Especial - "As Mensagens dos Três Anjos"

                                        É DESSE JEITO!                      

         

                   INTRODUÇÃO HISTÓRICA E TEOLÓGICA 

    As Mensagens dos Três Anjos que se encontram em Apocalipse 14 são centrais nos ensinos e conselhos de Ellen G. White. Para ela, não são teorias especulativas. Ela viveu-as. A sua vida estava “entrelaçada” com elas. Ela experimentou cada mensagem historicamente, quando ela e os seus companheiros Adventistas passaram da expectativa ao desapontamento e, depois, à descoberta mais profunda. 

   As declarações reunidas nesta compilação apoiam-se no quadro das palavras das ESCRITURAS - especificamente Apocalipse 14:6-16 e 18:1-5. O Livro de Apocalipse é de grande importância para aqueles que vivem nos últimos dias da história humana. Ele revela o grande conflito cósmico-histórico entre CRISTO e Satanás desde o seu começo, nas esferas celestiais, o seu desenvolvimento ao longo da história humana (Apocalipse 12) e o triunfo final de CRISTO e dos Seus seguidores. Ellen G. White refere-se a este livro crucial como sendo o lugar onde as Profecias de Daniel são “descerradas” e onde “todos os Livros da BÍBLIA se encontram e se cumprem” Ela enfatizou que “as solenes Mensagens que foram dadas, na sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de DEUS”

   Dentro do Livro de Apocalipse, as Mensagens dos Três Anjos de Apocalipse 14:6-12 proclamam os últimos avisos a um mundo impenitente em preparação para a Gloriosa Segunda Vinda de CRISTO (versículos 14-20). A Primeira Mensagem Proclama o Evangelho Eterno de DEUS no contexto da hora do Seu Juízo, chamando o povo a “adorar aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas” (versículo 7). A Segunda Mensagem anuncia a queda de todos os falsos sistemas e ideologias religiosos (versículo 8). E a Terceira Mensagem descreve a polarização final da Humanidade entre “os que Guardam os Mandamentos de DEUS e a fé de JESUS” e aqueles que seguem os ensinos da besta e da sua imagem (versículo 12)

   Eventos importantes do século XVIII - especialmente o terremoto de Lisboa, de 1755, e o aprisionamento do Papa Pio VI, em 1798 -, geraram um interesse renovado na Profecia Bíblica, com ênfase nos livros de Daniel e Apocalipse. Diversos expositores Protestantes contemporâneos associaram os Três Anjos de Apocalipse 14 com Martinho Lutero, João Calvino e a Igreja de Inglaterra. No entanto, em 1813, o expositor escocês da Profecia Bíblica William Cuninghame (c. 1775-1849) reconheceu que esses Reformadores “nem sequer pregaram em toda a Europa cristã” e, assim, não cumpriram o âmbito mundial da Mensagem do Primeiro Anjo. Embora acreditasse que o Primeiro Anjo tinha começado a sua missão através das recém-estabelecidas Sociedades Bíblicas, via as Mensagens do Segundo e do Terceiro Anjos como estando ainda no futuro.

   Numa altura em que o mundo se debatia com a falta de liberdade religiosa, a América do Norte proporcionou um porto seguro para o cumprimento e para a proclamação escatológicos das Mensagens dos Três Anjos. Guilherme Miller (1782-1849) e outros crentes na vinda de JESUS em breve, antes de 1844, viram a Mensagem do Primeiro Anjo como aplicando-se à proclamação mundial do Evangelho, a começar em 1798, no fim dos 1260 dias/anos (Apocalipse11:3; 12:6; 13:5). A Mensagem do Segundo Anjo e a queda de Babilónia eram aplicadas ao Papado. O Terceiro Anjo, escreveu Miller, era “o mesmo que ‘o clamor da meia-noite, dando ao mundo a devida notícia da proximidade do Dia do Juízo”, em 1843 ou 1844. 

   No verão de 1843, surgiu uma divisão de compreensão entre os Milleritas, quando Charles Fitch (1805-1844) apresentou o seu sermão, intitulado “Sai dela, povo meu” Fitch aplicava tanto a Mensagem do Segundo Anjo de Apocalipse 14:8 como do Anjo que “clamou fortemente” de Apocalipse 18 não só ao Papado, mas também às Igrejas Protestantes que tinham rejeitado a Volta de JESUS em breve. Durante este período, muitos Milleritas foram expulsos das suas igrejas Protestantes ou deixaram-nas. Miller e alguns dos que lhe estavam associados opuseram-se fortemente à ideia de Fitch de incluir quaisquer Igrejas Protestantes como parte de Babilónia.

   Durante os primeiros anos depois do desapontamento de 22 de outubro de 1844, os Adventistas guardadores do Sábado, que, mais  tarde, se tornaram nos Adventistas do Sétimo Dia, mantiveram a perspectiva millerita com a posição de Fitch de que os dois primeiros Anjos de Apocalipse 14 se aplicavam à proclamação do Segundo Advento, levando a 1844, mas que parte, ou a totalidade, do Terceiro Anjo se aplicava ao período posterior a 1844, com a proclamação do Sábado nos “Mandamentos de DEUS” e da “fé ou testemunho de JESUS”.     

              

   The Seventh-day Sabbath, a Perpetuai Sign, de Joseph Bates (1847), foi o primeiro a relacionar o ministério de JESUS no Santuário Celestial, no Lugar Santíssimo, com o Sábado, baseado em Apocalipse 11:19 e 14:12, dando ao Sábado importância escatológica. A visão do “Halo do Sábado”, confirmadora e enriquecedora, confirmou esta compreensão e acrescentou uma ênfase missionária evangelística ao Sábado. Ela escreveu: “ao sairmos para proclamar o Sábado mais amplamente”.   

   A relação do Terceiro Anjo e da marca da besta com os Estados Unidos da América, representada na imagem da besta semelhante a um cordeiro (Apocalipse 13:11-18), foi mencionada pela primeira vez, em material impresso, por G. W. Holt, em 1850. Fazendo alusão a uma imagem Protestante da besta papal, ele escreveu: “Ela [a besta semelhante a um cordeiro] assume o caráter de um cordeiro (protestante e republicana), mas tem um coração de dragão”. Em 1851, J. N. Andrews apresentou uma exposição mais completa sobre o futuro papel dos Estados Unidos da América como a besta semelhante a um cordeiro que produz a união da Igreja e do Estado, ao impor a observância do domingo.   

   Estes desenvolvimentos prepararam o caminho para um avanço dramático na compreensão. Durante 1857 e 1858, os Adventistas guardadores do Sábado conseguiram ver as Três Mensagens de Apocalipse 14:6-12 e a do Anjo de Apocalipse 18 como sendo proclamadas desde 1844. Elon Everts cunhou a frase juízo investigativo numa carta em que se referia à Mensagem do Primeiro Anjo: 

   “A pergunta que faço a mim mesmo é: Onde estamos? Respondo: Mais de doze anos depois da proclamação ‘vinda é a hora do Seu Juízo’ Apocalipse 14:6 e 7. Estamos há esse mesmo tempo na Purificação do Santuário. Daniel 8:14. ... 

... “Parece que a ordem é que os justos mortos têm estado sob juízo investigativo desde 1844”.

   Tiago White escreveu um artigo alargado a concordar com a ideia de Evert. “Pensamos que é clara a evidência de que, desde essa altura [1844], tem estado a decorrer o julgamento daqueles que morreram na Graça de DEUS.” Tiago White apresentou uma descrição tocante daqueles que morreram na fé: “JESUS sorri; e, inclinando-se no regaço do seu SALVADOR, o santo expira ali suavemente a sua vida. O seu tempo de graça terminou, e o seu caso fica parado até que a sua vida seja aberta, e o seu caso passe em revista no julgamento”. Esta descrição baseada na Graça é seguida por uma referência a um futuro julgamento dos vivos: “O Julgamento está em andamento! Muito em breve, os nossos nomes serão ou confessados por JESUS CRISTO diante do SEU PAI, ou apagados do Livro da Vida”.  

   Uma perspectiva correta do estado inconsciente dos mortos era, portanto, encarada como estando intimamente relacionada com o Conceito Bíblico de um Juízo pré-Advento, já que as Recompensas Eternas não são concedidas no momento da morte, mas no Fim do Tempo. “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse22:12). “Porque todos devemos comparecer perante o Tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10). 

   Ellen G. White descreveu as Mensagens dos Três Anjos como três passos de acesso à sólida plataforma da Verdade Presente, para dois grupos distintos. O primeiro grupo foram aqueles que passaram pela experiência millerita e da observância inicial Adventista do Sábado, e que aceitaram as Mensagens como foram pregadas originalmente. O segundo grupo consistia naqueles que vieram depois da proclamação original das Mensagens. Embora as Mensagens dos Três Anjos fossem proclamadas originalmente numa ordem sequencial, as três deviam continuar a ser pregadas simultaneamente: “A Primeira e a Segunda Mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e estamos agora sob a proclamação da Terceira; mas todas as Três Mensagens devem continuar a ser proclamadas”.

   A compreensão do Juízo Investigativo Celestial depois de 1844 levou a um estudo mais profundo do “Forte Clamor” do Anjo de Apocalipse 18. Elon Everts e Tiago White escreveram sobre a sua importância, e Ellen G. White confirmou que este chamado final a sair de Babilónia estava ligado à Mensagem do Segundo Anjo de Apocalipse 14:8.   

   Depois da ênfase da Assembleia da Conferência Geral de 1888 acerca da justificação pela fé e dos desenvolvimentos nos Estados Unidos da América relativamente à lei dominical nacional, muitos Adventistas do Sétimo Dia esperavam a rápida proclamação do “forte clamor” à medida que o Evangelho se espalhava por todo o mundo. Contudo, Ellen G. White teve o cuidado de nunca declarar que o julgamento dos vivos tinha começado, ou que a marca da besta estava a ser aplicada. Durante muitos anos, ela escreveu: “Em breve, ninguém sabe quando, ela [a obra do juízo] passará aos casos dos vivos” Na sua edição de 1911 d’O Grande Conflito, Ellen G. White esboçou a sua explicação mais completa dos Eventos do Tempo do Fim nas Mensagens dos Três Anjos e no “Forte Clamor”

   Os Adventistas guardadores do Sábado viam a Proclamação das Mensagens dos Três Anjos como revelando um sistema completo de Verdade Presente. Embora cada Mensagem seja diferente, Ellen G. White e os seus contemporâneos referiam-se frequentemente às Verdades das Três Mensagens usando a frase geral “a Mensagem do Terceiro Anjo”. No início do movimento, duas expressões destas Mensagens receberam atenção especial. Uma foi “é vinda a hora do Seu Juízo” (Apocalipse 14:7), que era considerada uma alusão à fase pós-1844 do ministério sacerdotal de CRISTO no Santuário Celestial (Daniel 7:9-14; 8:14). A outra expressão foi “os Mandamentos de DEUS” (Apocalipse 14:12), com ênfase na Natureza Eterna do Decálogo e do Sábado do Sétimo Dia. Esta perspectiva baseava-se na convicção de que a fé salvadora não invalida a Lei de DEUS (Romanos 3:31)

   Os Adventistas do Sétimo Dia consideravam-se como sendo aqueles que João descreveu como os que “Guardam os Mandamentos de DEUS e a fé de JESUS” (Apocalipse 14:12). Até relacionaram várias das suas crenças com esta base doutrinária. Por exemplo, depois da visão que Ellen G. White teve, em 1863, sobre a reforma da saúde,  os princípios básicos da saúde foram encarados como expressões dos Mandamentos de DEUS. Após a Conferência Geral de 1888, em Minneapolis, a doutrina da justificação pela fé foi vista como parte crucial da “fé de JESUS”. Esta percepção promoveu uma pregação do Evangelho centrada em CRISTO, no contexto da “hora do seu juízo” (versículo 7). De fato, a Mensagem dos Três Anjos começa com “o Evangelho Eterno” e termina com a “fé de JESUS” (versículos 6, 12)

   Mais recentemente, autores e pregadores Adventistas puseram um foco renovado na ênfase da Criação da Mensagem do Primeiro Anjo (Apocalipse 14:7). Os estudiosos da BÍBLIA reconheceram que a expressão “e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (versículo 7) deriva não do relato da Criação em Gênesis, mas do Quarto Mandamento do Decálogo, que diz: “os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êxodo 20:11). Também é dada atenção especial ao tema da adoração, evidente no contraste entre os que adoram DEUS e Guardam os Seus Mandamentos (Apocalipse 14:7, 12) e aqueles que adoram a besta e a sua imagem e recebem o seu sinal (versículos 9, 11)

   As Mensagens dos Três Anjos de Apocalipse 14 podem realmente ser o conjunto mais rico e mais abrangente de Verdades no Livro de Apocalipse, senão em toda a BÍBLIA. Não admira que Ellen G. White descreva estas Mensagens como “as mais Solenes Verdades já confiadas a mortais” e a sua proclamação como “um trabalho da mais solene importância”. Enfatizando a sua permanente relevância, ela declarou: “A Primeira e a Segunda Mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e encontramo-nos agora sob a proclamação da Terceira; mas todas as Três Mensagens devem ser ainda proclamadas. É simplesmente tão essencial agora como antes que elas sejam repetidas aos que estão à procura da Verdade. Pela pena e pela palavra devemos fazer soar a proclamação”


                                É DESSE JEITO! "A Verdade Presente" 

                     

                                            
                        



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A História do Sábado - "Confiado aos Hebreus" (Parte 4/28)

                                   É DESSE JEITO! 

                                   

                                "Assim Diz o SENHOR"

                   “Também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de Sinal entre Mim e eles, para que soubessem que EU SOU o SENHOR que os Santifica”

                   (Ezequiel 20: 12/PALAVRA de DEUS)

   

   Delinearemos agora a História da Verdade Divina, por muitas eras, em conexão quase que exclusiva com a família de Abraão. Com o objetivo de expor a Verdade diante da alegação de que o Sábado pertence somente aos hebreus, e de justificar a conduta de DEUS com a humanidade ao deixar as nações apóstatas seguirem os próprios caminhos, vamos examinar com cuidado a BÍBLIA, em busca dos motivos que dirigiram a Providência Divina a escolher a família de Abraão como depositária da Verdade Divina. 

   O mundo antediluviano fora muito favorecido por DEUS. O período de vida de cada geração era doze vezes maior do que o das pessoas da atualidade. Durante quase mil anos, Adão, que conversara com DEUS no paraíso, permaneceu com a humanidade. Antes da morte de Adão, Enoque começou sua santa caminhada de trezentos anos e foi trasladado sem ver a morte. O exemplo de piedade de Enoque foi um poderoso testemunho para os antediluvianos em favor da Verdade e da Justiça. Ademais, o ESPÍRITO de DEUS lutava para Salvar a humanidade, mas a perversidade do ser humano superou toda a bondosa ação refreadora do ESPÍRITO SANTO. “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. Até os filhos de DEUS aderiram à apostasia generalizada. Por fim, apenas uma família, dentre todas, continuou a ser adoradora do ALTÍSSIMO.

   Então veio o dilúvio, trazendo a destruição e varrendo do mundo seus ímpios habitantes. Com certeza seria de se pensar que uma demonstração tão terrível da Justiça Divina seria suficiente para conter a impiedade por eras. Sem dúvida, a família de Noé não poderia se esquecer tão cedo dessa lição alarmante. Mas, infelizmente, a revolta e a apostasia logo reapareceram, e os seres humanos deixaram a DEUS para adorar a ídolos. A fim de contrariar a Ordem Divina de separar a família humana em diversas nações, os seres humanos se reuniram em um grande ato de rebelião na planície de Sinar. “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra”. Então, DEUS os confundiu em sua impiedade, e os espalhou para outros lugares, por toda a face da Terra. Os homens não queriam guardar o Conhecimento de DEUS; por isso, o SENHOR os entregou a uma mente perversa e permitiu que transformassem a Verdade Divina em mentira, e adorassem e servissem a criatura em lugar do CRIADOR. Essa foi a origem da idolatria e da apostasia dos gentios.

   No meio dessa apostasia amplamente disseminada, foi encontrado um homem cujo coração era fiel a DEUS. Abraão foi escolhido dentre uma família idólatra para ser depositário da Verdade Divina, o pai da fé, herdeiro do mundo e amigo de DEUS. Quando os adoradores de DEUS eram achados apenas na família de Noé, o SENHOR permitiu que o restante da humanidade perecesse no dilúvio. Agora que, mais uma vez, os adoradores de DEUS se reduziram praticamente a uma só família, DEUS permitiu que as nações idólatras seguissem os próprios caminhos, e tomou a família de Abraão como Sua herança particular. “Porque Eu o escolhi” – disse DEUS– “para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o Caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo”. A fim de poderem preservar o Conhecimento da Verdade Divina, a memória e a adoração do ALTÍSSIMO na Terra, eles deveriam ser um povo separado de toda a humanidade, habitando em uma terra própria. Com o objetivo de que ele se separasse dos pagãos ao redor, DEUS concedeu a Abraão o rito da circuncisão e, posteriormente, toda a lei cerimonial à sua posteridade. Mas eles só poderiam possuir a terra prometida quando se enchesse a taça da iniquidade de seus habitantes, os amorreus, e estes fossem, por essa razão, expulsos diante deles. O horror da grande escuridão e a fumaça vistos por Abraão em visão prefiguravam a fornalha de ferro e a amarga servidão no Egito. A família de Abraão deveria descer até lá. Breve prosperidade e longa e terrível opressão se seguiriam.

   Por fim, o poder do opressor foi quebrado e o povo de DEUS, libertado. O fim dos 430 anos desde a promessa feita a Abraão marca a hora do livramento da sua descendência. A nação de Israel saiu do Egito como o tesouro peculiar de DEUS, a fim de que Ele lhes desse o Sábado, Sua Lei e a Si próprio. O salmista testifica de que DEUS “conduziu com alegria o Seu povo e, com jubiloso canto, os Seus escolhidos. Deu-lhes as terras das nações, e eles se apossaram do trabalho dos povos, para que Lhe guardassem os preceitos e Lhe observassem as leis”. O DEUS ALTÍSSIMO disse: “EU SOU o SENHOR, que vos santifico, que vos tirei da terra do Egito, para ser o vosso DEUS”. Isso não quer dizer que os Mandamentos de DEUS, o Sábado e Ele próprio não tivessem existência anterior, ou que o povo ignorasse o DEUS Verdadeiro e Sua Lei; pois o Sábado foi destinado para uso santo antes da queda do homem; os Mandamentos de DEUS, Seus estatutos e Suas leis foram guardados por Abraão; e quando alguns dos próprios israelitas transgrediram o Sábado, o povo foi reprovado com a pergunta: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?” E quanto ao ALTÍSSIMO, o salmista exclama: “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, Tu és DEUS”. No entanto, deveria haver uma aliança pública formal entre o povo de DEUS, Ele Mesmo, Sua Lei e o Sábado. Mas nem o Sábado, nem a lei, nem o grande Legislador se tornaram judeus por sua ligação com os hebreus. De fato, o Legislador Se tornou o DEUS de Israel, e qual gentio poderia se recusar a adorá-Lo por esse motivo? Mas, o Sábado continuou a ser o Sábado do SEHOR, e a Lei continuou a ser a Lei do ALTÍSSIMO.                

         

   No mês seguinte à travessia do Mar Vermelho, os hebreus chegaram ao deserto de Sim. É nesse ponto da narrativa que Moisés menciona, pela segunda vez, o Dia Santo de Descanso do CRIADOR. O povo murmurou pedindo pão: “Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que Eu ponha à prova se anda na Minha Lei ou não. Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia. [...] Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; dize-lhes: Ao crepúsculo da tarde, comereis carne, e, pela manhã, vos fartareis de pão, e sabereis que EU SOU o SENHOR, vosso DEUS. À tarde, subiram codornizes e cobriram o arraial; pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial. E, quando se evaporou o orvalho que caíra, na superfície do deserto restava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra. Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é o pão que o SENHOR vos dá para vosso alimento. Eis o que o SENHOR vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, um gômer por cabeça, segundo o número de vossas pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros, menos. Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia comer. Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles. Colhiam-no, pois, manhã após manhã, cada um quanto podia  comer; porque, em vindo o calor, se derretia. Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o Senhor: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte. E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés ordenara; e não cheirou mal, nem deu bichos. Então, disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto o Sábado é do SENHOR; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o Sétimo Dia é o Sábado; nele, não haverá. Ao Sétimo Dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam. Então, disse o SENHOR a Moisés: Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis? Considerai que o SENHOR vos deu o Sábado; por isso, Ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no Sétimo Dia. Assim, descansou o povo no Sétimo Dia.” 

   Essa narrativa mostra: 

1) que DEUS tinha uma Lei e Mandamentos antes de dar o maná; 

2) que, ao dar pão do céu para Seu povo, DEUS tinha o desígnio de provar se eles respeitavam Sua Lei; 

3) que dentro dessa Lei se encontrava o Santo Sábado, pois o teste relativo a andar na Lei dizia respeito diretamente ao Sábado; e quando DEUS disse: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?”, Ele estava Se referindo ao Sábado, que eles haviam violado; 

4) que, ao provar o povo com respeito a essa Lei que já existia, Moisés não apresentou nenhum preceito novo sobre o Sábado, mas permaneceu em silêncio acerca do preparo para o dia até que o povo, por vontade própria, recolhesse uma porção dobrada no sexto dia; 

5) que, mediante esse ato, o povo provou não somente que conhecia o Sábado, mas também que estava disposto a guardá-lo; 

6) que a contagem da semana, cuja evidência é vista durante a era patriarcal, havia sido preservada corretamente, pois o povo sabia quando o sexto dia havia chegado; 

7) que, caso houvesse qualquer dúvida a esse respeito [isto é, se a contagem semanal se havia perdido desde a Criação], a queda do maná durante os seis dias da semana, sua retenção no Sétimo Dia e a preservação, no Sábado, do necessário para esse dia, teriam resolvido a questão sem deixar nenhum lugar para dúvidas; 

8) que não houve nenhum ato que instituísse o Sábado no deserto de Sim; pois DEUS não fez dele Seu dia de descanso nessa ocasião, nem o abençoou e santificou ali. Pelo contrário, o relato mostra que o Sétimo Dia já era o Dia de Descanso Santificado pelo SENHOR;

9) que a obrigação de guardar o Sábado já existia e era conhecida antes da queda do maná, pois o vocabulário usado subentende a existência de tal obrigação, e não contém uma nova ordem, o que ocorre só depois de algumas pessoas transgredirem o Sábado. Assim, DEUS diz a Moisés: “Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem”, mas não fala sobre o Sétimo. E no sexto dia, Moisés fala ao povo: “Amanhã é repouso, o Santo Sábado do SENHOR”, mas não ordena que eles o observem. Sobre o Sétimo Dia, ele afirma que é o Sábado e que ninguém encontraria maná no campo. “Seis dias o colhereis, mas o Sétimo Dia é o Sábado; nele, não haverá”. Em tudo isso, nenhum preceito é estabelecido; todavia, a existência de um preceito é claramente subentendida; 

10) que, quando algumas pessoas violaram o Sábado, estas foram repreendidas com uma linguagem que implicava, com clareza, uma transgressão prévia do preceito: “Até quando recusareis guardar os Meus Mandamentos e as Minhas Leis?”;  

11) e que essa repreensão, por parte do Legislador, refreou por um tempo a transgressão do povo. 

“Considerai que o SENHOR vos deu o Sábado; por isso, Ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no Sétimo Dia”. DEUS confiou o Sábado aos hebreus como um legado especial. O mesmo foi, nessa ocasião, dado a eles; ele não foi criado para eles. O Sábado foi criado para o homem ao fim da primeira semana do tempo; mas depois que todas as outras nações se afastaram do CRIADOR para adorar ídolos, ele foi dado ao povo hebreu. Isso também não prova que todos os hebreus o haviam desconsiderado até aquele momento, pois CRISTO usa a mesma linguagem acerca da circuncisão. Ele diz: “Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas)” No entanto, DEUS havia dado essa ordenança a Abraão e sua família 400 anos antes de concedê-la a Moisés, e eles a haviam conservado.                  

   As palavras “o SENHOR vos deu o Sábado” indicam um ato solene de confiar um tesouro aos cuidados deles. Como isso foi feito? Nenhum ato de instituição do Sábado ocorreu naquele momento. Nenhum preceito ordenando sua observância foi dado até que algumas pessoas o transgrediram, momento em que ele foi, então, mencionado em forma de repreensão, evocando uma obrigação prévia e a transgressão de uma Lei existente. Esse ponto de vista certamente é fortalecido pelo fato de que, na ocasião, nenhuma explicação foi dada ao povo acerca da instituição do Sábado. Tal fato indica que eles já tinham algum conhecimento acerca do Sétimo Dia. 

   Mas, então, como DEUS lhes deu o Sábado? Ele o fez, em primeiro lugar, ao livrá-los do jugo abjeto do Egito, sob o qual os hebreus eram uma nação de escravos. E segundo, dando-lhes alimento de forma a impor uma forte obrigação de guardar o Sábado. Por 40 anos Ele lhes deu pão do céu, mandando-o por seis dias e deixando de enviá-lo no Sétimo, preservando o alimento para eles durante o Sábado. Foi assim que o Sábado lhes foi especialmente confiado. 

   Como um presente para os hebreus, o grande Memorial do CRIADOR se tornou um Sinal entre eles e DEUS. “Também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de Sinal entre Mim e eles, para que soubessem que EU SOU o SENHOR que os Santifica”. O propósito do Sinal é indicado: tornar Conhecido o Verdadeiro DEUS. E as ESCRITURAS nos apresentam a razão por que tal Sinal teria esse fim: “Entre Mim e os filhos de Israel é Sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao Sétimo Dia, Descansou, e tomou alento”. A instituição em si simbolizava que  DEUS havia criado os céus e a terra em seis dias e descansara no Sétimo. Sua observância pelo povo queria dizer que o CRIADOR era seu DEUS. Que Sinal repleto de significado! 

   O Sábado era um Sinal entre DEUS e os filhos de Israel porque só eles adoravam o CRIADOR. Todas as outras nações haviam se afastado Dele para buscar “deuses que não fizeram os céus e a terra” .Por essa razão, o Memorial do Grande CRIADOR foi confiado aos hebreus e se tornou um Sinal entre eles e o ALTÍSSIMO. O Sábado, dessa forma, representava um elo de ouro unindo o CRIADOR a Seus adoradores.

                                                                                                                           continua...


                              É DESSE JEITO! "Louvores+"        

                       



                       


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          Especial - "A História do Sábado" (Parte 1/28)   

                             

          A História do Sábado - "A Criação" (Parte 2/28) 



        A História do Sábado - "A Instituição do Sábado" (Parte 3/28)



                                    


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A História do Sábado - "A Instituição do Sábado" (Parte 3/28)

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   Assim, o Sétimo Dia da semana se tornou o Dia de Descanso do SENHOR. Que fato notável! “O Eterno DEUS, o SENHOR, o CRIADOR dos fins da terra, [que] nem Se cansa, nem Se fatiga”. Ele não precisa de descanso, todavia está escrito: “[A]o Sétimo Dia, descansou, e tomou alento”. Por que o registro não conta apenas que a obra do CRIADOR cessou? Por que dedicar um dia para o descanso ao fim dessa obra? A resposta se encontra no verso seguinte. Ele estava lançando as bases de uma Instituição Divina, o Memorial de Sua Grande Obra.        

   “E Abençoou DEUS o Dia Sétimo e o Santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como CRIADOR, fizera”. O Quarto Mandamento declara o mesmo fato: Ele “ao Sétimo Dia, descansou; por isso, o SENHOR Abençoou o Dia de Sábado e o Santificou”.  

   A Bênção e a Santificação do Sétimo Dia ocorreram porque DEUS nele descansou. Assim, o descanso de DEUS nesse dia teve como propósito lançar os fundamentos para Abençoá-lo e Santificá-lo. O fato de Ele ter “tomado alento” ou ter-Se “revigorado” com o descanso sugere que DEUS Se deleitou no ato que lançou as bases para o Memorial de Sua Grande Obra. 

   O segundo ato do CRIADOR ao instituir este Memorial foi colocar Sua Bênção sobre o Dia de Descanso. A partir de então, ele passou a ser o Abençoado Dia de Descanso do SENHOR. Um terceiro ato completou a Instituição Sagrada. O Dia, que já havia sido Abençoado por DEUS, foi afinal Santificado ou Consagrado por Ele. Santificar é “separar, colocar à parte, destinar como santo, para uso religioso”. Consagrar é “tornar santo; dedicar; separar para uso santo ou religioso”.   

   O momento em que cada um desses três atos foi realizado é digno de destaque especial. O primeiro ato foi o do descanso. Ele aconteceu no Sétimo Dia, pois o dia foi dedicado ao descanso. O segundo e o terceiro atos ocorreram depois que o Sétimo Dia acabou. “DEUS Abençoou o Sétimo Dia e o Santificou, pois nele Ele havia descansado de toda Sua obra” [Gênesis 2:3]. Portanto, foi no primeiro dia da segunda semana do tempo que DEUS Abençoou o Sétimo Dia e o separou para uso Santo. A Bênção e a Santificação do Sétimo Dia se relacionam não ao primeiro Sétimo Dia do tempo, mas, sim, ao Sétimo Dia de cada semana do tempo que viria, em Memória ao Descanso de DEUS naquele dia específico de Sua Obra da Criação. 

Com o início do tempo, DEUS começou a contar os dias, dando a cada um o nome de um número ordinal. Sete dias diferentes receberam nomes diferentes. Em memória ao que Ele fez no último desses dias, DEUS o separou por nome para uso Santo. Tal ato trouxe à existência as semanas, ou períodos de sete dias; pois, com o Sétimo Dia, Ele parou de contar e, havendo determinado que aquele Dia deveria ter uso Santo em Memória de Seu Descanso, fez o ser humano começar a contagem de uma nova semana assim que o primeiro Sétimo Dia terminou. Assim, como DEUS Se agradou de dar ao homem, ao todo, apenas sete dias diferentes, atribuindo a cada um desses dias um nome que indica seu lugar exato na semana, o ato de Ele separar um desses dias por nome (criando as semanas e dando ao homem o Sábado) nunca pode se referir a um dia indefinido ou incerto, a menos que se faça uso de engano.

   Os dias da semana são medidos pela rotação de nossa Terra em volta de seu eixo; portanto, nosso Sétimo Dia só existe para os habitantes deste Globo. Logo, os dias da semana foram dados para serem usados por Adão e Eva, habitantes deste planeta, e não pelos habitantes de algum outro mundo. Consequentemente, quando DEUS separou um desses dias para uso Santo, como Memorial de Seu Próprio Descanso nesse dia da semana, a própria essência do ato consistia em contar a Adão que esse dia deveria ser empregado apenas para propósitos santos. Adão se encontrava no jardim de DEUS, colocado ali pelo CRIADOR para cuidar do jardim e preservá-lo. Ele também havia recebido de DEUS a ordem de dominar a terra. Assim, quando o Dia do SENHOR chegasse, semana após semana, todas essas ocupações seculares, embora legítimas em si, deveriam ser deixadas de lado, e o dia deveria ser observado em Memória do Descanso do CRIADOR. 

   O Dr. Twisse cita Martinho Lutero da seguinte maneira: “E Martinho Lutero professa igualmente esse mesmo ponto (volume 6, sobre Gênesis 2:3). ‘Conclui-se a partir disso’, disse ele, ‘que, se Adão houvesse permanecido em sua inocência, ainda assim teria santificado o Sétimo Dia, ou seja, naquele dia ensinaria seus filhos e os filhos de seus filhos qual era a vontade de Deus e como Ele deveria ser adorado; louvaria a Deus, daria ações de graças, e apresentaria ofertas. Nos outros dias lavraria o solo e cuidaria do gado.’” O verbo hebraico kadash, traduzido aqui e no Quarto Mandamento como Santificou, é definido por Gesenius: “declarar santo; santificar; instituir qualquer coisa santa, designar”. É usado diversas vezes no Antigo Testamento para designar uma reunião ou proclamação pública. Por exemplo, quando as cidades de refúgio foram separadas em Israel, está escrito: “Designaram [no hebraico, santificaram], pois, solenemente, Quedes, na Galileia, na região montanhosa de Naftali, e Siquém, na região montanhosa de Efraim”, etc. Essa santificação, ou designação, das cidades de refúgio significa que elas haviam sido colocadas à parte para aquele propósito por meio de uma proclamação pública a Israel. Esse verbo também é usado para a designação de um jejum público e para a convocação de uma assembleia solene. Assim, lemos: “Promulgai [no hebraico, santificai] um santo jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do SENHOR, vosso DEUS, e clamai ao SENHOR”. “Tocai a trombeta em Sião, promulgai [ou seja, santificai] um santo jejum, proclamai uma assembleia solene”. “Disse mais Jeú: Consagrai [heb. santificai] uma assembleia solene a Baal”. Essa assembleia a Baal foi tão pública que todos os adoradores de Baal em Israel se reuniram. Tais jejuns e assembleias solenes eram santificados ou separados por meio de uma intimação ou proclamação pública. Assim, quando DEUS separou o Sétimo Dia para uso Sagrado, era necessário que Ele anunciasse o fato aos que fariam uso dos dias da semana. Sem esse anúncio, o dia não poderia ser separado dos outros. 

   Mas a ilustração mais marcante do significado dessa palavra se encontra no relato em que o monte Sinai foi santificado. Quando DEUS estava prestes a pronunciar os Dez Mandamentos aos ouvidos de todo o Israel, Ele ordenou que Moisés descesse do monte Sinai para não deixar que o povo tocasse no monte. “Então, disse Moisés ao SENHOR: O povo não poderá subir o monte Sinai, porque Tu nos tens protestado, dizendo: Marca termos ao monte e santifica-o.” Voltando ao verso no qual DEUS deu essa ordem a Moisés, lemos: “E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, que não subais o monte nem toqueis o seu termo”. Portanto, santificar o monte era ordenar ao povo que não tocasse nem em suas bordas, pois DEUS estava prestes a descer em majestade sobre ele. Em outras palavras, santificar ou separar o monte Sinai para um uso santo significava dizer ao povo que DEUS queria que o monte fosse tratado como algo Sagrado para Si. Da mesma maneira, Santificar o Dia de Descanso do SENHOR era dizer a Adão que ele deveria tratar o Dia como Santo ao SENHOR. 

   A declaração “Abençoou DEUS o Dia Sétimo e o Santificou” não é, na verdade, um mandamento para a observância desse dia, mas, sim, o registro de que tal preceito foi dado a Adão. Pois como o CRIADOR “separaria para uso santo” o dia de Seu descanso se aqueles por quem o dia seria usado não soubessem nada a esse respeito? Quem puder responder, responda. 

   Veremos que esse ponto de vista sobre o relato de Gênesis é sustentado por todos os testemunhos da BÍBLIA acerca do Dia de Descanso do SENHOR. Os fatos que já examinamos constituem a base do Quarto Mandamento. Assim falou o Grandioso Legislador, do cume do monte fumegante: “Lembra-te do Dia de Sábado, para o Santificar”. “O Sétimo Dia é o Sábado do SENHOR, teu DEUS”. “Porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao Sétimo Dia, descansou; por isso, o SENHOR Abençoou o Dia de Sábado e o Santificou”.  

   A palavra “Sábado” vem da língua hebraica e significa descanso. Assim, a ordem “Lembra-te do Dia de Sábado, para o Santificar” equivale a dizer: “Lembra-te do Dia de Descanso, para o Santificar”. A explicação que se segue sustenta essa declaração: “O Sétimo Dia é o Sábado [ou Dia de Descanso] do SENHOR, teu DEUS”. A origem do Dia de Descanso é informada nas seguintes palavras: “Porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao Sétimo Dia, Descansou; por isso, o SENHOR Abençoou o Dia de Sábado e o Santificou”. O que é ordenado no Quarto Mandamento é a Santificação do Dia de Descanso do SENHOR. E fica definido ali que isso deve acontecer no Dia que Ele Descansou da Obra da Criação. Além disso, o Quarto Mandamento chama de “Sábado” o Sétimo Dia, que Deus Abençoou e Santificou; portanto, o Sábado é uma Instituição que data da Fundação do Mundo. O Quarto Mandamento aponta para a criação como a origem de sua obrigação; e, quando voltamos a esse ponto, descobrimos que a base do Quarto Mandamento foi dada a Adão, porquanto “Abençoou DEUS o Dia Sétimo e o Santificou”, isto é, separou para uso Santo. Uma declaração afirma que “Abençoou DEUS o Dia Sétimo e o Santificou” e a outra que “o SENHOR Abençoou o Dia de Sábado e o Santificou”. Essas duas afirmações se referem ao mesmo ato. Uma vez que a palavra Sábado não aparece na primeira declaração, alguns argumentam que o Sábado não se originou na Criação, mas que apenas o Sétimo Dia foi santificado naquela ocasião. Com base na segunda declaração, eles argumentam que DEUS não Abençoou o Sétimo Dia em si, mas simplesmente a Instituição do Sábado. No entanto, ambas as declarações englobam toda a Verdade. DEUS Abençoou o Sétimo Dia e o Santificou; e esse dia assim Abençoado e Santificado corresponde a Seu Santo Sábado, ou Dia de Descanso. Desse modo, o Quarto Mandamento estabelece a Origem do Sábado na Criação. 

   O testemunho de nosso Divino SENHOR acerca da origem e do propósito do Sábado tem importância especial. Ele é competente para testificar a respeito disso, pois esteve com o PAI no princípio da Criação. “O Sábado foi estabelecido por causa do homem”, disse Ele, “e não o homem por causa do Sábado”. A regra gramatical a seguir é digna de nota: “Um substantivo sem adjetivo é invariavelmente interpretado em sua extensão mais ampla, como por exemplo: O homem é responsável”.  Os textos a seguir ilustram essa regra e também essa declaração de CRISTO no Novo Testamento: “O homem se deita e não se levanta; enquanto existirem os céus, não acordará, nem será despertado do seu sono”. “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens”. “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez”. Nesses textos, “Homem” e “Homens” são usados sem adjetivos ou restrições, aplicando-se, portanto, a toda a humanidade. Logo, o Sábado foi feito para toda a família humana, e teve origem junto com a humanidade. Mas, no original, a linguagem do SALVADOR é ainda mais enfática: “O Sábado foi estabelecido por causa do Homem e não o Homem por causa do Sábado”. Essa construção chama a atenção para o homem Adão, que foi feito do pó da terra logo antes que o Sábado do Sétimo Dia fosse feito para ele. Essa é uma confirmação notável do fato já destacado de que o Sábado havia sido dado a Adão, o cabeça de toda a família humana.  

   “O Sétimo Dia é o Sábado do SENHOR, teu DEUS”; contudo, Ele fez o Sábado para o homem. “DEUS tornou o Sábado Seu por apropriação solene, a fim de que pudesse devolvê-lo a nós sob a proteção de uma Lei Divina, para que ninguém nos privasse dele e ficasse impune”. 

   Vimos que o Sábado foi ordenado por DEUS no fim da Semana da Criação. O objetivo de seu Autor é digno de atenção especial. Por que o CRIADOR erigiu esse Memorial no paraíso? Por que Ele separou dos outros dias da semana o Dia que havia usado para descansar? “Porque nele”, dizem as ESCRITURAS, DEUS “Descansou de toda a Obra que, como CRIADOR, fizera”. Um Descanso subentende necessariamente um trabalho realizado. Portanto, o Sábado foi ordenado por DEUS como Memorial da Obra da Criação. Consequentemente, o Mandamento da Lei Moral referente a esse Memorial, diferente de todos os outros Mandamentos da Lei, começa com as palavras “Lembra-te”. Daremos mais valor à importância desse Memorial quando, por meio das ESCRITURAS, aprendermos que é a Obra da Criação que é reivindicada por seu Autor como a maior evidência de Seu Eterno Poder e Divindade, e como o principal fato que O diferencia de todos os deuses falsos. Está escrito: “Aquele que estabeleceu todas as coisas foi DEUS”. “Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus”. “Mas o SENHOR é Verdadeiramente DEUS; ele é o DEUS Vivo e o Rei Eterno”. “O SENHOR fez a terra pelo Seu poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria e com a Sua inteligência estendeu os céus”. “Porque os atributos invisíveis de DEUS, assim o Seu Eterno Poder, como também a Sua Própria Divindade, claramente se reconhecem, desde o Princípio do Mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas”. “Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir”. Assim, “entendemos que foi o universo formado pela PALAVRA de DEUS, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”. 

   Tal é a avaliação feita pelas ESCRITURAS da Obra da Criação como prova do poder eterno e da Divindade do CRIADOR. O Sábado se levanta como Memorial dessa Grande Obra. Sua observância é um ato de grato reconhecimento, por parte de Suas criaturas inteligentes, de que Ele é o CRIADOR e de que devem tudo a Ele; e de que elas existem e foram criadas para o Seu prazer. Você percebe quão apropriada para Adão era a observância do Sábado! E, após a humanidade haver caído, quão importante para seu bem-estar é se lembrar “do Dia de Sábado, para o Santificar”. Assim, o ser humano teria sido preservado do ateísmo e da idolatria, pois nunca se esqueceria de que há um DEUS ao qual todas as coisas devem sua existência; nem adoraria outro DEUS além do CRIADOR. 

   A contagem do tempo por semanas não deriva de nada na natureza, mas deve sua existência à Ordem Divina sobre o Sétimo Dia para que fosse usado de maneira Santa, em Memória do Descanso do SENHOR de Seus seis dias de trabalho na Criação. Esse período de tempo é marcado pela recorrência do Dia de Descanso Santificado pelo CRIADOR. Vários textos deixam claro que os patriarcas contavam o tempo em semanas e agrupamentos de sete dias. Não é provável concluir que eles tenham mantido a semana e esquecido o Sábado, que é o único fator pelo qual a semana é marcada. O fato de a contagem das semanas ter sido conservada corretamente fica claro no episódio do deserto de Sim, quando o povo, de comum acordo, recolheu porção dobrada do Maná no sexto dia. E Moisés lhes disse: “Amanhã é repouso, o Santo Sábado do SENHOR”.

   A brevidade do registro de Gênesis nos faz deixar de lado muitos fatos profundamente interessantes. Adão viveu 930 anos. Certamente, o fato de a família humana ter podido ver o primeiro homem, deve ter despertado, em todos, um interesse muito profundo e envolvente! Conversar com aquele que havia falado com o próprio DEUS! Ouvir de seus lábios a descrição do paraíso no qual vivera! Aprender com aquele ser, criado no sexto dia, sobre os maravilhosos acontecimentos da Semana da Criação! Escutar de seus lábios as Palavras do Próprio CRIADOR ao separar Seu Dia de Descanso para uso Santo! E, infelizmente, familiarizar-se também com a triste história da perda do paraíso e da Árvore da Vida!   

   Assim, não foi difícil divulgar os fatos acerca dos seis dias da Criação e da Santificação do Dia de Descanso entre a humanidade na era patriarcal. Pelo contrário, era impossível que fosse de outro modo, sobretudo entre os fiéis. De Adão a Abraão, uma sucessão de homens – provavelmente inspirados por DEUS – preservou o Conhecimento de DEUS sobre a Terra. Adão viveu até Lameque, pai de Noé, ter 56 anos de idade; Lameque viveu até Sem, filho de Noé, ter 93; Sem viveu até Abraão ter 150 anos de idade. Assim chegamos até Abraão, o pai da fé. A BÍBLIA diz que ele Obedecia à Voz de DEUS e cumpria Suas Ordens, Seus Mandamentos, Seus Estatutos e Suas Leis. A seu respeito, o Altíssimo deu o seguinte testemunho: “Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que Guardem o Caminho do SENHOR e pratiquem a Justiça e o Juízo”. O Conhecimento de DEUS foi preservado na família de Abraão; e descobriremos na continuação dos estudos sobre "A História do Sábado" que o Sábado era mencionado com familiaridade por sua descendência, como uma Instituição existente. .

                                                                                                                         Continua...


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