É DESSE JEITO!
O Sábado de Davi a Neemias
Quando deixamos os
Livros de Moisés, há uma longa interrupção na história do Sábado. Não se faz
nenhuma menção a ele nos Livros de Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel e 1 Reis. Ele só volta a ser mencionado quando chegamos ao Livro de 2 Reis. Contudo, no Livro de 1 Crônicas, cuja narrativa
é paralela à dos dois Livros de Samuel, o Sábado é mencionado com referência
aos acontecimentos da vida de Davi. Todavia, isso significa um intervalo de 500
anos nos quais a BÍBLIA fica em silêncio a respeito do Sábado.
Durante esse
período, lemos a história do povo hebreu, desde a entrada na terra prometida
até a coroação de Davi como seu rei, abrangendo vários detalhes da vida de
Josué, dos anciãos e juízes de Israel, de Gideão, Baraque, Jefté, Sansão, Eli,
Noemi e Rute, Ana e Samuel, Saul e Jônatas e Davi. Entretanto, mesmo em meio a
todo esse relato minucioso, não há menção direta ao Sábado.
Os antissabatistas,
no desejo de provar a total negligência do Sábado na era patriarcal, têm grande
apreço pelo argumento de que o Livro de Gênesis, embora apresente um relato
preciso da origem do Sábado no paraíso no fim da primeira semana do tempo, não
registra nada relativo a sua observância na vida dos patriarcas – vale
ressaltar que nesse Livro se encontram narrados os acontecimentos de 2.370
anos. O que, então, eles teriam a dizer sobre o fato de que Seis Livros
sucessivos da BÍBLIA, que abordam, com detalhes consideráveis, os
acontecimentos de 500 anos, envolvendo muitas circunstâncias que convidam a uma
alusão ao Sábado, não o mencionam nem sequer uma vez? Será que o silêncio de um
Livro, apesar de relatar com clareza a instituição do Sábado logo em seu início
e trazer em seu registro quase 2.400 anos, prova que não havia guardadores do Sábado
antes de Moisés? O que, então, seria provado pelo fato de Seis Livros seguidos da
BÍBLIA, restritos aos acontecimentos de 500 anos – um período correspondendo a
cerca de um quinto daquele coberto pelo Livro de Gênesis e com uma média de
menos de cem anos por Livro – guardarem total silêncio a respeito do Sábado?
Ninguém faz menção
a esse silêncio como evidência de que o Sábado foi totalmente negligenciado
durante esse período; mas por que não? Seria porque, quando a narrativa, após
tamanho silêncio, menciona o Sábado novamente, ela o faz de maneira casual, e
não como uma nova instituição? Foi justamente esse o caso da segunda menção ao
Sábado no registro mosaico, isto é, sua referência após o silêncio de Gênesis.
Seria porque o Quarto Mandamento havia sido concedido aos hebreus, ao passo que
nenhum preceito do tipo fora dado anteriormente à humanidade? Não se pode
admitir tal resposta, pois vimos que a essência do Quarto Mandamento foi
entregue ao cabeça da família humana; também é certo que, ao partirem do Egito,
os hebreus já tinham a obrigação de guardar o Sábado em consequência de uma lei
pré-existente. Logo, o argumento de que não houve guardadores do Sábado de
Moisés a Davi seria mais conclusivo do que dizer que não houve nenhum desde
Adão até Moisés; contudo, ninguém tenta defender a primeira posição, ao passo
que há muitos que tentam defender a segunda.
1. O que eles fizeram, nessa situação, foi por ordem direta
de DEUS;
2. O que o Quarto Mandamento proíbe é nossa própria obra:
“Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do
Senhor, teu Deus”. Aquele que reservou o dia para Si tinha o direito de Se
apropriar dele para realizar Seu serviço da maneira que achasse melhor;
3. O ato de dar a volta na cidade foi uma procissão
estritamente religiosa. A Arca da Aliança do SENHOR foi carregada diante do
povo; e, perante a Arca, marcharam sete sacerdotes tocando trombetas de chifre
de carneiro;
4. A cidade não poderia ser muito grande; do contrário,
rodeá-la sete vezes no último dia, e ainda sobrar tempo para sua destruição
completa, teria sido impossível;
5. Tampouco se pode acreditar que os hebreus, carregando a Arca
à frente deles por ordem de DEUS, a qual continha nada mais nada menos do que
os Dez Mandamentos do Altíssimo, estariam violando o Quarto Mandamento, que
diz: “Lembra-te do Dia de Sábado, para o Santificar”. Com certeza, um dos sete
dias nos quais o povo deu a volta em Jericó era o Sábado; mas não é necessário
supor que foi justamente o dia em que a cidade foi tomada. Nem se trata de uma
conjectura razoável quando todos os
fatos do caso são levados em consideração. Acerca desse episódio, o Dr. Clarke
faz a seguinte observação: “Não parece
que poderia haver alguma transgressão do Sábado pelo simples fato de o povo
rodear a cidade, junto com a arca e os sacerdotes tocando as sagradas
trombetas. Isso nada mais era do que uma procissão religiosa, realizada por
ordem Divina, na qual nenhum trabalho servil foi feito.”
Sob a palavra de
Josué, aprouve a DEUS deter a rotação da Terra e fazer o Sol ficar parado por
um tempo, a fim de que os cananeus fossem derrotados diante de Israel. Esse
grande milagre não teria atrapalhado o Sábado? De maneira nenhuma! Pois o
aumento de um dos seis dias por intervenção Divina não impediria a chegada do
sétimo, nem poderia destruir sua identidade, muito embora o adiasse. O caso
representa uma dificuldade para aqueles que defendem a teoria de que DEUS santificou
a sétima parte do tempo, e não o Sétimo Dia; nesse caso, o Sábado não teria
ficado com a totalidade da sétima parte do tempo. Contudo, não há dificuldade
nenhuma para aqueles que creem que DEUS separou o sétimo dia para ser guardado
quando chegasse, em memória de Seu próprio descanso. Um dos seis dias recebeu
porção de tempo maior do que até então e desde então; contudo, isso não
conflita nem um pouco com o Sétimo Dia, que chegou do mesmo jeito. Além disso,
todas essas coisas aconteceram enquanto homens inspirados estavam em ação; e
consistiram em direta providência Divina. Também se deve lembrar, de modo
especial, que tudo isso ocorreu numa época em que ninguém nega que o Quarto Mandamento
estava em pleno vigor.
1. Não havia pão comum com o sacerdote. Isso não é de se
estranhar, visto que os pães da proposição deviam ser retirados da presença do
SENHOR a cada Sábado e consumidos pelos sacerdotes;
2. O sacerdote não se ofereceu para fazer outro pão, o que
não é de se estranhar se aceitarmos o fato de que se tratava do dia de Sábado;
3. A surpresa do sacerdote ao encontrar Davi pode se dever,
em parte, ao fato de ser Sábado;
4. Isso também pode explicar a detenção de Doegue, naquele
dia, perante o SENHOR;
5. Quando nosso SENHOR foi intimado a Se pronunciar acerca
da conduta de Seus discípulos, que haviam colhido e comido espigas no Sábado
para saciar a fome, Ele citou esse caso de Davi, bem como o dos sacerdotes que
ofereciam sacrifícios no templo, no Sábado, para justificar Seus discípulos.
Sua citação adquire propriedade e adequação extraordinárias se compreendermos
que o ato de Davi ocorreu no Sábado. Nessa perspectiva, a questão assume uma
luz bem diferente daquela proposta pelos antissabatistas.
É importante chamar
a atenção para uma distinção que nunca se deve perder de vista. A apresentação
do pão da proposição e a oferta de holocaustos no dia de Sábado, conforme
ordenadas pela lei cerimonial, não faziam parte da instituição sabática original.
Afinal de contas, o Sábado foi criado antes da queda do ser humano, ao passo
que os holocaustos e ritos cerimoniais do santuário foram introduzidos em
consequência da queda. Enquanto tais ritos foram obrigatórios, eles
necessariamente ligaram o Sábado, até certo ponto, às festividades judaicas, em
que sacrifícios semelhantes eram realizados. Esta ligação só é vista nos Textos
Bíblicos que relatam a provisão feita para tais ofertas. Quando a lei
cerimonial foi cravada na cruz, todas as festas judaicas deixaram de existir,
pois a realização delas era ordenada por essa lei. Mas a anulação dessa lei só
poderia eliminar os ritos que essa mesma lei havia anexado ao Sábado, deixando
a instituição sabática original exatamente da forma como fora estabelecida, no
princípio, por seu Autor.
A primeira referência ao Sábado, depois dos dias de Moisés, se encontra nas prescrições de Davi e Samuel acerca do ofício dos sacerdotes e levitas na casa de DEUS. As ESCRITURAS dizem o seguinte: “Outros dos seus irmãos, dos filhos dos coatitas, tinham o encargo de preparar os pães da proposição para todos os Sábados.”
Pode-se observar
que essa é uma menção apenas casual ao Sábado. Tal alusão, depois de um
silêncio tão longo, é prova decisiva de que o Sábado não fora esquecido, nem se
perdera ao longo dos cinco séculos nos quais ele não é mencionado pelos
historiadores sacros. Depois disso, nenhuma menção direta ao Sábado é
encontrada desde os dias de Davi até os do Profeta Eliseu – um intervalo de
cerca de 150 anos. Talvez o salmo 92 seja uma exceção a essa afirmativa, uma
vez que seu título, tanto em hebraico quanto em português, declara que o mesmo
foi escrito para o dia de Sábado; e não é improvável que ele tenha sido
composto por Davi, o mavioso cantor de Israel.
Quando o filho da
mulher sunamita morreu, ela procurou o Profeta Eliseu. Seu esposo, sem saber
que o menino estava morto, lhe disse: “Por que vais a ele hoje? Não é dia de
Festa da Lua Nova nem Sábado. Ela disse: Não faz mal.”.
É provável que a
menção aqui seja ao Sábado do SENHOR, pois o termo é usado três vezes em um
contexto parecido. Se isso estiver correto, ela mostra que os hebreus tinham o
costume de visitar os Profetas de DEUS nesse dia, para receber instruções Divinas
– uma prática que nos ajuda a compreender a natureza das palavras relativas a
colher o maná: “ninguém saia do seu lugar no Sétimo Dia”. Uma alusão casual ao
Sábado é feita no relato da coroação de Joás ao trono de Judá, por volta de 778 a.C. No reinado de Uzias,
neto de Joás, o Profeta Amós usa a seguinte linguagem em 787 a.C.: “Ouvi isto,
vós que tendes gana contra o necessitado e destruís os miseráveis da terra,
dizendo: Quando passará a Festa da Lua Nova, para vendermos os cereais? E o Sábado,
para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e
procedendo dolosamente com balanças enganadoras, para comprarmos os pobres por
dinheiro e os necessitados por um par de sandálias e vendermos o refugo do
trigo?.”
Essas palavras
foram proferidas diretamente às dez tribos, revelando o triste estado de
apostasia que logo resultou em sua destruição como povo. Cerca de 50 anos
depois, no fim do reinado de Acaz, encontramos outra alusão ao Sábado. Nos dias
de Ezequias, em torno de 712 a.C., o Profeta Isaías usa as seguintes palavras
para mostrar a obrigatoriedade do Sábado:
“Assim Diz o SENHOR”
Mantende o juízo e fazei justiça, porque a Minha Salvação está prestes a vir, e a Minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao Senhor, dizendo: O Senhor, com efeito, me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor: Aos eunucos que guardam os Meus sábados, escolhem aquilo que Me agrada e abraçam a Minha aliança, darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para O servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos Seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte e os alegrarei na Minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar, porque a Minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos. Assim diz o Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos.
Essa Profecia apresenta
várias características interessantes:
1. Ela se refere a um tempo em que a Salvação de DEUS está
próxima;
2. Ela mostra, de maneira muito clara, que o Sábado não é
uma instituição judaica, pois pronuncia uma Bênção sobre todo homem que guardar
o Sábado, a despeito de sua nacionalidade; e então especifica o estrangeiro,
isto é, o gentio, e faz uma Promessa Especial para ele, caso ele guarde o Sábado;
3. Essa Profecia se aplica a Israel quando estava no exílio,
ou seja, durante a dispersão, pois promete reunir tanto eles quanto outros,
isto é, os gentios, com eles. É claro que a condição para que eles sejam reunidos
no santo monte de DEUS deve ser cumprida, a saber, amar o nome do SENHOR, ser
servos Seus e deixar de profanar o Sábado;
4. Conclui-se, portanto, que o Sábado não é uma instituição
local, passível de ser observada apenas na terra prometida, como o eram os
sábados anuais, mas que ele foi feito para a humanidade, podendo ser guardado
pelos exilados de Israel enquanto estes estivessem espalhados por todas as
terras debaixo do céu.
Mais uma vez,
Isaías fala do Sábado, e o faz usando uma linguagem que o distingue, com muita
ênfase, de todas as instituições cerimoniais. Ele diz: “Se desviares o pé de
profanar o Sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu Santo Dia; se
chamares ao Sábado deleitoso e Santo Dia do SENHOR, digno de honra, e o
honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar
sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque
a boca do SENHOR o disse.”
A linguagem
empregada aqui constitui um comentário evangélico do Quarto Mandamento. Ela
acrescenta ao Mandamento do Sábado uma promessa grandiosa e preciosa, que se
apropria daquela terra prometida a Jacó, a saber, a Nova Terra.
Essa graciosa
oferta do Altíssimo ao povo rebelde não foi levada em conta, pois oito anos depois
Ezequiel diz o seguinte: “No meio de ti, desprezam o pai e a mãe, praticam
extorsões contra o estrangeiro e são injustos para com o órfão e a viúva.
Desprezaste as Minhas coisas santas e profanaste os Meus Sábados. [...] Os seus
sacerdotes transgridem a Minha Lei e profanam as Minhas coisas santas; entre o
santo e o profano, não fazem diferença, nem discernem o imundo do limpo e dos
Meus Sábados escondem os olhos; e, assim, Sou profanado no meio deles. [...]
Ainda isto Me fizeram: no mesmo dia contaminaram o Meu Santuário e profanaram
os Meus Sábados. Pois, havendo sacrificado seus filhos aos ídolos, vieram, no
mesmo dia, ao Meu Santuário para o profanarem; e assim o fizeram no meio da
Minha casa.”
A idolatria e a
transgressão do Sábado, pecados constantes entre os hebreus no deserto e que
lançaram as bases para sua dispersão da própria terra, permaneceram, desde
então, no meio deles. E, agora que sua destruição pelo poder avassalador do rei
de Babilônia era iminente, eles se encontravam tão profundamente envolvidos com
esses pecados e outros semelhantes que não deram ouvidos à voz de advertência.
Antes de entrarem no Santuário de DEUS no Dia de Sábado, eles primeiro matavam
os próprios filhos em sacrifícios a ídolos! Assim, a iniquidade chegou ao seu
auge e a ira caiu sobre eles com toda intensidade.
“Eles, porém,
zombavam dos Mensageiros, desprezavam as Palavras de DEUS e mofavam dos Seus Profetas,
até que subiu a ira do SENHOR contra o Seu povo, e não houve remédio algum. Por
isso, o SENHOR fez subir contra ele o rei dos caldeus, o qual matou os seus
jovens à espada, na casa do seu santuário; e não teve piedade nem dos jovens
nem das donzelas, nem dos velhos nem dos mais avançados em idade; a todos os
deu nas suas mãos. Todos os utensílios da Casa de DEUS, grandes e pequenos, os
tesouros da Casa do SENHOR e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo
levou ele para a Babilônia. Queimaram a Casa de DEUS e derribaram os muros de
Jerusalém; todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus
preciosos objetos. Os que escaparam da espada, a esses levou ele para a
Babilônia, onde se tornaram seus servos e de seus filhos, até ao tempo do reino
da Pérsia.”
Quando os hebreus
estavam no cativeiro na Babilônia, DEUS propôs restaurá-los à própria terra e
novamente lhes dar uma cidade e um templo, em circunstâncias de glória
maravilhosa. Uma vez que a condição da proposta foi desconsiderada, a glória oferecida nunca foi herdada. Na oferta,
havia várias alusões ao Sábado do SENHOR e também às festas dos hebreus. Uma
delas é digna de nota especial, pela clareza com que distingue o Sábado dos
outros dias da semana:
“Assim diz o SENHOR DEUS”
A porta do átrio interior, que olha para o
oriente, estará fechada durante os seis dias que são de trabalho; mas no Sábado
ela se abrirá e também no dia da Festa da Lua Nova.
Seis dias da semana
são chamados, por inspiração Divina, de dias “de trabalho”; o Sétimo é chamado
de Sábado do SENHOR. Quem ousaria confundir uma distinção tão evidente?
Depois que os
judeus voltaram do cativeiro na Babilônia e seu templo e sua cidade foram
restaurados, eles reuniram todo o povo em assembleia solene e narraram em um
discurso ao Altíssimo todos os grandes eventos da providência Divina em sua
história passada. O testemunho que eles deram a respeito do Sábado é este: “Desceste
sobre o monte Sinai, do céu falaste com eles e lhes deste juízos retos, leis
verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. O Teu Santo Sábado lhes fizeste
conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, Teu servo, lhes
mandaste.”
Desse modo, todo o
povo foi lembrado dos grandes acontecimentos do monte Sinai: a entrega dos Dez
Mandamentos da lei de Deus e o conhecimento de Seu Santo Sábado. A congregação
inteira ficou tão impressionada com as consequências de sua desobediência, no
passado, que entrou em solene aliança de obediência a DEUS. E assim
comprometeram-se uns com os outros: “De
que, trazendo os povos da terra no Dia de Sábado qualquer mercadoria e qualquer
cereal para venderem, nada comprariam deles no Sábado, nem no dia santificado;
e de que, no ano sétimo, abririam mão da colheita e de toda e qualquer cobrança.”
Durante a ausência
de Neemias, no período em que ele voltou para a corte persa, tal aliança foi,
pelo menos parcialmente, esquecida. Onze anos se passaram e Neemias deu o
seguinte testemunho acerca do estado das coisas, por ocasião de seu retorno,
por volta de 434 a.C.: “Naqueles dias, vi em Judá os que pisavam lagares ao Sábado
e traziam trigo que carregavam sobre jumentos; como também vinho, uvas e figos
e toda sorte de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de Sábado; e protestei
contra eles por venderem mantimentos neste dia. Também habitavam em Jerusalém
tírios que traziam peixes e toda sorte de mercadorias, que no Sábado vendiam
aos filhos de Judá e em Jerusalém. Contendi com os nobres de Judá e lhes disse:
Que mal é este que fazeis, profanando o dia de Sábado? Acaso, não fizeram
vossos pais assim, e não trouxe o nosso DEUS todo este mal sobre nós e sobre
esta cidade? E vós ainda trazeis ira maior sobre Israel, profanando o Sábado.
Dando já sombra as portas de Jerusalém antes do Sábado, ordenei que se fechassem; e determinei que não se
abrissem, senão após o Sábado; às portas coloquei alguns dos meus moços, para
que nenhuma carga entrasse no Dia de Sábado. Então, os negociantes e os
vendedores de toda sorte de mercadorias pernoitaram fora de Jerusalém, uma ou
duas vezes. Protestei, pois, contra eles e lhes disse: Por que passais a noite
defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, lançarei mão sobre vós. Daí em diante
não tornaram a vir no Sábado. Também mandei aos levitas que se purificassem e viessem
guardar as portas, para Santificar o Dia de Sábado. Também nisto, DEUS meu,
lembra-Te de mim; e perdoa-me segundo a abundância da Tua misericórdia.”
Esse Texto Bíblico é um Testemunho explícito de que a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico foram consequências da profanação do Sábado. Trata-se de uma confirmação notável das Palavras de Jeremias, já mencionadas, nas quais o Profeta revelou aos judeus que, se eles santificassem o Sábado, sua cidade permaneceria para sempre; mas, se persistissem na transgressão desse dia, ela seria completamente destruída. Neemias dá testemunho do cumprimento da Profecia de Jeremias acerca da violação do Sábado; e a história do Sábado no Antigo Testamento termina com seu solene apelo em prol desse Dia. .
continua...
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"Assim Diz o SENHOR"


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