Estudos Bíblicos (2023) - "Imortalidade da Alma" (Parte 2/2)

                               É DESSE JEITO! 

           

                              Tyndale e Lutero 

   Vejamos agora o que dois grandes reformadores pensam sobre a doutrina da imortalidade da alma. Tyndale aquele grande reformador e reverenciado tradutor da Bíblia, que foi queimado na estaca, disse sobre a doutrina da imortalidade da alma, respondendo ao defensor Papal Thomas More:

   “Ao colocar as almas que partiram no céu, no inferno, ou no purgatório, destruís os argumentos com os quais Cristo e Paulo provam a Ressurreição. . . E ainda, se há almas no céu, por que elas não estão em uma boa posição como os Anjos? Se a alma está no céu, dizei-me que motivo há para a ressurreição?... a fé verdadeira posta (estabelecida) a ressurreição, a qual somos advertidos a buscar a todo momento. Os filósofos pagãos, negando isto, declaram que as almas sim vivem. E o Papa une a doutrina espiritual de Cristo e a doutrina carnal dos filósofos, coisas tão contrárias que não tem como estarem de acordo. Não mais como o espírito e a carne no homem cristão. E por essa mentalidade carnal de um papa ao consentir uma doutrina pagã, portanto ele corrompeu a Escritura Sagrada para estabelece-la. (Resposta ao diálogo de Sir Thomas More (reimpressão Parker 1850), pp. 180, 181., com ênfases)

         E disse também:

   “Eu me maravilho de que Paulo não tenha reconfortado os Tessalonicenses com esta doutrina (da imortalidade da alma) se soubesse que as almas de seus mortos estavam em gozo, assim como ele sabia da ressurreição, que seus mortos viveriam novamente. Se as almas estão no céu, em estado de glória como os anjos, conforme sua doutrina, diga-me então para que a ressurreição” (Resposta ao diálogo de Sir Thomas More (reimpressão Parker 1850), pp. 118., com ênfases).

   Mais ainda, Martín Lutero, o grande reformador Alemão, em resposta à mesma Bula de Leão X, classificou a imortalidade da alma como “opinião monstruosa”. Eis aqui o que ele disse:

   “Contudo, permito ao Papa estabelecer artigos para ele mesmo e seus fiéis seguidores, tais como: Que o pão e o vinho são substanciados no sacramento, que a essência de Deus gera não é gerada, que a alma é a forma substancial do corpo humano, que ele (o papa) é o imperador do mundo e rei do céu e um deus terreno, que a alma é imortal, e todas essas monstruosidades sem fim...( Afirmação de todos os artigos de M. Lutero condenados pela última Bula de Leão X), artigo 27, Weimar edição das Obras de Lutero, vol. 7, pp 131, 132, com ênfases)

   O estudioso Luterano Dr T. A. Kantonen (A esperança Cristã, 1594, p. 37), resumiu a posição de Lutero sobre a morte com essas palavras:

   "Lutero, com grande ênfase na ressurreição, preferiu concentrar na metáfora da escritura do sono. “Pois assim como quem dorme e alcança o amanhecer inesperadamente ao acordar, sem saber o que aconteceu com ele, também devemos ser despertados de repente no último dia sem saber como entramos na morte e passamos por ela. Dormiremos, até que Ele venha e bata no nosso túmulo e diga, Doutor Martin, levante-se! Então ressuscitaremos prontamente com ele para sempre.”

   Não poderíamos concordar mais com esses dois grandes reformadores. A morte é sem dúvida dormir. Não existe tal coisa de alma imortal. O conforto da Bíblia NÃO é o conforto da maioria dos pregadores dão nos funerais, ou seja, que a alma morta, supostamente está viva. Este foi o conforto de Platão e Sócrates ao ensinar seus alunos convertidos. (Eu lembro novamente a citação da Enciclopédia Católica: “A grande maioria dos filósofos cristãos até Santo Agostinho foram platônicos”.) Continuaremos a acreditar nisto ou voltaremos nossos ouvido para o que a Palavra de Deus diz?

      Outras fontes, os fundadores da Igreja

   A Imortalidade da alma é algo contrário às escrituras e é também estabelecida pela enciclopédia Judaica que diz a esse respeito:

"A crença de que a alma continua existindo após a morte do corpo não está nos ensinamentos da Sagrada Escritura... a crença da imortalidade da alma vem de judeus que tiveram contato com os gregos, de modo especial sobre a filosofia da Platão e seus princípios, que foi conduzido por meio dos mistérios Órficos e Eleusianos dos quais os egípcios e babilônios foram estranhamente misturados.” (A Enciclopédia Judaica, artigo, “imortalidade da alma, com ênfases).

   De modo similar a Enciclopédia Bíblica internacional diz:

“sempre fomos influenciados de certa forma pelas ideias gregas, platônicas de que o corpo morre, mas a alma é imortal. Tais ideias são completamente contrárias à consciência israelita e não há relato disso no Antigo Testamento.” (1960, Vol. 2, p. 812, “Morte”)

   Irmãos, a alma NÃO é imortal. A alma é apenas para dar vida ao corpo. Você respira. Você tem alma. Assim também para os animais: eles são almas viventes. Você morreu, não há mais alma. A esperança dos Cristãos se apoia em apenas uma única doutrina: a Doutrina da Ressurreição dos mortos. Quando Paulo foi para Atenas, a capital do filósofo grego, a casa de Platão e Sócrates, ele pregou: “Jesus e a ressurreição” (Atos 17:18). Desde então o conceito da imortalidade da alma se espalhou por toda Grécia. Mas Paulo não disse isso para reiterar a mentalidade da filosofia grega. Ao contrário, ele pregou a única Doutrina Verdadeira sobre o assunto: a Doutrina da Ressurreição. Paulo não comprometeria a Verdade reiterando os filósofos e suas opiniões. De fato aqui está um alerta para todos a este respeito:

                             "Assim Diz o SENHOR" 

  “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.”

                 (Colossenses 2:8/ESCRITURA SAGRADA)

   

   A palavra “filósofos” é a palavra usada em Atos 17:18 para descrever os epicuristas e estoicos que ridicularizavam Paulo, porque ele estava pregando a ressurreição. É a palavra usada por Platão, Sócrates e todos os demais para descreverem a si mesmos. Eles eram filósofos e suas obras eram uma só: filosofia. Enquanto Paulo alertava: “cuidado para que ninguém vos prenda pela filosofia” – os fundadores da igreja – a maioria deles – foram capturados por ela. Por exemplo, o Dicionário Teológico Evangélico diz sobre a origem, os fundadores da igreja são descritos pela Enciclopédia Britânica como: “os teólogos e bíblicos mais importantes do início da igreja grega”.

“Especulação sobre a alma na igreja sub apostólica foi fortemente influenciada pela filosofia grega. Pode-se ver isto na aceitação da origem da doutrina platônica da preexistência da alma como mente pura (nous)...” (1992, p. 1037, “Alma”)

        Aqui está o que a própria Origem escreveu:

“. . . A alma, tendo sua substância e vida em si mesma, deverá após sua partida do mundo, ser recompensada de acordo com que ela merece, ser destinada para obter uma herança de vida eterna e benção...ou ser mandada para o fogo eterno e punição...” (Padres pré Nicenos, Vol. 4, 1995, p. 240)

   Muitos dos fundadores da igreja, ao invés de rechaçar essas influências filosóficas, eles a cristianizaram, sendo enganados por elas e misturando-as com a Verdade da PALAVRA com um erro da filosofia pagã. Veja o que Ackermann diz a respeito dos Padres da igreja grega, o mártir Justino:

"Justino foi como ele mesmo relata um admirador entusiasta de Platão antes de encontrar no Evangelho a satisfação plena que ele tinha procurado intensamente, mas em vão, na filosofia. E, embora o evangelho fosse infinitamente superior em seu ponto de vista do que a filosofia platônica, ainda assim ele considerava a filosofia como estado preliminar para o evangelho.” E do mesmo modo fizeram muitos escritores apologéticos ao se expressarem sobre Platão e sua filosofia.” (Ackermann, Das Christliche im Plato, chap. i., Hamburg, 1835; Eng. transl., The Christian Element in Plato, Edinburgh, 1861).

   De fato a Enciclopédia Britânica descreve o mártir Justino como “o primeiro cristão a usar a filosofia grega no serviço da fé cristã”.

   E como o historiador de igreja alemão Philip Schaff diz em sua Enciclopédia:

   “muitos dos primeiros cristãos encontraram peculiar atração nas doutrinas de Platão, e as empregaram como armas de defesa e extensão do cristianismo, ou colocaram as verdades do cristianismo em um molde platônico. As doutrinas do Logos e da Trindade receberam a sua forma de Padres gregos, os quais, se não treinados nas escolas, foram muito influenciados, direta ou indiretamente, pela filosofia Platônica, particularmente no modelo Judeu-Alexandrino. Que os erros e corrupções penetraram na Igreja a partir desta fonte não pode ser negada... Entre os mais ilustres dos padres que foram influenciados por Platão, podemos nomear: Justino Mártir, Atenágoras, Teófilo, Irineu, Hipólito, Clemente de Alexandria, Orígenes, Felix Minúcio, Eusébio, Metódio, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa, e Santo Agostinho.” (A Nova Enciclopédia de conhecimentos religiosos Schaff-Herzog, artigo: Platonismo e Cristianismo, com ênfases).

                       Conclusão:

     A doutrina da qual afirma que alma dos mortos se separam de seu corpo e segue vivendo no céu ou no inferno, por que a alma é supostamente imortal, não é uma inovação Cristã. É algo que foi articulado por Platão e Sócrates, os quais por sua vez tiveram grande influência na maioria dos doutores da Igreja, do Mártir Justino até Agostinho. Esta doutrina pagã embora infundada na Bíblia e nos livros do Antigo Testamento, Jesus e os apóstolos foram colocados juntos com as ideias de outros filósofos gregos e renomeado de cristã. Esta doutrina platônica pagã substituiu a verdadeira esperança cristã em relação à morte: “a ressurreição ao soar da última trombeta, porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis.” (1 Coríntios 15:52). Portanto por que a ressurreição dos mortos é mantida como a doutrina da igreja, se afirmam que os mortos tornam-se imortais logo após a morte? Tyndale foi muito direto ao perguntar: “Se as almas estão no céu, em estado glorioso como anjos, conforme sua doutrina mostre-me para que a ressurreição”. “A imortalidade da alma não é bíblica, pagã e essencialmente incompatível com a doutrina da ressurreição dos mortos: Não há na verdade nenhum sentido se o morto está vivo agora, pois ressurreição indica que estão vivos”. Como Paulo diz em:

                              "Assim Diz o SENHOR" 

    “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.”

                    (1 Coríntios 15: 22-23/PALAVRA de DEUS)

        

   TODOS serão vivificados. Isto é futuro. A PALAVRA ao dizer que SERÃO vivificados na Vinda de CRISTO, deixa claro que eles NÃO estão vivos agora. Tudo mais é mentira, independente se seu pastor, sua denominação ou sua santa igreja favorita lhes ensina isto.

   Você e eu temos uma escolha a fazer: acreditaremos em DEUS e SUA PALAVRA, ou acreditaremos em Platão, Sócrates e o que eles trouxeram, por meio de seus discípulos para dentro da doutrina da Igreja? Você quer ser discípulo de Platão ou de CRISTO? Fazer a escolha certa significa permanecer de pé contra a opinião popular e arcar com as consequências. Mas cuidemos disto ou cuidemos da Verdade? Importaremos com o que homens dizem ou sobre o que DEUS nos diz a esse respeito? Como Paulo nos ensina:

                                 "Assim Diz o SENHOR"

 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

                         (2 Timóteo 2:15/PALAVRA de DEUS)

   Manter ambas, a PALAVRA e nossas tradições neste caso não é possível. Uma das duas terá que sair e eu oro para que você faça a decisão correta de qual será.

       

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     Os Grandes Temas da BÍBLIA - "Aliança de DEUS com a humanidade" (Parte 2/2)

 

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