer que era pecado até mesmo ouvir as heresias pregadas pelos adventistas. Os Anjos receberam ordem de velar fielmente por aquelas almas, pois outra luz, procedente do Trono de DEUS, deveria ainda resplandecer sobre elas.

                      

                             Preparo para encontrar o SENHOR 

   Com inexprimível desejo, os que haviam recebido a Mensagem aguardavam a Vinda do SALVADOR. O tempo em que esperavam encontrar-se com Ele estava às portas. Com calma e solenidade viam aproximar-se a hora. Permaneciam em doce comunhão com DEUS, como que antegozando a paz que desfrutariam no glorioso porvir. Pessoa alguma que haja experimentado esta confiante esperança, poderá esquecer-se daquelas preciosas horas de expectativa. As ocupações seculares foram em sua maior parte postas de lado por algumas semanas. Como se estivessem no leito de morte, e devessem dentro de poucas horas cerrar os olhos às cenas terrestres, os crentes sinceros examinavam cuidadosamente todos os pensamentos e emoções de seu coração. Não houve confecção de “vestes para a ascensão”, todos sentiam, porém, a necessidade de evidência íntima de que estavam preparados para encontrar-se com o SALVADOR; suas vestes brancas eram a pureza da alma, o caráter purificado do pecado pelo Sangue Expiatório de CRISTO. 

   DEUS intentara provar o Seu povo. Sua mão ocultou um erro no cômputo dos períodos proféticos. Os adventistas não descobriram esse erro, tampouco foi  descoberto pelos mais instruídos de seus oponentes. Estes últimos diziam: “Vossa contagem dos períodos proféticos é correta. Qualquer grande acontecimento está prestes a ocorrer; mas não é o que o Sr. Miller prediz: é a conversão do mundo, e não o Segundo Advento de CRISTO.” 

  Passou-se o tempo de expectação e CRISTO não apareceu para o libertamento de Seu povo. Os que com fé e amor sinceros haviam esperado o SALVADOR, experimentaram amargo desapontamento. Todavia, os propósitos de DEUS se cumpriam: provara Ele o coração dos que professavam estar à espera de Seu aparecimento. Muitos havia, entre eles, que não tinham sido constrangidos por motivos mais elevados do que o medo. A profissão de fé não lhes transformara o coração, nem a vida. Não se realizando o acontecimento esperado, declararam essas pessoas que não se achavam decepcionadas; nunca tinham crido que CRISTO viria. Contavam-se entre os primeiros a ridicularizar a tristeza dos verdadeiros crentes. 

   Mas, JESUS e toda a Hoste Celestial olhavam com amor e simpatia para os provados e fiéis, embora decepcionados. Pudesse descerrar-se o véu que separava o mundo visível do invisível, e ter-se-iam visto Anjos aproximando-se daquelas almas constantes, escudando-as dos dardos de Satanás.

                                     

      

             Especial - "As Mensagens dos Três Anjos"    

                                   


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Especial - "As Mensagens dos Três Anjos"

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                   INTRODUÇÃO HISTÓRICA E TEOLÓGICA 

    As Mensagens dos Três Anjos que se encontram em Apocalipse 14 são centrais nos ensinos e conselhos de Ellen G. White. Para ela, não são teorias especulativas. Ela viveu-as. A sua vida estava “entrelaçada” com elas. Ela experimentou cada mensagem historicamente, quando ela e os seus companheiros Adventistas passaram da expectativa ao desapontamento e, depois, à descoberta mais profunda. 

   As declarações reunidas nesta compilação apoiam-se no quadro das palavras das ESCRITURAS - especificamente Apocalipse 14:6-16 e 18:1-5. O Livro de Apocalipse é de grande importância para aqueles que vivem nos últimos dias da história humana. Ele revela o grande conflito cósmico-histórico entre CRISTO e Satanás desde o seu começo, nas esferas celestiais, o seu desenvolvimento ao longo da história humana (Apocalipse 12) e o triunfo final de CRISTO e dos Seus seguidores. Ellen G. White refere-se a este livro crucial como sendo o lugar onde as Profecias de Daniel são “descerradas” e onde “todos os Livros da BÍBLIA se encontram e se cumprem” Ela enfatizou que “as solenes Mensagens que foram dadas, na sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de DEUS”

   Dentro do Livro de Apocalipse, as Mensagens dos Três Anjos de Apocalipse 14:6-12 proclamam os últimos avisos a um mundo impenitente em preparação para a Gloriosa Segunda Vinda de CRISTO (versículos 14-20). A Primeira Mensagem Proclama o Evangelho Eterno de DEUS no contexto da hora do Seu Juízo, chamando o povo a “adorar aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” (versículo 7). A Segunda Mensagem anuncia a queda de todos os falsos sistemas e ideologias religiosos (versículo 8). E a Terceira Mensagem descreve a polarização final da Humanidade entre “os que Guardam os Mandamentos de DEUS e a fé de JESUS” e aqueles que seguem os ensinos da besta e da sua imagem (versículo 12)

   Eventos importantes do século XVIII - especialmente o terremoto de Lisboa, de 1755, e o aprisionamento do Papa Pio VI, em 1798 -, geraram um interesse renovado na Profecia Bíblica, com ênfase nos livros de Daniel e Apocalipse. Diversos expositores Protestantes contemporâneos associaram os Três Anjos de Apocalipse 14 com Martinho Lutero, João Calvino e a Igreja de Inglaterra. No entanto, em 1813, o expositor escocês da Profecia Bíblica William Cuninghame (c. 1775-1849) reconheceu que esses Reformadores “nem sequer pregaram em toda a Europa cristã” e, assim, não cumpriram o âmbito mundial da Mensagem do Primeiro Anjo. Embora acreditasse que o Primeiro Anjo tinha começado a sua missão através das recém-estabelecidas Sociedades Bíblicas, via as Mensagens do Segundo e do Terceiro Anjos como estando ainda no futuro.

   Numa altura em que o mundo se debatia com a falta de liberdade religiosa, a América do Norte proporcionou um porto seguro para o cumprimento e para a proclamação escatológicos das Mensagens dos Três Anjos. Guilherme Miller (1782-1849) e outros crentes na vinda de JESUS em breve, antes de 1844, viram a Mensagem do Primeiro Anjo como aplicando-se à proclamação mundial do Evangelho, a começar em 1798, no fim dos 1260 dias/anos (Apocalipse11:3; 12:6; 13:5). A Mensagem do Segundo Anjo e a queda de Babilónia eram aplicadas ao Papado. O Terceiro Anjo, escreveu Miller, era “o mesmo que ‘o clamor da meia-noite, dando ao mundo a devida notícia da proximidade do Dia do Juízo”, em 1843 ou 1844. 

   No verão de 1843, surgiu uma divisão de compreensão entre os Milleritas, quando Charles Fitch (1805-1844) apresentou o seu sermão, intitulado “Sai dela, povo meu” Fitch aplicava tanto a Mensagem do Segundo Anjo de Apocalipse 14:8 como do Anjo que “clamou fortemente” de Apocalipse 18 não só ao Papado, mas também às Igrejas Protestantes que tinham rejeitado a Volta de JESUS em breve. Durante este período, muitos Milleritas foram expulsos das suas igrejas Protestantes ou deixaram-nas. Miller e alguns dos que lhe estavam associados opuseram-se fortemente à ideia de Fitch de incluir quaisquer Igrejas Protestantes como parte de Babilónia.

   Durante os primeiros anos depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, os Adventistas guardadores do Sábado, que, mais  tarde, se tornaram nos Adventistas do Sétimo Dia, mantiveram a perspectiva millerita com a posição de Fitch de que os dois primeiros Anjos de Apocalipse 14 se aplicavam à proclamação do Segundo Advento, levando a 1844, mas que parte, ou a totalidade, do Terceiro Anjo se aplicava ao período posterior a 1844, com a proclamação do Sábado nos “Mandamentos de DEUS” e da “fé ou testemunho de JESUS”.     

              

   The Seventh-day Sabbath, a Perpetuai Sign, de Joseph Bates (1847), foi o primeiro a relacionar o ministério de JESUS no Santuário Celestial, no Lugar Santíssimo, com o Sábado, baseado em Apocalipse 11:19 e 14:12, dando ao Sábado importância escatológica. A visão do “Halo do Sábado”, confirmadora e enriquecedora, confirmou esta compreensão e acrescentou uma ênfase missionária evangelística ao Sábado. Ela escreveu: “ao sairmos para proclamar o Sábado mais amplamente”.   

   A relação do Terceiro Anjo e da marca da besta com os Estados Unidos da América, representada na imagem da besta semelhante a um cordeiro (Apocalipse 13:11-18), foi mencionada pela primeira vez, em material impresso, por G. W. Holt, em 1850. Fazendo alusão a uma imagem Protestante da besta papal, ele escreveu: “Ela [a besta semelhante a um cordeiro] assume o caráter de um cordeiro (protestante e republicana), mas tem um coração de dragão”. Em 1851, J. N. Andrews apresentou uma exposição mais completa sobre o futuro papel dos Estados Unidos da América como a besta semelhante a um cordeiro que produz a união da Igreja e do Estado, ao impor a observância do domingo.   

   Estes desenvolvimentos prepararam o caminho para um avanço dramático na compreensão. Durante 1857 e 1858, os Adventistas guardadores do Sábado conseguiram ver as Três Mensagens de Apocalipse 14:6-12 e a do Anjo de Apocalipse 18 como sendo proclamadas desde 1844. Elon Everts cunhou a frase juízo investigativo numa carta em que se referia à Mensagem do Primeiro Anjo: 

   “A pergunta que faço a mim mesmo é: Onde estamos? Respondo: Mais de doze anos depois da proclamação ‘vinda é a hora do Seu Juízo’ Apocalipse 14:6 e 7. Estamos há esse mesmo tempo na Purificação do Santuário. Daniel 8:14. ... 

... “Parece que a ordem é que os justos mortos têm estado sob juízo investigativo desde 1844”.

   Tiago White escreveu um artigo alargado a concordar com a ideia de Evert. “Pensamos que é clara a evidência de que, desde essa altura [1844], tem estado a decorrer o julgamento daqueles que morreram na Graça de DEUS.” Tiago White apresentou uma descrição tocante daqueles que morreram na fé: “JESUS sorri; e, inclinando-se no regaço do seu SALVADOR, o santo expira ali suavemente a sua vida. O seu tempo de graça terminou, e o seu caso fica parado até que a sua vida seja aberta, e o seu caso passe em revista no julgamento”. Esta descrição baseada na Graça é seguida por uma referência a um futuro julgamento dos vivos: “O Julgamento está em andamento! Muito em breve, os nossos nomes serão ou confessados por JESUS CRISTO diante do SEU PAI, ou apagados do Livro da Vida”.  

   Uma perspectiva correta do estado inconsciente dos mortos era, portanto, encarada como estando intimamente relacionada com o Conceito Bíblico de um Juízo pré-Advento, já que as Recompensas Eternas não são concedidas no momento da morte, mas no Fim do Tempo. “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse22:12). “Porque todos devemos comparecer perante o Tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10). 

   Ellen G. White descreveu as Mensagens dos Três Anjos como três passos de acesso à sólida plataforma da Verdade Presente, para dois grupos distintos. O primeiro grupo foram aqueles que passaram pela experiência millerita e da observância inicial Adventista do Sábado, e que aceitaram as Mensagens como foram pregadas originalmente. O segundo grupo consistia naqueles que vieram depois da proclamação original das Mensagens. Embora as Mensagens dos Três Anjos fossem proclamadas originalmente numa ordem sequencial, as três deviam continuar a ser pregadas simultaneamente: “A Primeira e a Segunda Mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e estamos agora sob a proclamação da Terceira; mas todas as Três Mensagens devem continuar a ser proclamadas”.

   A compreensão do Juízo Investigativo Celestial depois de 1844 levou a um estudo mais profundo do “Forte Clamor” do Anjo de Apocalipse 18. Elon Everts e Tiago White escreveram sobre a sua importância, e Ellen G. White confirmou que este chamado final a sair de Babilónia estava ligado à Mensagem do Segundo Anjo de Apocalipse 14:8.   

   Depois da ênfase da Assembleia da Conferência Geral de 1888 acerca da justificação pela fé e dos desenvolvimentos nos Estados Unidos da América relativamente à lei dominical nacional, muitos Adventistas do Sétimo Dia esperavam a rápida proclamação do “forte clamor” à medida que o Evangelho se espalhava por todo o mundo. Contudo, Ellen G. White teve o cuidado de nunca declarar que o julgamento dos vivos tinha começado, ou que a marca da besta estava a ser aplicada. Durante muitos anos, ela escreveu: “Em breve, ninguém sabe quando, ela [a obra do juízo] passará aos casos dos vivos” Na sua edição de 1911 d’O Grande Conflito, Ellen G. White esboçou a sua explicação mais completa dos Eventos do Tempo do Fim nas Mensagens dos Três Anjos e no “Forte Clamor”

   Os Adventistas guardadores do Sábado viam a Proclamação das Mensagens dos Três Anjos como revelando um sistema completo de Verdade Presente. Embora cada Mensagem seja diferente, Ellen G. White e os seus contemporâneos referiam-se frequentemente às Verdades das Três Mensagens usando a frase geral “a Mensagem do Terceiro Anjo”. No início do movimento, duas expressões destas Mensagens receberam atenção especial. Uma foi “é vinda a hora do Seu Juízo” (Apocalipse 14:7), que era considerada uma alusão à fase pós-1844 do ministério sacerdotal de CRISTO no Santuário Celestial (Daniel 7:9-14; 8:14). A outra expressão foi “os Mandamentos de DEUS” (Apocalipse 14:12), com ênfase na Natureza Eterna do Decálogo e do Sábado do Sétimo Dia. Esta perspectiva baseava-se na convicção de que a fé salvadora não invalida a Lei de DEUS (Romanos 3:31)

   Os Adventistas do Sétimo Dia consideravam-se como sendo aqueles que João descreveu como os que “Guardam os Mandamentos de DEUS e a fé de JESUS” (Apocalipse 14:12). Até relacionaram várias das suas crenças com esta base doutrinária. Por exemplo, depois da visão que Ellen G. White teve, em 1863, sobre a reforma da saúde,  os princípios básicos da saúde foram encarados como expressões dos Mandamentos de DEUS. Após a Conferência Geral de 1888, em Minneapolis, a doutrina da justificação pela fé foi vista como parte crucial da “fé de JESUS”. Esta percepção promoveu uma pregação do Evangelho centrada em CRISTO, no contexto da “hora do seu juízo” (versículo 7). De fato, a Mensagem dos Três Anjos começa com “o Evangelho Eterno” e termina com a “fé de JESUS” (versículos 6, 12)

   Mais recentemente, autores e pregadores Adventistas puseram um foco renovado na ênfase da Criação da Mensagem do Primeiro Anjo (Apocalipse 14:7). Os estudiosos da BÍBLIA reconheceram que a expressão “e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (versículo 7) deriva não do relato da Criação em Gênesis, mas do Quarto Mandamento do Decálogo, que diz: “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êxodo 20:11). Também é dada atenção especial ao tema da adoração, evidente no contraste entre os que adoram DEUS e Guardam os Seus Mandamentos (Apocalipse 14:7, 12) e aqueles que adoram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal (versículos 9, 11)

   As Mensagens dos Três Anjos de Apocalipse 14 podem realmente ser o conjunto mais rico e mais abrangente de Verdades no Livro de Apocalipse, senão em toda a BÍBLIA. Não admira que Ellen G. White descreva estas Mensagens como “as mais Solenes Verdades já confiadas a mortais” e a sua proclamação como “um trabalho da mais solene importância”. Enfatizando a sua permanente relevância, ela declarou: “A Primeira e a Segunda Mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e encontramo-nos agora sob a proclamação da Terceira; mas todas as Três Mensagens devem ser ainda proclamadas. É simplesmente tão essencial agora como antes que elas sejam repetidas aos que estão à procura da Verdade. Pela pena e pela palavra devemos fazer soar a proclamação”


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A História do Sábado - "Confiado aos Hebreus" (Parte 4/28)

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                                "Assim Diz o SENHOR"

                   “Também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de Sinal entre Mim e eles, para que soubessem que EU SOU o SENHOR que os Santifica”

                   (Ezequiel 20: 12/PALAVRA de DEUS)

   

   Delinearemos agora a História da Verdade Divina, por muitas eras, em conexão quase que exclusiva com a família de Abraão. Com o objetivo de expor a Verdade diante da alegação de que o Sábado pertence somente aos hebreus, e de justificar a conduta de DEUS com a humanidade ao deixar as nações apóstatas seguirem os próprios caminhos, vamos examinar com cuidado a BÍBLIA, em busca dos motivos que dirigiram a Providência Divina a escolher a família de Abraão como depositária da Verdade Divina. 

   O mundo antediluviano fora muito favorecido por DEUS. O período de vida de cada geração era doze vezes maior do que o das pessoas da atualidade. Durante quase mil anos, Adão, que conversara com DEUS no paraíso, permaneceu com a humanidade. Antes da morte de Adão, Enoque começou sua santa caminhada de trezentos anos e foi trasladado sem ver a morte. O exemplo de piedade de Enoque foi um poderoso testemunho para os antediluvianos em favor da Verdade e da Justiça. Ademais, o ESPÍRITO de DEUS lutava para Salvar a humanidade, mas a perversidade do ser humano superou toda a bondosa ação refreadora do ESPÍRITO SANTO. “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. Até os filhos de DEUS aderiram à apostasia generalizada. Por fim, apenas uma família, dentre todas, continuou a ser adoradora do ALTÍSSIMO.

   Então veio o dilúvio, trazendo a destruição e varrendo do mundo seus ímpios habitantes. Com certeza seria de se pensar que uma demonstração tão terrível da Justiça Divina seria suficiente para conter a impiedade por eras. Sem dúvida, a família de Noé não poderia se esquecer tão cedo dessa lição alarmante. Mas, infelizmente, a revolta e a apostasia logo reapareceram, e os seres humanos deixaram a DEUS para adorar a ídolos. A fim de contrariar a Ordem Divina de separar a família humana em diversas nações, os seres humanos se reuniram em um grande ato de rebelião na planície de Sinar. “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra”. Então, DEUS os confundiu em sua impiedade, e os espalhou para outros lugares, por toda a face da Terra. Os homens não queriam guardar o Conhecimento de DEUS; por isso, o SENHOR os entregou a uma mente perversa e permitiu que transformassem a Verdade Divina em mentira, e adorassem e servissem a criatura em lugar do CRIADOR. Essa foi a origem da idolatria e da apostasia dos gentios.

   No meio dessa apostasia amplamente disseminada, foi encontrado um homem cujo coração era fiel a DEUS. Abraão foi escolhido dentre uma família idólatra para ser depositário da Verdade Divina, o pai da fé, herdeiro do mundo e amigo de DEUS. Quando os adoradores de DEUS eram achados apenas na família de Noé, o SENHOR permitiu que o restante da humanidade perecesse no dilúvio. Agora que, mais uma vez, os adoradores de DEUS se reduziram praticamente a uma só família, DEUS permitiu que as nações idólatras seguissem os próprios caminhos, e tomou a família de Abraão como Sua herança particular. “Porque Eu o escolhi” – disse DEUS– “para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o Caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo”. A fim de poderem preservar o Conhecimento da Verdade Divina, a memória e a adoração do ALTÍSSIMO na Terra, eles deveriam ser um povo separado de toda a humanidade, habitando em uma terra própria. Com o objetivo de que ele se separasse dos pagãos ao redor, DEUS concedeu a Abraão o rito da circuncisão e, posteriormente, toda a lei cerimonial à sua posteridade. Mas eles só poderiam possuir a terra prometida quando se enchesse a taça da iniquidade de seus habitantes, os amorreus, e estes fossem, por essa razão, expulsos diante deles. O horror da grande escuridão e a fumaça vistos por Abraão em visão prefiguravam a fornalha de ferro e a amarga servidão no Egito. A família de Abraão deveria descer até lá. Breve prosperidade e longa e terrível opressão se seguiriam.

   Por fim, o poder do opressor foi quebrado e o povo de DEUS, libertado. O fim dos 430 anos desde a promessa feita a Abraão marca a hora do livramento da sua descendência. A nação de Israel saiu do Egito como o tesouro peculiar de DEUS, a fim de que Ele lhes desse o Sábado, Sua Lei e a Si próprio. O salmista testifica de que DEUS “conduziu com alegria o Seu povo e, com jubiloso canto, os Seus escolhidos. Deu-lhes as terras das nações, e eles se apossaram do trabalho dos povos, para que Lhe guardassem os preceitos e Lhe observassem as leis”. O DEUS ALTÍSSIMO disse: “EU SOU o SENHOR, que vos santifico, que vos tirei da terra do Egito, para ser o vosso DEUS”. Isso não quer dizer que os Mandamentos de DEUS, o Sábado e Ele próprio não tivessem existência anterior, ou que o povo ignorasse o DEUS Verdadeiro e Sua Lei; pois o Sábado foi destinado para uso santo antes da queda do homem; os Mandamentos de DEUS, Seus estatutos e Suas leis foram guardados por Abraão; e quando alguns dos próprios israelitas transgrediram o Sábado, o povo foi reprovado com a pergunta: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?” E quanto ao ALTÍSSIMO, o salmista exclama: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, Tu és DEUS”. No entanto, deveria haver uma aliança pública formal entre o povo de DEUS, Ele Mesmo, Sua Lei e o Sábado. Mas nem o Sábado, nem a lei, nem o grande Legislador se tornaram judeus por sua ligação com os hebreus. De fato, o Legislador Se tornou o DEUS de Israel, e qual gentio poderia se recusar a adorá-Lo por esse motivo? Mas, o Sábado continuou a ser o Sábado do SEHOR, e a Lei continuou a ser a Lei do ALTÍSSIMO.                

         

   No mês seguinte à travessia do Mar Vermelho, os hebreus chegaram ao deserto de Sim. É nesse ponto da narrativa que Moisés menciona, pela segunda vez, o Dia Santo de Descanso do CRIADOR. O povo murmurou pedindo pão: “Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que Eu ponha à prova se anda na Minha Lei ou não. Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia. [...] Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo da tarde, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que EU SOU o SENHOR, vosso DEUS. À tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial. E, quando se evaporou o orvalho que caíra, na superfície do deserto restava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra. Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é o pão que o SENHOR vos dá para vosso alimento. Eis o que o SENHOR vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, um gômer por cabeça, segundo o número de vossas pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros, menos. Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia comer. Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles. Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto podia  comer; porque, em vindo o calor, se derretia. Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o Senhor: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte. E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés ordenara; e não cheirou mal, nem deu bichos. Então, disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto o Sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o Sétimo Dia é o Sábado; nele, não haverá. Ao Sétimo Dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam. Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis? Considerai que o SENHOR vos deu o Sábado; por isso, Ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no Sétimo Dia. Assim, descansou o povo no Sétimo Dia.” 

   Essa narrativa mostra: 

1) que DEUS tinha uma Lei e Mandamentos antes de dar o maná; 

2) que, ao dar pão do céu para Seu povo, DEUS tinha o desígnio de provar se eles respeitavam Sua Lei; 

3) que dentro dessa Lei se encontrava o Santo Sábado, pois o teste relativo a andar na Lei dizia respeito diretamente ao Sábado; e quando DEUS disse: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?”, Ele estava Se referindo ao Sábado, que eles haviam violado; 

4) que, ao provar o povo com respeito a essa Lei que já existia, Moisés não apresentou nenhum preceito novo sobre o Sábado, mas permaneceu em silêncio acerca do preparo para o dia até que o povo, por vontade própria, recolhesse uma porção dobrada no sexto dia; 

5) que, mediante esse ato, o povo provou não somente que conhecia o Sábado, mas também que estava disposto a guardá-lo; 

6) que a contagem da semana, cuja evidência é vista durante a era patriarcal, havia sido preservada corretamente, pois o povo sabia quando o sexto dia havia chegado; 

7) que, caso houvesse qualquer dúvida a esse respeito [isto é, se a contagem semanal se havia perdido desde a Criação], a queda do maná durante os seis dias da semana, sua retenção no Sétimo Dia e a preservação, no Sábado, do necessário para esse dia, teriam resolvido a questão sem deixar nenhum lugar para dúvidas; 

8) que não houve nenhum ato que instituísse o Sábado no deserto de Sim; pois DEUS não fez dele Seu dia de descanso nessa ocasião, nem o abençoou e santificou ali. Pelo contrário, o relato mostra que o Sétimo Dia já era o Dia de Descanso Santificado pelo SENHOR;

9) que a obrigação de guardar o Sábado já existia e era conhecida antes da queda do maná, pois o vocabulário usado subentende a existência de tal obrigação, e não contém uma nova ordem, o que ocorre só depois de algumas pessoas transgredirem o Sábado. Assim, DEUS diz a Moisés: “Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem”, mas não fala sobre o Sétimo. E no sexto dia, Moisés fala ao povo: “Amanhã é repouso, o Santo Sábado do SENHOR”, mas não ordena que eles o observem. Sobre o Sétimo Dia, ele afirma que é o Sábado e que ninguém encontraria maná no campo. “Seis dias o colhereis, mas o Sétimo Dia é o Sábado; nele, não haverá”. Em tudo isso, nenhum preceito é estabelecido; todavia, a existência de um preceito é claramente subentendida; 

10) que, quando algumas pessoas violaram o Sábado, estas foram repreendidas com uma linguagem que implicava, com clareza, uma transgressão prévia do preceito: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?”;  

11) e que essa repreensão, por parte do Legislador, refreou por um tempo a transgressão do povo. 

“Considerai que o SENHOR vos deu o Sábado; por isso, Ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no Sétimo Dia”. DEUS confiou o Sábado aos hebreus como um legado especial. O mesmo foi, nessa ocasião, dado a eles; ele não foi criado para eles. O Sábado foi criado para o homem ao fim da primeira semana do tempo; mas depois que todas as outras nações se afastaram do CRIADOR para adorar ídolos, ele foi dado ao povo hebreu. Isso também não prova que todos os hebreus o haviam desconsiderado até aquele momento, pois CRISTO usa a mesma linguagem acerca da circuncisão. Ele diz: “Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas)” No entanto, DEUS havia dado essa ordenança a Abraão e sua família 400 anos antes de concedê-la a Moisés, e eles a haviam conservado.                  

   As palavras “o SENHOR vos deu o Sábado” indicam um ato solene de confiar um tesouro aos cuidados deles. Como isso foi feito? Nenhum ato de instituição do Sábado ocorreu naquele momento. Nenhum preceito ordenando sua observância foi dado até que algumas pessoas o transgrediram, momento em que ele foi, então, mencionado em forma de repreensão, evocando uma obrigação prévia e a transgressão de uma Lei existente. Esse ponto de vista certamente é fortalecido pelo fato de que, na ocasião, nenhuma explicação foi dada ao povo acerca da instituição do Sábado. Tal fato indica que eles já tinham algum conhecimento acerca do Sétimo Dia. 

   Mas, então, como DEUS lhes deu o Sábado? Ele o fez, em primeiro lugar, ao livrá-los do jugo abjeto do Egito, sob o qual os hebreus eram uma nação de escravos. E segundo, dando-lhes alimento de forma a impor uma forte obrigação de guardar o Sábado. Por 40 anos Ele lhes deu pão do céu, mandando-o por seis dias e deixando de enviá-lo no Sétimo, preservando o alimento para eles durante o Sábado. Foi assim que o Sábado lhes foi especialmente confiado. 

   Como um presente para os hebreus, o grande Memorial do CRIADOR se tornou um Sinal entre eles e DEUS. “Também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de Sinal entre Mim e eles, para que soubessem que EU SOU o SENHOR que os Santifica”. O propósito do Sinal é indicado: tornar Conhecido o Verdadeiro DEUS. E as ESCRITURAS nos apresentam a razão por que tal Sinal teria esse fim: “Entre Mim e os filhos de Israel é Sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao Sétimo Dia, Descansou, e tomou alento”. A instituição em si simbolizava que  DEUS havia criado os céus e a terra em seis dias e descansara no Sétimo. Sua observância pelo povo queria dizer que o CRIADOR era seu DEUS. Que Sinal repleto de significado! 

   O Sábado era um Sinal entre DEUS e os filhos de Israel porque só eles adoravam o CRIADOR. Todas as outras nações haviam se afastado Dele para buscar “deuses que não fizeram os céus e a terra” .Por essa razão, o Memorial do Grande CRIADOR foi confiado aos hebreus e se tornou um Sinal entre eles e o ALTÍSSIMO. O Sábado, dessa forma, representava um elo de ouro unindo o CRIADOR a Seus adoradores.

                                                                                                                           continua...


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