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Quando a Voz do
Santo cessou, “o povo estava de longe, em pé; Moisés, porém, se chegou à nuvem
escura onde DEUS estava”. Segue-se um breve diálogo no qual DEUS entrega a
Moisés uma série de preceitos, os quais, como uma amostra dos estatutos dados
por seu intermédio, podem ser classificados da seguinte forma: preceitos
cerimoniais, que apontavam para as coisas por vir; preceitos legais, direcionados
ao governo civil da nação; e preceitos morais, declarando, de outras formas, os Dez Mandamentos. Nesse breve diálogo, o Sábado não é esquecido:“Seis dias farás a tua obra, mas, ao Sétimo Dia,
descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento; e para que tome
alento o filho da tua serva e o forasteiro.”
Esse Texto Bíblico fornece uma evidência implícita de que
o Sábado foi feito para a humanidade e para as criaturas que compartilham dos
labores humanos. O estrangeiro e o forasteiro deveriam guardá-lo, e o Sábado
serviria para o alento deles. Mas as mesmas pessoas não poderiam participar da
Páscoa até que se tornassem membros da igreja hebraica por meio da circuncisão.
Quando Moisés voltou para junto do povo, ele repetiu
todas as Palavras do SENHOR. A uma voz, os israelitas exclamaram: “Tudo o que
falou o SENHOR faremos”. Então Moisés escreveu todas as Palavras do SENHOR. “E
tomou o livro da aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o
SENHOR faremos e obedeceremos”. Então “tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu
sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR fez convosco”.
Dessa maneira, DEUS preparou o caminho para derramar um
segundo sinal de honra sobre Sua Lei:“Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e
fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a Lei, e os Mandamentos que escrevi, para
os ensinares. [...] Tendo Moisés subido, uma nuvem cobriu o monte. E a glória
do SENHOR pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; ao Sétimo Dia, do meio da nuvem chamou o SENHOR a Moisés. O aspecto da glória do
SENHOR era como um fogo consumidor no cimo do monte, aos olhos dos filhos de
Israel. E Moisés, entrando pelo meio da nuvem, subiu ao monte; e lá permaneceu
quarenta dias e quarenta noites.”
Durante esses quarenta dias, DEUS mostrou a Moisés um
modelo da Arca dentro da qual seria colocada a Lei que Ele havia Escrito em
pedra, do Propiciatório que ficaria em cima da Lei, e do Santuário no qual a Arca seria depositada. Também ordenou o Sacerdócio, cujos membros ministrariam
no Santuário diante da Arca. Depois que essas coisas foram ordenadas, quando o
Legislador estava prestes a confiar a Lei Escrita por Si mesmo às mãos de
Moisés, Ele mais uma vez ordenou que o Sábado fosse guardado:“Disse mais o SENHOR a Moisés: Tu, pois, falarás aos
filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os Meus Sábados; pois é Sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que EU SOU o
SENHOR, que vos Santifica. Portanto, guardareis o Sábado, porque é Santo para
vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma
obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o Sétimo Dia é o Sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia
do Sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o Sábado, celebrando-o por Aliança Perpétua nas suas gerações. Entre Mim e os
filhos de Israel é Sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os
céus e a terra, e, ao Sétimo Dia, descansou, e tomou alento. E, tendo acabado
de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho,
tábuas de pedra, Escritas pelo Dedo de DEUS.”
Essa passagem deve ser comparada com o testemunho de
Ezequiel, dado em nome de DEUS:“Dei-lhes os Meus estatutos e lhes fiz conhecer os Meus
juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os
Meus Sábados, para servirem de Sinal entre Mim e eles, para que soubessem que
EU SOU o SENHOR que os santifica. [...] EU SOU o SENHOR, vosso DEUS; andai nos
Meus estatutos, e guardai os Meus juízos, e praticai-os; santificai os Meus Sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que EU SOU o
SENHOR, vosso DEUS.”
Deve-se observar que nenhum desses Textos Bíblicos ensina
que o Sábado foi feito para Israel, nem que ele foi criado depois que os
hebreus saíram do Egito. Nenhum detalhe desses versos nem sequer parece
contradizer os textos que afirmam que o Sábado foi instituído na Criação; ao
contrário, constatamos: (1) que foi o Ato Divino de dar o Sábado aos hebreus
que o transformou em um Sinal entre Ele e o povo. “Também lhes dei os Meus
sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles”. O Ato Divino de lhes confiar
o Sábado já foi discutido; (2) que seria um Sinal entre DEUS e os hebreus “para
que soubessem que EU SOU o SENHOR que os Santifica”. No Antigo Testamento, toda
vez que a palavra SENHOR tem todas as suas letras maiúsculas [“Senhor”], como
nos textos em análise, o original hebraico é Yahweh[Javé, Jeová]. Portanto, o Sábado, como Sinal, significava que foi Jeová, isto é, o DEUS infinito e
autoexistente, que o havia santificado. Santificar é separar ou destinar a um
fim santo, sagrado ou religioso. Já era suficientemente evidente que a nação
hebraica fora separada de toda a humanidade de modo surpreendente. Mas quem é
que os havia separado, dessa forma, de todos os outros povos? Em graciosa
resposta a essa importante pergunta, DEUS concedeu aos hebreus Seu próprio dia
sagrado de descanso. Mas como o grande Memorial do Criador seria a resposta
categórica a essa pergunta? Ouça as palavras do ALTÍSSINO: “Certamente,
guardareis os Meus Sábados”, isto é, Meus dias de descanso, “pois é sinal entre
Mim e vós. [...] Entre Mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque,
em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao Sétimo Dia, descansou, e
tomou alento”. O Sábado, como sinal entre DEUS e Israel, era um Testemunho Perpétuo de que, Aquele que os havia separado de toda a humanidade como Seu
tesouro peculiar na Terra, era o mesmo Ser que havia criado os céus e a terra
em seis dias e descansado no sétimo. Tratava-se, portanto, da mais forte
certeza possível de que Aquele que os santificava era, de fato, JEOVÁ.
Desde os dias de Abraão, DEUS havia separado os hebreus.
Aquele que, até então, nunca havia usado nome local, nacional ou familiar,
desde aquela época até o fim de Seu relacionamento de aliança com a raça
hebraica, assumiu títulos que pareciam mostrar que Ele era DEUS apenas dos
israelitas. Da escolha de Abraão – e sua família – em diante, Ele Se designa
DEUS de Abraão,de Isaque e de Jacó,
DEUS dos hebreus e DEUS de Israel. Ele tirou os hebreus do Egito para ser o seu
DEUS e, no Sinai, uniu-Se a eles em solene aliança. Dessa forma, Ele separou –
ou santificou – os hebreus para Si, porque todas as outras nações haviam se
entregado à idolatria. Assim, o DEUS do céu e da terra condescendeu em Se
entregar a uma só raça e separá-la de toda a humanidade. Deve-se observar que
não foi o Sábado que separou Israel de todas as outras nações, mas, sim, a
idolatria destas nações que levou o SENHOR a separar os hebreus para Si, e que
DEUS deu a Israel o Sábado, que Ele santificara para a raça humana na Criação,
como o Sinal mais expressivo de que Aquele que os havia santificado era, de
fato, o DEUS Vivo.
Foi o Ato Divino de dar o Sábado para os israelitas que o
transformou em um Sinal entre Ele e o povo. Mas a existência do Sábado não
resultou do fato de ele ter sido dado, dessa maneira, aos hebreus; pois o que
eles receberam foi o antigo Sábado do SENHOR e, conforme vimos, ele não foi
dado como um novo mandamento. Pelo contrário, baseou-se, na época, em uma
obrigação já existente. Mas foi a providência de DEUS em favor dos hebreus,
primeiro lhes resgatando da escravidão abjeta e depois lhes enviando pão do céu
por seis dias e preservando-o para o Sábado, que transformou esse dia em um
presente para o povo. Note a importância da maneira como esse dom foi
concedido, em uma demonstração de quem os santificava. Ele se tornou um
presente aos hebreus pela providência maravilhosa do maná – um milagre que
continuou a declarar abertamente o Sábado a cada semana durante o período de
quarenta anos, mostrando invariavelmente que Aquele que os conduzia era o Autor
do Sábado e, portanto, o CRIADOR do céu e da terra. O fato do Sábado, que foi
feito para a humanidade, ter sido entregue aos hebreus dessa forma, certamente
não é mais notável do que o fato do DEUS de toda a Terra ter confiado Seus
oráculos, e a Si próprio, a esse povo. O ALTÍSSIMO, Sua Lei e o Sábado não se
tornaram judeus; mas os hebreus se tornaram depositários honrados da Verdade Divina, e o conhecimento de DEUS e de Seus Mandamentos foi preservado na Terra.
O motivo sobre o qual esse Sinal se baseia aponta
inequivocamente para a verdadeira origem do Sábado. Ele não se originou da
queda do maná durante seis dias e de sua interrupção ao sétimo, pois isso
aconteceu porque o Sábado já existia. Sua origem se deve ao fato de que “em
seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao Sétimo Dia, descansou, e tomou
alento”. Assim fica demonstrado que o Sábado teve origem no descanso e alento
do CRIADOR, e não na queda do maná. Como instituição, o Sábado declarava que
seu Autor era o CRIADOR dos céus e da terra. Como sinal entre DEUS e Israel,
anunciava que quem os havia separado era, de fato, JEOVÁ.
O último ato do Legislador, nesse diálogo memorável, foi
colocar nas mãos de Moisés “as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, Escritas
pelo Dedo de DEUS”. Ele então revelou a Moisés a triste apostasia do povo de
Israel, apressando-o para que descesse a encontrá-los.
“E, voltando-se, desceu Moisés do monte com as duas
tábuas do Testemunho nas mãos, tábuas escritas de ambos os lados; de um e de
outro lado estavam escritas. As tábuas eram obra de DEUS; também a escritura
era a mesma escritura de DEUS, esculpida nas tábuas. [...] Logo que se
aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a
ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte.”
Então Moisés infligiu o castigo sobre os idólatras “e
caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens”. Moisés se voltou para DEUS e
intercedeu em favor do povo. Então o SENHOR prometeu que Seu Anjo iria com os
israelitas, mas Ele próprio não andaria no meio deles, para que não os
consumisse. Em seguida, Moisés apresentou uma fervorosa súplica ao ALTÍSSIMO para que pudesse ver Sua Glória. Tal pedido foi atendido, com exceção de que a Face de DEUS não poderia ser vista.
Mas antes de Moisés subir para contemplar a Majestade do
Legislador infinito, o SENHOR lhe disse:“Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e Eu
escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que
quebraste. [...] Lavrou, pois, Moisés duas tábuas de pedra, como as primeiras;
e, levantando-se pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o SENHOR lhe ordenara, levando nas mãos as duas tábuas de pedra. Tendo o SENHOR descido
na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou o nome do SENHOR. E, [passou] o
SENHOR por diante dele, [...].”
Moisés, então, contemplou a Glória do SENHOR e,
“imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou”. Esse encontro durou
quarenta dias e quarenta noites, assim como o primeiro.Ao que tudo indica, o tempo foi gasto em
intercessão, da parte de Moisés, para que DEUS não destruísse o povo por causa
do seu pecado. O relato acerca desse período é muito breve, mas o Sábado é
mencionado. “Seis dias trabalharás, mas, ao Sétimo Dia, descansarás, quer na
aradura, quer na sega”. Assim o povo foi admoestado a não se esquecer do Sábado
do SENHOR, nem mesmo nos períodos mais ocupados.
Esse segundo período de quarenta dias terminou como o
primeiro, com o Ato de DEUS de depositar as tábuas de pedra nas mãos de Moisés.
“E, ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão,
nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras”.
Portanto, parece que as tábuas do testemunho eram duas tábuas de pedra nas
quais os Mandamentos foram Escritos pelo Dedo de DEUS. Demonstra-se, então, que
o Testemunho de DEUS corresponde aos Dez Mandamentos. A escrita feita nas
segundas tábuas foi uma cópia exata da que foi feita nas primeiras. DEUS disse:
“Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e Eu escreverei nelas as mesmas
palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste”. Acerca das primeiras
tábuas, Moisés disse: “Então, vos anunciou Ele a Sua aliança, que vos
prescreveu, os Dez Mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”.
Foi assim que DEUS confiou a Seu povo os Dez Mandamentos.
Sem interferência humana ou angélica, Ele mesmo os proclamou. Não delegando a
Seu honrado servo Moisés e nem mesmo a um Anjo vindo de Sua presença, Ele mesmo
os escreveu com o Próprio Dedo. “Lembra-te do dia de Sábado, para o Santificar”
é uma das dez prescrições que assim foram exaltadas pelo ALTÍSSIMO. Essas duas
elevadas honras não foram as únicas que Ele conferiu a esse preceito. Ao passo
que o Mandamento do Sábado as compartilha com os outros nove Mandamentos, o
quarto se destaca dentre eles por ter sido estabelecido pelo exemplo do próprio
Legislador. Estes Mandamentos, escritos nas duas tábuas de pedra, fazem
evidente referencia à natureza dupla da Lei Divina: o amor supremo a DEUS e o
amor ao próximo como a nós mesmos. O Mandamento do Sábado, colocadono fim da primeira tábua, forma o elo de ouro
que une as duas partes da Lei Moral. Ele protege e faz vigorar o dia que DEUS reivindica como Seu. Ele acompanha os seres humanos ao longo dos seis dias que
DEUS lhes deu para serem usados de maneira apropriada nas várias relações da
vida, abrangendo, dessa forma, a vida humana em sua totalidade e deixando
implícito que cabe ao homem, ao fazer “toda a sua obra” nos “seis dias” que lhe
foram emprestados, cumprir todos os deveres da segunda tábua, embora o Mandamento em si pertença à primeira Tábua da Lei.
A linguagem do Legislador, ao chamar Moisés para subir o
monte e receber os Dez Mandamentos, comprova que eles formam um código moral
completo. “Sobe a Mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a Lei,
e os Mandamentos que escrevi”. Essa Lei composta de Mandamentos era o Testemunho de DEUS gravado em pedra. O mesmo fato grandioso é apresentado por
Moisés na bênção que pronunciou sobre Israel: “Disse, pois: O SENHOR veio do
Sinai e lhes alvoreceu de Seir, resplandeceu desde o monte Parã; e veio das
miríades de santos; à Sua [mão] direita, havia para eles o fogo da Lei”[ou
como diz a KJV: “de Sua destra, veio para eles uma Lei ardente”.]. Não pode
haver dúvida de que, por meio dessas palavras, o ALTÍSSIMO é descrito como
estando pessoalmente presente com miríades de Seus Santos, ou de Anjos. E o que
Ele escreveu com a própria mão direita é chamado por Moisés de “fogo da Lei”.
Agora o homem de DEUS completa seu encargo sagrado. E assim ele relata o que
DEUS fez ao lhe confiar a Lei, e o que ele mesmo fez para que a Lei chegasse à
sua posição final: “Então, escreveu o SENHOR nas tábuas, segundo a primeira
escritura, os Dez Mandamentos que Ele vos falara no dia da congregação, no
monte, no meio do fogo; e o SENHOR mas deu a mim. Virei-me, e desci do monte, e
pus as tábuas na arca que eu fizera; e ali estão, como o SENHOR me ordenou”.
Assim a Lei de DEUS foi depositada dentro da Arca, embaixo do propiciatório.
Este capítulo também não poderia terminar sem destacar a importante relação do Quarto Mandamento com a expiação.
A tampa da arca era chamada de propiciatório porque,
todos aqueles que haviam transgredido a Lei contida embaixo dele, dentro da Arca, poderiam encontrar perdão por meio da aspersão, sobre o propiciatório, do
sangue da expiação.
A Lei dentro da Arca era a que exigia a expiação; a lei
cerimonial que ordenava o sacerdócio levítico e os sacrifícios pelo pecado era
a lei que ensinava aos seres humanos como a expiação poderia ser efetuada. A Lei transgredida se encontrava embaixo do propiciatório; o sangue da oferta
pelo pecado era aspergido em cima dele, e o perdão era estendido ao pecador
penitente. Havia um pecado autêntico e, portanto, uma Lei autêntica que o ser
humano havia quebrado; mas não havia uma expiação autêntica, e daí a
necessidade do grande antítipo dos sacrifícios levíticos. A Expiação Autêntica,
quando fosse realizada, deveria estar ligada à Lei a respeito da qual a
expiação havia sido prefigurada. Em outras palavras, a expiação típica [ou
simbólica], que era “sombrados bens
vindouros” (Hebreus 10:1), estava relacionada à Lei guardada na Arca e indicava
que uma Expiação Autêntica era exigida por aquela lei. Era necessário que a Lei
que exige a Expiação, a fim de poupar aquele que a transgredira, fosse perfeita
em si mesma; caso contrário, a culpa recairia, pelo menos em parte, sobre o
Legislador, e não totalmente sobre o pecador. Logo, a expiação efetuada não
elimina a Lei transgredida, uma vez que ela é perfeita, mas tem o claro
propósito de eliminar a culpa do transgressor. Devemos lembrar que o Quarto Mandamento é um dos Dez Preceitos da Lei quebrada, um dos princípios Santos e Imutáveis que tornou necessária a morte do FILHO Unigênito de DEUS antes que o
perdão pudesse ser estendido ao homem culpado. Com esses fatos em mente, não é
estranho que o Legislador tenha reservado para Si a tarefa de Proclamar a Lei,
não confiando a nenhum ser criado a responsabilidade de escrever a Lei que
exigiria, como meio de Expiação, a morte do FILHO de DEUS.
Continua...
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Em seu orgulho e
arrogância, com um temerário senso de segurança, Belsazar"deu um grande
banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil". (Daniel 5:1). Todas as atrações que a riqueza e o poder podem proporcionar,
acrescentavam esplendor à cena. Belas mulheres com seus encantos estavam entre
os hóspedes em atendimento ao banquete real. Homens de talento e educação
estavam presentes. Príncipes e estadistas bebiam vinho como água, e se
depreciavam sob sua enlouquecedora influência.
A razão
destronada pela despudorada intoxicação, os mais baixos impulsos e paixões
agora em ascendência, o rei em pessoa tomou a dianteira na desbragada orgia. (Profetas e Reis).
No próprio
momento em que o festa se achava no apogeu, uma lívida mão apareceu, e traçou
na parede do salão de banquete a condenação do rei e de seu reino. "Mene,
Mene, Tequel, Ufarsim", foram as palavras escritas, e foram interpretadas
por Daniel como significando:"Pesado foste na balança, e foste achado em
falta. ... Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas." (Daniel 5:25-27). E diz-nos o registro: "Naquela mesma noite foi morto
Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, ocupou o reino." (Daniel 5:30 e
31).
Mal pensava
Belsazar que um Observador invisível contemplava sua orgia idólatra. Nada,
porém, há dito ou feito que não seja registrado nos Livros do Céu. Os
caracteres místicos traçados pela pálida mão testificam de que DEUS é
testemunha de tudo quanto fazemos, e que é desonrado pelos desregrados
banquetes. Nada podemos ocultar a DEUS. Não podemos escapar de nossa
responsabilidade para com Ele. Estejamos onde estivermos e façamos o que
fizermos, somos responsáveis para com Aquele a quem pertencemos pela Criação e
pela Redenção. (Manuscrito 50, 1893).
Terrível Resultado da Dissipação de Herodes
Em muitas coisas
havia Herodes reformado sua vida dissoluta. Mas o uso de comidas requintadas e
bebidas estimulantes estavam constantemente enervando e amortecendo as
faculdades morais e físicas, e combatendo contra os fervorosos apelos do
ESPÍRITO de DEUS, que haviam infundido convicção ao coração de Herodes,
despertando-lhe a consciência para afastar seus pecados. Herodias estava
familiarizada com os pontos fracos do caráter de Herodes. Sabia que, em
circunstâncias normais, enquanto sua inteligência o controlava, ela não podia
obter a morte de João. ...
Ocultou o melhor
possível o seu ódio, aguardando o aniversário de Herodes, que ela sabia, havia
de ser uma ocasião de glutonaria e intoxicação. O gosto de Herodes pelas
comidas requintadas e o vinho lhe ofereceriam oportunidade de pegá-lodesarmado. Ela o provocaria a condescender
com o apetite, o que despertaria a paixão e diminuiria o tono do caráter mental
e moral, tornando-lhe impossível, às sensibilidades amortecidas, ver claramente
os fatos e os indícios, e tomar retas decisões. Ela fez os mais dispendiosos
preparativos para a festa, e pecaminosa dissipação. Estava familiarizada com a
influência desses banquetes intemperantes sobre o intelecto e a moral. Sabia
que a condescendência de Herodes com o apetite, o prazer, os divertimentos lhe
despertariam as paixões inferiores, e o tornariam incapaz para as mais nobres
demandas do esforço e do dever.
A alegria contrária
à natureza que a intemperança dá à mente e ao humor diminui as sensibilidades
ao aperfeiçoamento moral, tornando impossível aos santos impulsos atuarem no
coração, e manterem o governo das paixões, quando a opinião pública e a moda as
sustêm. Festividades e divertimentos, danças e o livre uso do vinho, embotam os
sentidos, e removem o temor de DEUS. ...
Enquanto Herodes
e seus grandes se estavam banqueteando e bebendo no salão do prazer ou sala da
festa, Herodias, degradada pelo crime e a paixão, mandou sua filha, vestida da
maneira mais encantadora, à presença de Herodes e seus hóspedes reais. Salomé
estava ornada pelas mais custosas grinaldas e flores. Enfeitava-se com joias
cintilantes e vistosos braceletes. Com poucas vestes e menos modéstia, dançou
ela para divertimento dos hóspedes do rei. Aos seus sentidos pervertidos, o
encantador aparecimento dessa, para eles, visão de beleza e de graça,
encantou-os. Em vez de serem regidos pela razão esclarecida, pelo gosto
refinado ou consciência sensível, as qualidades inferiores da mente empunharam
as rédeas. A virtude e os princípios não tiveram nenhum poder controlador.
O falso encanto
da cena deslumbrante pareceu tirar a razão e a dignidade de Herodes e de seus
hóspedes, inflamados pelo vinho. A música e o vinho e a dança haviam afastado deles
o temor e a reverência de DEUS. Coisa alguma parecia Sagrada aos pervertidos
sentidos de Herodes. Estava desejoso de fazer uma ostentação que o exaltasse
ainda mais perante os grandes homens de seu reino. E prometeu precipitadamente,
e confirmou sua promessa com juramento, dar à filha de Herodias tudo quanto ela
pedisse. ...
De posse de tão
maravilhosa promessa, ela correu para sua mãe, querendo saber que devia pedir.
Pronta foi a resposta dessa mãe: A cabeça de João Batista em um prato. A
princípio Salomé ficou chocada. Não compreendia a oculta vingança no coração de
sua mãe. Recusou apresentar tão desumano pedido; mas a determinação daquela
ímpia mãe prevaleceu. Além disso, ela pediu à filha que não se detivesse, mas
se apressasse a apresentar sua petição antes que Herodes tivesse tempo de
refletir, e mudar de ideia. Em harmonia com isso, Salomé voltou a Herodes com
seu horrível pedido: "Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista. E o
rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele,
ordenou que se lhe desse."(Mateus 14:8 e 9).
Herodes ficou
pasmo e confundido. Cessou sua tumultuosa alegria, e os hóspedes estremeceram
de horror ante esse desumano pedido. As frivolidades e dissipações daquela
noite custaram a vida a um dos mais eminentes Profetas que já deram uma Mensagem de DEUS aos homens. O copo intoxicante preparou o caminho para esse
terrível crime. (Review and Herald, 11 de março de 1873).
Nem uma só voz Para Salvar a João
Por que não se
fez ouvir nem uma só voz naquele grupo para impedir Herodes de cumprir seu
estulto voto? Eles estavam intoxicados de vinho, e a seus sentidos obscurecidos
nada havia a ser reverenciado. Se bem que os hóspedes reais tivessem
virtualmente um convite para o desligar daquele voto, suas línguas pareciam
paralisadas. O próprio Herodes se achava sob a ilusão de que, a fim de salvar a
própria reputação, precisava manter um juramento feito sob a influência da
intoxicação. O princípio moral, única salvaguarda da alma, foi paralisado.
Herodes e seus hóspedes achavam-se escravos, presos à mais baixa servidão ao
apetite animal. ...
As faculdades
mentais estavam enfraquecidas pelo prazer dos sentidos, os quais lhes
perverteram as ideias de justiça e misericórdia. Satanás apoderou-se dessa
oportunidade, na pessoa de Herodias, para levá-los a precipitarem-se em suas
decisões que custaram a preciosa vida a um dos Profetas de DEUS. (Review and
Herald, 8 de abril de 1873).
Advertências
Divinas
O SENHOR não
pode tolerar muito tempo mais uma geração intemperante e perversa. Há muitas
advertências solenes nas ESCRITURAS contra o uso de bebidas intoxicantes. Nos
dias da antiguidade, quando Moisés estava repetindo o desejo de DEUS para com
Seu povo, foram proferidas contra os bebedores as seguintes palavras: "E
aconteça que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu coração,
dizendo: Terei paz, ainda que ande conforme ao bom parecer do meu coração; para
acrescentar à sede a bebedice. O Senhor não lhe quererá perdoar; mas então
fumegará a ira do Senhor e o Seu zelo sobre tal homem, e toda a maldição
escrita neste livro jazerá sobre ele; e o Senhor apagará o seu nome de debaixo
do céu."(Deuteronômio 29:19 e 20).
Diz Salomão:
"O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que
neles errar nunca será sábio."(Provérbios 20:1). "Para quem são os ais?
para quem os pesares? para quem as pelejas? para quem as queixas? para quem as
feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto
do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho,
quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo, e se escoa suavemente.
No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará."(Provérbios 23:29-32).
O uso do vinho
entre os israelitas foi uma das causas que deram em resultado seu cativeiro.
Disse-lhes o SENHOR por intermédio do Profeta Amós: "Ai dos que repousam
em Sião. ... Vós, que dilatais o dia mau, e vos chegais ao lugar de violência;
que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos leitos, e comeis
os cordeiros do rebanho, e os bezerros do meio da manada; que cantais ao som do
alaúde, e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi: que bebeis vinho
em taças e vos ungis com o mais excelente óleo: mas não vos afligis pela quebra
de José. Eis que agora ireis em cativeiro entre os primeiros que forem cativos,
e cessarão os festins dos regalados."(Amós 6:1 e 3-7).
"Ai de ti,
ó terra, cujo rei é criança, e cujos príncipes comem de manhã. Bem-aventurada
tu, ó terra, cujo rei é filho dos nobres, e cujos príncipes comem a tempo, para
refazerem as forças, e não para bebedice."(Eclesiastes 10:16 e 17). "Não é próprio
dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes
desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam do estatuto, e
pervertam o juízo de todos os aflitos." (Provérbios 31:4 e 5).
Estas palavras
de advertência e ordem são incisivas e positivas. Deem ouvidos os que ocupam
posições de confiança pública, para que, mediante a bebida forte, não esqueçam
a lei, e pervertam o juízo. Governadores e juízes devem estar sempre em
condições de cumprir a instrução do SENHOR: "A nenhuma viúva nem órfão
afligireis. Se de alguma maneira os afligirdes, e eles clamarem a Mim, Eu
certamente ouvirei o seu clamor, e a Minha ira se acenderá, e vos matarei à
espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos."(Êxodo 22:22 e 23).
O SENHOR DEUS do
Céu Reina. Ele unicamente está acima de toda autoridade, acima de todos os reis
e governadores. O SENHOR deu instruções especiais em Sua Palavra com referência
ao uso do vinho e da bebida forte. Proibiu seu uso, e reforçou Suas proibições
com fortes advertências e ameaças. Mas o proibir Ele o uso de bebidas
intoxicantes não é exercício de arbitrária autoridade. Procura restringir os
homens a fim de poderem escapar aos maus resultados da condescendência com o
vinho e a bebida forte. Degradação, crueldade, miséria e contenda seguem-se
como resultado natural da intemperança. DEUS indicou as consequências de seguir
essa má conduta. Isso fez Ele para que não haja perversão de Suas Leis, e para
que os homens sejam poupados à vasta miséria resultante da conduta de homens
malignos que, por amor do ganho, vendem intoxicantes enlouquecedores. (Drunkenness and Crime, págs. 4-6).