TEOLOGIA - "O Caráter Divinamente Inspirado da ESCRITURA Parte 2/2" (Estudo 013/ 2ª Temporada)

 

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                                “Assim Diz o SENHOR”

   “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de DEUS”      

                           (Mateus 4: 4/PALAVRA de DEUS)

 

        O Caráter Divinamente Inspirado da ESCRITURA (Parte 2/2)

   Os Quatros Evangelhos revelam que JESUS apelava constantemente para as Escrituras do AT (Antigo Testamento) como investidas de autoridade máxima. Por trás desses apelos estava a convicção fundamental de que as Escrituras tinham origem Divina. Quando tentado pelo diabo a aliviar Sua fome, JESUS resistiu citando Deuteronômio 8: 3: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de DEUS” (Mateus 4: 4). Por três vezes Ele refutou as tentações de satanás com a réplica “Está Escrito”, dando a entender claramente que toda Escritura procede de DEUS.

   Em outra ocasião, JESUS introduziu a citação do Salmo 110: 1 com as palavras: “O próprio Davi falou, pelo ESPÍRITO SANTO” (Marcos 12: 36). O MESTRE também citou as palavras de Gênesis 2: 24 como se proferidas pelo próprio DEUS, apesar de, no original parecerem um comentário interpolado por Moisés (Mateus 19: 4, 5). Toda vez que JESUS iniciava citações do AT com expressões tais como “Está Escrito” (Mateus 21: 13), “Nunca Lestes” (v. 16) ou “Importa que se cumpra em MIM o que Está Escrito” (Lucas 22: 37), atribuía Inspiração e Autoridade Divina às ESCRITURAS.

   Num confronto com os escribas e fariseus, nosso SENHOR fez uma nítida distinção entre a tradição humana e “a PALAVRA de DEUS” (Mateus 15: 6), uma locução usada por JESUS para Se referir ao AT (ver João 10: 35; 17: 17). Ao se referir àquilo que pregava como a PALAVRA de DEUS (Lucas 8: 21; 11:28), agiu assim cônscio de que proferia as Palavras que o PAI Lhe havia dado (João 14: 24; 17: 8). Também estava consciente de que o ESPÍRITO SANTO traria essas Palavras à memória dos Discípulos quando proclamassem as mesmas Palavras oralmente ou por escrito (João 14: 25, 26; 16: 13-15).  

   Os Apóstolos aceitavam o AT como Divinamente Inspirados. Atribuíam ao ESPÍRITO SANTO as Palavras escritas pelos Profetas e Salmistas. Falando a seus ouvintes reunidos no cenáculo. Pedro introduziu Salmo 69: 25 e 109: 8 dizendo: “Convinha que se cumprisse a Escritura que o ESPÍRITO SANTO proferiu anteriormente por boca de Davi” (Atos 1: 16, 20). É possível encontrar em diversos lugares de Atos e das epístolas declarações similares que identificam o ESPÍRITO SANTO como a fonte das Palavras do AT (Atos 4: 25; 28: 25; Hebreus 3: 7; 10: 15). Era DEUS quem falava pela boca de Seus servos escolhidos (Atos 3: 18, 21; Romanos 1: 2; Hebreus 1: 1; Apocalipse 10: 7).

   Pedro resume essa convicção de que os Escritos Proféticos tiveram origem em DEUS com estas Palavras: “Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de DEUS, movidos pelo ESPÍRITO SANTO" (2 Pedro l:21). Paulo, fazendo evidente referência às `Sagradas Letras' com as quais Timóteo estava familiarizado desde a meninice, declarou: "Toda a Escritura é inspirada DEUS' (2 Timóteo 3:16). Para o SENHOR JESUS e para os apóstolos, toda a Escritura (naqueles dias, uma referência ao AT) originou-se com DEUS, e era realmente Inspirada por DEUS.

   O NT sugere que os Escritos Apostólicos foram aceitos como parte das Escrituras Sagradas, juntamente com o AT. Como era previsível, tais indicações se encontram principalmente nos livros do NT que foram escritos por último (Lucas 10:7; cf. 1Timóteo5:18). Em 1Timóteo 5:18, Paulo justapõe uma declaração de JESUS "O trabalhador é digno do seu salário" (Lucas 10:7) - com uma citação do AT (Deuteronômio 25:4) e introduz ambas as citações com a locução "Pois a Escritura Declara". A frase introdutória sugere que o Apóstolo estava familiarizado com o Evangelho de Lucas e o reconhecia como Escritura. De igual modo, Pedro parece reconhecer as cartas de Paulo como Escritura, "segundo a sabedoria que lhe foi dada" (2 Pedro 3:15, 16).

   Paulo, Pedro e João empregam expressões reveladoras da consciência que tinham de serem movidos, como os Profetas do passado, pelo ESPÍRITO SANTO (Efésios 3:4, 5; 1Pedro 1:12; Apocalipse 1:10, 11). Estavam cientes de falarem e escreverem com Autoridade Divina.

   A Declaração de 2 Timóteo 3:16, de que toda Escritura é Divinamente Inspirada, não deve ser aplicada somente aos livros do AT, mas também aos do NT. O fato de terem os escritos neotestamentários sido reconhecidos como Escritura Inspirada por autores cristãos já no 2° século fornece justificativa adicional para tal aplicação.

                             











TEOLOGIA - A Forma Humana da ESCRITURA (Estudo 011/ 2ª Temporada)


TEOLOGIA - "O Caráter Divinamente Inspirado da

ESCRITURA Parte ½" (Estudo 012/ 2ª Temporada)

                                 


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TEOLOGIA - "O Crescimento da IGREJA" (Estudo 009/1ª Temporada)

                                  


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TEOLOGIA - "O Caráter Divinamente Inspirado da ESCRITURA Parte ½" (Estudo 012/ 2ª Temporada)

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                              “Assim Diz o SENHOR”

   Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça...

                         (2 Timóteo 3:16/PALAVRA de DEUS)

       

           O Caráter Divinamente Inspirado da ESCRITURA (Parte ½)

   Tão evidente quanto a ideia do caráter humano da ESCRITURA é a convicção de seus autores humanos de que aquilo que escreveram procedia de DEUS. Nas palavras de 2 Timóteo 3: 16, esses escritos foram inspirados por DEUS. Tais autores expressam essa convicção de muitas formas diferentes.

   São inúmeros os lugares nas ESCRITURAS onde se encontram frases isoladas, parágrafos e até mesmo capítulos inteiros cujo teor é atribuído diretamente a DEUS. Já em seu primeiro capítulo, a BÍBLIA apresenta o SENHOR como um DEUS que se comunica. Os diferentes atos criativos são introduzidos e iniciados pela expressão: “Disse DEUS” (Gênesis 1:3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). Tão logo criou os primeiros seres humanos, DEUS falou com eles (v. 28, 29). Por todo o Gênesis encontramos DEUS falando com seres humanos, em geral com aqueles criam Nele, mas, às vezes, também com quem não O reconhecia (Gênesis 4: 6-16). Desde Êxodo 3: 4, onde DEUS chama Moisés, até o fim do Pentateuco, encontramos sempre a recorrente frase: “Então disse o SENHOR a Moisés”, ou palavras com o mesmo sentido (Êxodo 20: 22; 25: 1; 34: 1, 6; Levítico 1: 1; Números 1: 1; Deuteronômio 32: 48).

   Moisés predisse que o SENHOR Se comunicaria em tempos futuros com Seu povo escolhido por meio de Profetas (Deuteronômio 13: 1-5; 18: 15-19). Em cumprimento dessas promessas, como a do verso 18, surgiram muitos profetas através dos séculos. Eles falaram e escreveram as palavras que DEUS lhes pôs na boca, no coração e na mente. Ezequiel recebeu esta ordem: “Filho do homem, mete no coração todas as Minhas Palavras que te hei de falar e ouve-as com os teus ouvidos. Eia, pois, vai a [...] teu povo, e, quer ouçam quer deixem de ouvir, fala com eles, e dize-lhes: Assim Diz o SENHOR DEUS” (Ezequiel 3: 10, 11). A Jeremias Declarou o SENHOR: “Antes que EU te formasse no ventre materno, EU te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí Profeta às nações” (Jeremias 1:5). “Eis que ponho na tua boca as Minhas Palavras” (v. 9). Existe muita razão para assumir que essas ordens se aplicam a todos os Profetas escolhidos por DEUS. Eles falaram e escreveram a PALAVRA do SENHOR.

   A Palavra falada se converteu em Palavra escrita por impulso e ordem Divina. Há nos livros de Moisés e dos Profetas suficiente evidência de que DEUS os chamou para falar e escrever as Palavras que lhes confiou (Êxodo 17: 14; Deuteronômio 31: 19, 24; Jeremias 36:2; Habacuque 2: 2). Através da Palavra escrita, DEUS falaria às gerações posteriores, muito tempo depois de seus autores humanos haverem desaparecido (Deuteronômio 29: 29; Isaías 30: 8). O Livro da Lei de Moisés devia ser estudado, crido e obedecido pelas sucessivas gerações de israelitas, pois era a Lei do SENHOR. A prosperidade de Israel e seu relacionamento com DEUS como povo da Aliança dependiam da aceitação completa de Sua Lei. Quando rejeitaram a Lei, eles rejeitaram, na Verdade, o SENHOR, e os resultados foram desastrosos (Josué 1: 7, 8; 8: 34, 35; 1 Reis 2: 1-3; Isaías 5: 24, 25; Daniel 9: 11-13).

   Livros escritos por Profetas, homens sábios e salmistas foram acrescentados à Lei de Moisés nos séculos subsequentes. Encontramos em alguns deles declarações de autores humanos apontando para DEUS como a fonte do que escreveram. Acerca do jovem Profeta Samuel, está escrito: “Crescia Samuel, e o SENHOR era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra”. “Continuou o SENHOR a aparecer em Siló, enquanto por Sua Palavra o SENHOR Se manifestava ali a Samuel. Veio a palavra de Samuel a todo o Israel” (1 Samuel 3: 19, 21; 4: 1). Davi testificou de si mesmo: “O ESPÍRITO do SENHOR fala por meu intermédio, e a Sua Palavra está na minha língua” (2 Samuel 23: 2). Salomão, o “pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém” (Eclesiastes 1: 1), “ensinou ao povo o conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, compôs muitos provérbios” (Eclesiastes 12: 9). Essa é a faceta humana dos escritos salomônicos. Contudo, ele mesmo se apressa em acrescentar que “as palavras dos sábios” foram “dadas pelo único Pastor” (v.11), o SENHOR DEUS de Israel.

   Embora escritos por autores humanos, Lei, História, Profecia, Salmos e Provérbios foram todos atribuídos a DEUS. Foi Ele quem chamou seres humanos para serem Seus Mensageiros; foi Ele quem Se revelou a eles e os instruiu por meio de Seu ESPÍRITO, dotando-os de sabedoria, guiando-os em sua pesquisa e impulsionando-os a falar e a escrever. É Verdade que o ato de atribuir a DEUS a autoria dos escritos do AT (Antigo Testamento) é mais destacado em algumas partes do que em outras, sendo principalmente limitado nos Livros Históricos. Não obstante, o NT (Novo Testamento) deixa explícito que todo o AT era de Origem Divina.

                                                                                                                     (Continua...)












TEOLOGIA - A Forma Humana da ESCRITURA (Estudo 011/ 2ª Temporada)

                                   


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