Estudos Bíblicos (2024) - Por que DEUS nos deu os Quatro Evangelhos?

                                              É DESSE JEITO! 

               

   Encontre a seguir algumas razões por que DEUS nos deu Quatro Evangelhos ao invés de apenas um:

   (1) Para dar um retrato mais completo de CRISTO. Enquanto toda a BÍBLIA é inspirada por DEUS (2 Timóteo 3:16), Ele usou autores humanos com estilos de vida e personalidades diferentes para cumprir Seus propósitos através do que eles escreveram. Cada um dos autores dos Evangelhos tinha um propósito distinto por trás do que escrevia, e ao executar esses propósitos, cada um enfatizou aspectos diferentes da pessoa e ministério de JESUS CRISTO.

   Mateus estava escrevendo a uma audiência hebraica e um dos propósitos do seu Evangelho era mostrar, com a genealogia de JESUS e o cumprimento das profecias do Velho Testamento, que Ele era o tão esperado Messias, e portanto deveria ser acreditado. A ênfase de Mateus é no fato de que JESUS é o Rei prometido, o “Filho de Davi” que ocuparia para sempre o trono de Israel (Mateus 9:27; 21:9).

   Marcos, um primo de Barnabás (Colossenses 4:10), foi uma testemunha ocular dos eventos da vida de Cristo, assim como um amigo do Apóstolo Pedro. Marcos escreveu para uma audiência pagã, como é salientado pelo fato de não ter incluído coisas importantes aos leitores judeus (genealogias, controvérsias de JESUS com os líderes judeus de Seu tempo, referências frequentes ao Velho Testamento, etc.). Marcos enfatiza CRISTO como o Servo sofredor, Aquele que veio não para ser servido, mas para servir e entregar Sua vida como resgate por muitos (Marcos10:45).

   Lucas, o “médico amado” (Colossenses 4:14), evangelista e companheiro do Apóstolo Paulo, escreveu o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Lucas é o único autor gentio do Novo Testamento. Ele foi aceito há muito tempo como o historiador hábil e diligente por aqueles que usaram seus manuscritos em estudos geológicos e históricos. Como um historiador, ele afirma que seu objetivo é escrever uma exposição em ordem da vida de CRISTO baseada no testemunho daqueles que foram testemunhas oculares (Lucas 1:1-4). Porque ele escreveu especificamente para o proveito de Teófilo, aparentemente um gentio de certa estatura, seu Evangelho foi escrito com uma audiência pagã em mente, e seu objetivo é mostrar que a fé de um Cristão é baseada em eventos historicamente confiáveis e verificáveis. Lucas se refere com frequência a CRISTO como o "Filho do Homem", enfatizando Sua humanidade, e compartilha muitos detalhes que não são registrados nas narrativas dos outros Evangelhos.

   O Evangelho do João, escrito pelo Apóstolo João, é diferente dos outros três Evangelhos e contém muito conteúdo teológico em relação à pessoa de CRISTO e o significado de fé. Mateus, Marcos e Lucas são frequentemente chamados de “Evangelhos sinópticos” por causa de seus estilos e conteúdos similares, e porque eles dão uma sinopse da vida de CRISTO. O Evangelho de João não começa com o nascimento de CRISTO ou Seu ministério terreno, mas com a atividade e características do FILHO de DEUS antes de Se tornar carne (João 1:14). O Evangelho de João enfatiza a Divindade de CRISTO, como é visto pelo fato de que ele usa frases como "o Verbo era DEUS" (João 1:1), "o SALVADOR do mundo" (4:42), o "FILHO de DEUS" (usado repetidamente), "SENHOR e...DEUS" (João 20:28) ao descrever JESUS. No Evangelho de João, JESUS também afirma Sua Divindade com várias declarações de “EU SOU” (compare com Êxodo 3:13-14). Mas João também enfatiza o fato da humanidade de JESUS, querendo mostrar o erro de uma seita religiosa de seu tempo, os Gnósticos, que não acreditavam na humanidade de CRISTO. João deixa claro seu propósito principal ao escrever o Evangelho: “Na Verdade, fez JESUS diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que JESUS é o CRISTO, o FILHO de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu Nome” (João 20:30-31).

                   

   Dessa forma, por ter quatro distintas e ao mesmo tempo exatas narrativas de CRISTO, você pode ter acesso a aspectos diferentes de Sua pessoa e ministério. Cada narrativa, quando adicionada às outras três, torna-se como uma diferente linha colorida em uma bela tapeçaria e, quando tecidas juntas, formam um retrato mais completo dAquele que vai além de qualquer descrição. Apesar de que nunca vamos entender completamente tudo sobre JESUS CRISTO (João 20:30), através dos Quatro Evangelhos podemos conhecer o suficiente sobre Ele para apreciar quem Ele é e o que tem feito por nós, para que possamos ter vida através de fé nEle.

   2) Para nos capacitar a objetivamente verificar a veracidade das narrativas. A BÍBLIA, desde o início, afirma que um julgamento em um tribunal de justiça não deve ser feito contra uma pessoa na base de apenas uma testemunha, mas sim de pelo menos duas ou três (Deuteronômio 19:15). Sendo assim, ter narrativas diferentes sobre a pessoa e o ministério terreno de JESUS CRISTO nos capacita a avaliar a veracidade da informação que temos sobre Ele.

   Simon Greenleaf, uma autoridade bem conhecida e bem respeitada sobre o que constitui evidência confiável em um tribunal de justiça, examinou os Quatro Evangelhos de uma perspectiva legal. Ele percebeu que o tipo de descrição dado pelas testemunhas oculares nos Quatro Evangelhos, na qual um livro concorda com o outro, mas com cada escritor escolhendo omitir ou adicionar detalhes que os outros escolheram incluir ou omitir, respectivamente, é típico de fontes confiáveis e independentes que seriam aceitas em um tribunal como evidência forte. Se os Evangelhos tivessem exatamente a mesma informação com os mesmos detalhes providenciados, e escritos da mesma perspectiva, seria uma grande indicação de conspiração; quer dizer, que talvez os autores teriam se reunido com a intenção de contar a mesma história para fazer com que seus testemunhos fossem mais acreditáveis. As diferenças entre os Evangelhos, até mesmo o que aparenta ser contradição de detalhes ao serem examinados de primeiro, confirmam a natureza independente das narrações. Portanto, a natureza independente dos Quatro Evangelhos concorda entre si em relação a sua informação, mas diferencia em suas perspectivas, detalhes e quais eventos foram registrados, indicando que o que sabemos sobre a vida e ministério de CRISTO como apresentados nos Evangelhos é realmente fato e completamente confiável.

   3) Para recompensar os que são investigadores diligentes. Pode-se ganhar muito através de um estudo individual de cada um dos Evangelhos. Mais ainda pode ser ganho quando se compara e junta as narrativas diferentes dos eventos específicos do ministério de JESUS. Por exemplo, em Mateus 14 lemos a narrativa de JESUS alimentando os 5000 e JESUS andando sobre as águas. Mateus 14:22 nos diz que: “compeliu JESUS os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.” Alguém pode perguntar: “Por que ele fez isso?” Mateus não deixa claro qual o motivo. Mas quando você combina com o contexto de Marcos 6, você vê que os discípulos tinham acabado de voltar de expulsar demônios e curar pessoas através da autoridade que JESUS lhes tinha dado quando Ele os enviou dois a dois. Mas eles retornaram com uma atitude muito orgulhosa, esquecendo seu devido lugar e prontos a instruir JESUS (Mateus14: 15)! Então, ao enviá-los durante a noite ao outro lado do Mar da Galileia, JESUS lhes revela duas coisas enquanto estão lutando contra o vento e ondas, dependendo de si mesmos até as primeiras horas da manhã seguinte. JESUS estava andando sobre a água, prestes a passar pelo barco dos discípulos, quando finalmente os discípulos invocaram o nome de JESUS (Marcos 6:48-50). Ele revela (1) que não podem alcançar nada para DEUS com suas próprias forças e (2) que nada é impossível quando eles clamam a DEUS e dependem de Seu poder. Há vários exemplos assim de “joias” a serem encontradas pelo estudante diligente da PALAVRA de DEUS que se dedica a comparar ESCRITURA com ESCRITURA, joias essas que passam por despercebidas pelo leitor casual.                     


   Estudos Bíblicos (2024) - A BÍBLIA tem sido corrompida, alterada, editada, revisada ou fabricada?


   

Estudos Bíblicos (2024) - "Criação e Redenção" (Perguntas com Respostas)


                               

     Se você perdeu algum dos Estudos Bíblicos (2023) segue abaixo os links, Bons Estudos! 

Estudos Bíblicos (2023) - Introdução ao Estudo das ESCRITURAS SAGRADAS

Estudos Bíblicos (2023) - O que é a BÍBLIA?


Estudos Bíblicos (2023) - "As Escrituras Sagradas" (Perguntas com Respostas)


Estudos Bíblicos (2023) - "Imortalidade da Alma" (Parte 1/2) 


Estudos Bíblicos (2023) - "Imortalidade da Alma" (Parte 2/2)  


Estudos Bíblicos (2023) - "É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de DEUS?"


Estudos Bíblicos (2023) - "Estudo das Escrituras" (Perguntas e Respostas)


Estudos Bíblicos (2023) - "Sobre a necromancia e a mulher de Endor"


Estudos Bíblicos (2023) - A BÍBLIA contém erros, contradições ou discrepâncias?


        Estudos Bíblicos (2023) - "O Poder da Palavra de Deus" (Perguntas com Respostas) 






                                      igrejas.adventistas.org 

                                                               #NovoTempo 




    Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma Base Verdadeira, a firmar os pés num Claro:

                                    "Assim Diz o SENHOR" 

CURSO BÍBLICO - "O GRANDE CONFLITO" (GRÁTIS)

                                              É DESSE JEITO! 

      Essa história é real! Este livro explica por que o mundo é do jeito que é, respondendo às perguntas mais inquietantes da mente humana: Por que estou aqui? Por que as pessoas sofrem? Existe esperança para a humanidade? Qual é o futuro do planeta?

   Clique na Imagem do Livro e será redirecionado (a) à página de preenchimento de seus dados, para que você possa baixar o PDF deste incrível ESTUDO BÍBLICO, TOTALMENTE GRÁTIS. Bons Estudos!       

    


                                 

                                      igrejas.adventistas.org 

                                                            #NovoTempo 





  Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma Base Verdadeira, a firmar os pés num Claro:

                                    "Assim Diz o SENHOR" 


Estudos Bíblicos (2024) - "Lázaro e o homem rico"

                                               É DESSE JEITO!   

   Temos visto até agora que a BÍBLIA ensina claramente que os mortos estão mortos, isto é, estão sem consciência, esperando pela Ressurreição. Reconhecemos que isto vai contra a visão tradicionalista que acredita que quando alguém morre “sua alma continua vivendo”. Temos, contudo, visto a partir de inúmeras passagens Bíblicas que tal visão não pode estar correta, pois contradiz a BÍBLIA. Embora haja algumas passagens da BÍBLIA que, sendo mal interpretadas, são usadas para apoiar esta doutrina de uma suposta vida imediatamente após a morte. Uma destas passagens é a história do homem rico e Lázaro mostrada em Lucas 16:19-31:

                                "Assim Diz o SENHOR"

   "Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."

                      (Lucas 16:19-31/PALAVAR de DEUS)

   Agora antes de dizermos algo sobre a passagem, especialmente àquela que parece contradizer muitas outras passagens, necessitamos estudar seu contexto. Para quem JESUS conta esta história? Isto pode ser facilmente encontrado ao olharmos os versículos que precedem a texto acima. Começando em Lucas 16:1 vemos que o SENHOR JESUS falou a Seus discípulos e lhes deu um ensinamento que cumulou com a seguinte conclusão: “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a DEUS e a Mamom”(Lucas 16:13). Agora para os Fariseus que o cercavam respondeu como segue: “E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele.” Lucas 16:14). Então JESUS se adiantou e respondeu-lhes:

                                  "Assim Diz o SENHOR"

   “E disse-lhes [aos Fariseus]: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação. A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei. Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também. Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.”

                           (Lucas 16:15-19/PALAVRA de DEUS)

   Eu incluí intencionalmente o versículo 19 acima porque esta é a parte da mesma fala que começou no versículo 15 e foi direcionada a “eles”, os Fariseus. Foi a eles que JESUS contou a história de Lázaro e o homem rico. Ele não estava dando um sermão geral às pessoas ou ensinando a Seus discípulos (embora eles estivessem presentes). Ao contrário Seus olhos estavam voltados aos Fariseus e Sua Palavra foi dirigida a eles. Foi somente após terminar a história que ele voltou-se novamente para os discípulos, conforme lemos em Lucas 17:1 “E disse aos discípulos….”. Em outras palavras, olhando o capítulo 16 como um todo, vemos que o SENHOR JESUS direcionou sua fala a dois grupos distintos: De Lucas 16:1 a 13 foi dito aos discípulos com os Fariseus escutando e zombando Dele. Então dos versículos 15-31 (o qual inclui a história que estamos estudando) Ele se dirige aos Fariseus. Quando Ele termina de falar com eles volta-se novamente aos discípulos (Lucas 17:1).

   Foi então aos Fariseus que o SENHOR contou a história de Lázaro e o homem rico. Agora olhando para esta história podemos ficar perplexos, pois existem elementos que não são vistos em outras partes da BÍBLIA. Vejamos alguns destes elementos:                                    

     i) o homem rico morreu e foi para o Hades, onde ele estava aparentemente atormentado. Conforme aparece na passagem ele estava consciente e podia ver, sentir e falar. Mais ainda, ele tinha a simpatia e preocupação pelos seus irmãos e queria avisá-los. Esta descrição do Hades e o estado de morte é uma contradição óbvia com muitas Escrituras, algumas das quais damos abaixo:

   Eclesiastes 9:4-6, 10

   "Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). Porque os vivos SABEM que hão de morrer, MAS OS MORTOS NÃO SABEM COISA NENHUMA, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e JÁ NÃO TÊM PARTE ALGUMA PARA SEMPRE, EM COISA ALGUMA DO QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL...Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, PORQUE NA SEPULTURA [Sheol em Hebreu], PARA ONDE TU VAIS, NÃO HÁ OBRA NEM PROJETO, NEM CONHECIMENTO, NEM SABEDORIA ALGUMA."

   Salmo 6:5

   “Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro [Hebreu: Sheol, Hades em Septuaginta] quem te louvará?”

   Salmo 31:17

   “Deixa confundidos os ímpios, e emudeçam na sepultura [Hebreu: Sheol, Hades em Septuaginta].”

   Salmo 115:17

   “Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio. [Septuaginta: descem ao Hades, ou seja, Hades = silêncio].”

   Salmo 30:9

   “Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?”

   Isaías 38:18-19

   “Porque não te louvará a sepultura [Sheol em Hebreu], nem a morte te glorificará; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova. O vivente, o vivente, esse te louvará, como eu hoje o faço; o pai aos filhos fará notória a tua verdade.”

O mesmo texto em Septuaginta:

   "Pois aqueles que estão na sepultura [Grego: Hades] não te louvarão, tampouco os mortos te bendirão, nem aqueles que estão no Hades esperam por vossa misericórdia. Os vivos te louvarão como eu o faço.”

   Como está óbvio na passagem acima, Sheol (em Hebreu) ou Hades ( em Grego) é um lugar de silêncio e de não consciência. Lá não existe tormento ou refrigério. Neste lugar não há sentimentos de simpatia ou entendimento. Tampouco há louvor a DEUS nesse lugar. Existem realmente mais de 70 ocorrências das palavras Sheol e Hades na BÍBLIA e em nenhuma delas vemos as características que encontramos na história acima. De fato na história nós vemos o homem rico no Hades, falando, sentindo, tendo preocupações e tormentos. Por que isto? Antes de vermos o porque, vamos também ver alguns outros pontos desta história. Concentremo-nos no pobre Lázaro.

   ii) Em relação ao pobre Lázaro lemos:

   Lucas 16:22

   “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão.”

   Mais uma vez esta sentença contém referências estranhas, sem precedentes na BÍBLIA. De fato, não há outra referência bíblica ao “seio de Abraão” e anjos levando pessoas a ele. Conforme já dissemos, existe mais de 70 ocorrências de palavras Sheol e Hades na BÍBLIA que define Hades literalmente como sepulcro, lugar para onde vão todos os mortos, sem distinção. Mas nunca lemos sobre “seio de Abraão”, nem que o pobre ou justo vão para um lugar diferente dos ricos ou injustos. Por que JESUS está fazendo tais referências que não há paralelo algum com as Escritura e de fato é bastante contraditório?

   A resposta pode ser encontrada se voltarmos ao contexto: Para quem JESUS contou esta história? Como vimos este não era um ensinamento sobre mortos dado a todos, mas foi dirigido especificamente aos Fariseus que zombavam dele por haver dito que não tem como servir a DEUS e ao dinheiro. Os Fariseus eram “amantes do dinheiro”, “ambiciosos” e eles “eram homens justos diante dos homens”. Os Fariseus tinham, com lemos em outra parte da ESCRITURA, tradições que não condiziam com a PALAVRA de DEUS. Eles acreditavam em coisas que eram fora da ESCRITURA e tornavam a PALAVRA de DEUS sem efeito. Marcos 7:1-13 nos dá alguma dica de quão longe da BÍBLIA eles estavam:

                                  "Assim Diz o SENHOR"

   “E ajuntaram-se a ele os fariseus, e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém. E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam. Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal e as camas. Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar? E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e quem maldisser, ou o pai ou a mãe, certamente morrerá. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser ao pai ou à mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta ao Senhor; Nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas."

                       (Marcos 7:1-13 /PALAVRA de DEUS)

   A última frase “e muitas coisas semelhantes a estas” mostra que os exemplos acima não eram os únicos desvios dos Fariseus em relação à ESCRITURA. Na Verdade, como acontece muito nos dias de hoje, eles tinham trocado DEUS por suas Tradições. Seus ensinamentos não vinham das ESCRITURAS, mas das tradições sem base alguma na BÍBLIA e tradições que eram de fato bastante contraditórios à BÍBLIA. Agora, por que eu digo todas estas coisas sobre os Fariseus? A razão é simples: porque embora a expressão “seio de Abraão” e outras coisas estranhas que aparecem no texto do homem rico e Lázaro não aparecerem em nenhum outro lugar na BÍBLIA, e também contradizer outras referências na BÍBLIA, eles aparecem nas tradições que os Fariseus acreditavam. Aqui está o que a Enciclopédia Católica nos diz sobre a crença dos Judeus do 1º século (ênfase adicionada).

“Na BÍBLIA SAGRADA, a expressão “Seio de Abraão” é encontrado apenas em dois versículos do Evangelho de Lucas (16:22-23). Ela ocorre na parábola do homem rico e Lázaro a imagem da qual é plenamente extraída da representação popular do mundo invisível dos mortos os quais eram comuns no tempo de nosso Senhor. De acordo com a concepção judaica daqueles dias, as almas dos mortos se reuniam em um lugar, o Sheol da literatura do Velho Testamento ou Hades dos escritos do Novo Testamento (cf Lucas 16:22, no Grego 16:23). Havia, no entanto, um lugar determinado para eles de acordo com suas obras durante suas vidas terrenas. Neste mundo invisível dos mortos as almas dos justos ocupam uma morada ou compartimento deles mesmos os quais são separados da morada das almas dos ímpios por um muro ou abismo. Este último é um lugar de tormentas – o outro, um lugar de alegria e segurança conhecida sob o nome de “Paraíso” e “Seio de Abraão”.

   Veja acima o texto marcado “concepção dos Judeus daqueles dias”. Não estamos falando aqui sobre Tradições com base nas ESCRITURAS que vem de DEUS, mas “tradições daqueles dias”, representações populares do mundo invisível”.

              

   O Seio de Abraão, os justos entrando, os anjos levando-os até lá, o julgamento dos injustos, o caos entre estes dois lugares e outros pontos que lemos acima como a visão dos Fariseus, não tem paralelo em nenhuma outra parte da Escritura exceto a história do homem rico e Lázaro. Em outras palavras: O QUE O SENHOR USOU ESTA HISTÓRIA, PARA FALAR AOS FARISEUS, POIS ERA O QUE OS FARISEUS MESMO ACREDITAVAM ACONTECER APÓS A MORTE. Ele usou os costumes dos Fariseus para passar a Sua mensagem. Podemos entender o ponto de vista do SENHOR na conclusão dada na última sentença da história:

                               "Assim Diz o SENHOR"

   “Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.”

                      (Lucas 16:31 /PALAVRA de DEUS)

   É óbvio que o homem rico não ouvia, ou seja, não seguia a Moisés e os profetas, a PALAVRA de DEUS, e terminou atormentado. Ele era um rico injusto e sua riqueza não o ajudou a livrar-se do tormento. Por outro lado o homem pobre, embora sendo pobre materialmente, era um homem que seguia a PALAVRA de DEUS, a Moisés e os profetas, e por isso terminou no Seio de Abraão. E isto é exatamente o que o SENHOR queria dizer a estes Fariseus. Em Lucas16:13 ele disse aos discípulos “vocês não podem servir a DEUS e a Mammon.” Depois em Lucas 16:14 nos diz: “Agora aos Fariseus, que eram amantes do dinheiro, e não guardavam a PALAVRA de DEUS, a Moisés e os profetas. Na Verdade, conforme lemos em outra passagem eles invalidavam a palavra de DEUS. Ainda assim, eles pensavam que de alguma maneira seriam Salvos – uma vez que por suas (falsas) tradições julgavam que após a morte iriam para o “Seio de Abraão”. Então o SENHOR, usando suas próprias armas, suas tradições, voltou-se contra eles, dando-lhes a história na qual o pobre terminou no Seio de Abraão porque ele manteve a PALAVRA de DEUS, mas o rico e injusto – tal e qual eles eram – terminou no tormento. Os bens materiais não foram suficiente para salvá-lo. Apenas guardando a PALAVRA de DEUS poderia Salvá-lo. É o ensinamento aos gananciosos Fariseus que em suma lhes ensinou: “não pensem que suas riquezas os salvarão. O que os salvará é seguir a PALAVRA de DEUS (a Moisés e os profetas).” Para dizer-lhes isto, o SENHOR usou um dos mais efetivos meios: falou a linguagem deles, ou seja, linguagem de suas tradições sobre salvação e condenação.

   Para concluir, o SENHOR não quis com esta história dar um sermão sobre o que acontece após a morte, como muitos decifram em Sua palavra, ignorando o contexto e as crenças dos Fariseus que em outra passagem o SENHOR julgou severamente dizendo que tornavam a PALAVRA de DEUS ineficaz. O que o SENHOR fez, foi dirigir-se aos Fariseus, usando suas próprias crenças sobre vida após morte, para dizer-lhes que o que importa não é a riqueza, mas guardar a PALAVRA de DEUS. Ele usou seus próprios paradigmas, suas crenças sobre vida após morte, para acrescentar sua conclusão. Ele poderia escolher outro paradigma para dizer a mesma coisa. Porém, poucos duvidarão que o modo mais efetivo de falar a alguém é usando uma linguagem familiar a esta pessoa. E foi o que o SENHOR fez: Ele falou a eles usando seus costumes sobre a vida após a morte como moldura, acrescentando à história a Sua Mensagem. É muito triste que muitos ainda tenham essa moldura, essa crença equivocada dos Fariseus, e se voltam para uma doutrina de mortos. Isto, de fato é uma doutrina, mas Farisaica. Esperamos que este artigo ajude aos leitores a tirarem suas próprias conclusões.            


   Estudos Bíblicos (2024) - A BÍBLIA tem sido corrompida, alterada, editada, revisada ou fabricada?


   

Estudos Bíblicos (2024) - "Criação e Redenção" (Perguntas com Respostas)



                                

    Se você perdeu algum dos Estudos Bíblicos (2023) segue abaixo os links, Bons Estudos! 

Estudos Bíblicos (2023) - Introdução ao Estudo das ESCRITURAS SAGRADAS

Estudos Bíblicos (2023) - O que é a BÍBLIA?


Estudos Bíblicos (2023) - "As Escrituras Sagradas" (Perguntas com Respostas)


Estudos Bíblicos (2023) - "Imortalidade da Alma" (Parte 1/2) 


Estudos Bíblicos (2023) - "Imortalidade da Alma" (Parte 2/2)  


Estudos Bíblicos (2023) - "É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de DEUS?"


Estudos Bíblicos (2023) - "Estudo das Escrituras" (Perguntas e Respostas)


Estudos Bíblicos (2023) - "Sobre a necromancia e a mulher de Endor"


Estudos Bíblicos (2023) - A BÍBLIA contém erros, contradições ou discrepâncias?


        Estudos Bíblicos (2023) - "O Poder da Palavra de Deus" (Perguntas com Respostas) 







                                        igrejas.adventistas.org 

                                                               #NovoTempo 



    Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma Base Verdadeira, a firmar os pés num Claro:

                                    "Assim Diz o SENHOR" 


Especial - Por que Paulo foi acusado de pertencer a uma seita?

                                                    É DESSE JEITO!  


   Certa ocasião, diante do governador Félix, o apóstolo Paulo se defendeu com estas palavras: “Confesso ao senhor que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao DEUS de nossos pais, acreditando em todas as coisas que concordam com a lei e os escritos dos profetas, tendo esperança em DEUS, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos. Por isso, também me esforço por ter sempre uma consciência pura diante de DEUS e dos homens” (Atos 24:14-16).

   Note que Paulo reafirmou algumas de suas convicções fundamentadas firmadas na Bíblia. Ele disse (1) acreditar “em todas as coisas” que concordam com a Lei e os Escritos dos Profetas, (2) ter esperança em DEUS, (3) crer na ressurreição dos justos (Segunda Vinda de CRISTO [1Tessalonicenses 4:16, 17]) e dos injustos (fim do juízo pré-advento e do milênio [Apocalipse 20]), e (4) ter a consciência pura.

   Paulo guardava o sábado, conforme podemos ver em várias passagens do Livro de Atos, como em 16:13. Paulo ensinava sobre o sono da morte (1Tessalonicenses 4:13-17; 1Coríntios 15: 51-54). Paulo anunciava a segunda vinda literal de CRISTO (Tito 2:13). Ele sabia que “Arcanjo Miguel” é mais um dos títulos de JESUS (assim como “Anjo do Senhor” é um dos nomes Dele no Antigo Testamento [Gênesis 16:10, 13; 31:13; Êxodo 3:2, 4-22; Juízes 13:18, 22]), e que é à voz Dele que os mortos serão ressuscitados (1Tessalonicenses 4:16) – heresia seria dizer que Anjos ressuscitam mortos e podem ter um nome que significa “aquele que é como DEUS”.

   Paulo também cria na continuação do dom profético no cristianismo, tanto que escreveu: “Não apaguem o Espírito. Não desprezem as profecias. Examinem todas as coisas, retenham o que é bom” (1Tessalonicenses 5:19-21), e que entre os dons deixados por JESUS aos crentes até a volta Dele está o de profecia (Efésios 4:11-13), o que está em conformidade com as palavras de João em Apocalipse 12:17 e 19:10. O Dom de Profecia continuaria até o fim, daí a necessidade de “examinar” e tomar cuidado com os falsos profetas (Mateus 7:15). E se há o falso, obviamente também há o Verdadeiro.

   Enfim, Paulo passou a ser tido como membro de uma seita por causa do “a mais” e não do que compartilhava com os judeus. Ele cria e pregava a respeito do MESSIAS JESUS CRISTO. E sua pregação era tão poderosa que aos inimigos muitas vezes só restavam duas opções: distorcer as palavras do Apóstolo ou simplesmente tentar calá-lo.

                                                                                                     (Michelson Borges)



                                        igrejas.adventistas.org 

                                                               #NovoTempo 




  Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma Base Verdadeira, a firmar os pés num Claro:

                                         "Assim Diz o SENHOR"