"Assim Diz o SENHOR"
Executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. EU SOU o SENHOR
(Êxodo 12: 12/PALAVRA de DEUS)
O Poder de DEUS revelado
Muitos anos
tinham os filhos de Israel estado em servidão aos egípcios. Apenas umas poucas
famílias haviam descido ao Egito, porém tinham-se tornado numa grande multidão.
E sendo circundados pela idolatria, muitos deles tinham perdido o Conhecimento
do Verdadeiro DEUS e esquecido Sua Lei. Uniram-se aos egípcios em sua adoração
ao Sol, Lua e estrelas, e também de animais e imagens, obra das mãos de homens.
Todas as coisas ao redor dos filhos de Israel tendiam a fazê-los esquecer o
DEUS Vivo. Mesmo assim, existiam entre os hebreus os que preservaram o
Conhecimento do Verdadeiro DEUS, Criador dos Céus e da Terra. Afligiam-se por
ver seus filhos testemunhando diariamente as abominações do povo idólatra que
os cercava, e mesmo tomando parte nelas, curvando-se às divindades egípcias,
feitas de madeira e pedra, e oferecendo sacrifícios a estes objetos
insensíveis. Os fiéis eram afligidos e na sua agonia clamavam ao SENHOR por
livramento do jugo egípcio; que Ele os tirasse fora do Egito, para onde
pudessem ser livres da idolatria e das corruptoras influências que os
circundavam. Entretanto, muitos dos hebreus estavam dispostos a permanecer em
servidão, de preferência a terem que ir para um novo país e depararem com as
dificuldades presentes em tal jornada Por isso o SENHOR não os livrou pela
primeira manifestação de Seus sinais e maravilhas diante de Faraó. DEUS dirigiu
os fatos para mais plenamente desenvolver o espírito tirânico de Faraó, e para
que pudesse manifestar Seu grande poder aos egípcios e também diante de Seu
povo, a fim de fazê-los ansiosos de deixar o Egito e escolherem o serviço de
DEUS.
Embora muitos
dos israelitas se tivessem tornado corrompidos pela idolatria, os fiéis
permaneciam firmes. Não ocultavam sua fé, mas abertamente confirmavam diante
dos egípcios que serviam o Único Verdadeiro DEUS Vivo. Repetiam as evidências
da existência de DEUS e do Seu poder desde a criação. Os egípcios tiveram
oportunidade de se familiarizar com a fé dos hebreus e seu DEUS. Tinham tentado
subverter os fiéis adoradores do Verdadeiro DEUS, e estavam aborrecidos porque
não tiveram êxito, nem por ameaças, nem por promessa de recompensas, ou por
tratamentos cruéis.
Os últimos dois
reis que haviam ocupado o trono do Egito tinham sido tiranos e trataram
cruelmente os hebreus. Os anciãos de Israel se esforçaram para encorajar a
enfraquecida fé dos israelitas, referindo a promessa feita a Abraão, e as
palavras proféticas de José pouco antes de morrer, predizendo sua libertação do
Egito. Alguns deram ouvidos e creram. Outros contemplavam sua própria triste
condição, e não tinham esperança.
Israel influenciado pelo ambiente
Os egípcios
tinham descoberto a expectativa dos filhos de Israel e zombavam de suas
esperanças de livramento e falavam desdenhosamente do poder de seu DEUS.
Apontavam-lhes a sua própria situação como um povo, mera nação de escravos, e
insultuosamente diziam-lhes: Se vosso DEUS é justo e misericordioso, e tem
poder sobre os deuses egípcios, por que não faz de vós um povo livre? Por que
não manifesta Sua grandeza e poder, exaltando-vos? Os egípcios, então, chamavam a atenção dos
israelitas para o seu próprio povo, que adorava deuses de sua própria escolha,
os quais os israelitas denominavam falsos deuses. Exultavam ao dizer que seus
deuses tinham-nos prosperado, dando-lhes alimento, vestuário e grandes
riquezas, e que seus deuses também tinham dado os israelitas nas suas mãos para
servi-los, e que tinham poder para os oprimir e destruir, a fim de que não
fossem um povo. Escarneciam da ideia de que os hebreus seriam libertados da
escravidão.
Faraó jactava-se
de que gostaria de ver DEUS livrá-los de suas mãos. Estas palavras destruíram a
esperança de muitos dos filhos de Israel. Parecia-lhes que tudo era mesmo como
o rei e seus conselheiros tinham dito. Sabiam que eram tratados como escravos,
e que deviam suportar o grau de opressão que seus feitores e administradores
lhes impunham. Seus meninos tinham sido caçados e mortos. Sua própria vida era
um fardo, e eles estavam crendo no DEUS do Céu e adorando-O. Contrastavam então
sua condição com a dos egípcios. Estes não criam absolutamente num DEUS Vivo
que tivesse poder para salvar ou destruir. Alguns deles adoravam ídolos,
imagens de madeira e pedra, enquanto outros preferiam adorar o Sol, a Lua e as
estrelas; e mesmo assim prosperavam e enriqueciam. E alguns dos hebreus
raciocinavam que se DEUS estivesse acima de todos os deuses, não os deixaria
como escravos numa nação idólatra.
Os fiéis servos de
DEUS entendiam que era por causa de sua infidelidade a DEUS como um povo, e sua
disposição de misturar-se com outras nações, sendo assim levados à idolatria,
que o SENHOR permitiu que fossem ao Egito. Com firmeza declaravam a seus irmãos
que DEUS logo os tiraria do Egito e quebraria seu opressivo jugo.
Chegara o tempo
em que DEUS deveria responder às orações de Seu opresso povo, e tirá-lo do
Egito com tão poderosas manifestações de Seu poder que os egípcios seriam compelidos
a reconhecer que o DEUS dos hebreus, de quem zombavam, estava acima de todos os
deuses. Iria agora puni-los por sua idolatria e sua arrogante jactância das
mercês concedidas a eles por seus insensíveis deuses. DEUS glorificaria Seu
próprio nome, para que outras nações ouvissem do Seu poder e tremessem ante
Seus poderosos atos, e para que Seu povo, testemunhando suas miraculosas obras,
se volvesse inteiramente da sua idolatria para render-Lhe adoração pura.
No livramento de
Israel do Egito, DEUS claramente mostrou Sua evidente misericórdia a Seu povo diante
de todos os egípcios. DEUS achou conveniente executar Seus juízos sobre Faraó,
para que ele soubesse por amarga experiência, desde que doutra sorte não seria
convencido, que Seu poder era superior a todos os outros. A fim de que Seu nome
fosse notório através de toda a Terra, daria prova exemplar e demonstrativa de
Seu divino poder e justiça a todas as nações. Era desígnio de DEUS que estas
exibições de poder fortificassem a fé de Seu povo, para que sua posteridade
adorasse firmemente somente Aquele que tinha realizado misericordiosas
maravilhas em seu favor. Moisés declarou a Faraó, depois que este exigiu que o
povo fizesse tijolos sem palha, que DEUS, a quem ele pretendia não conhecer,
forçá-lo-ia a render-se a Seus reclamos e reconhecer Sua autoridade como Supremo
Soberano.
As pragas
O milagre da vara
transformada numa serpente e do rio tornado em sangue não moveu o empedernido
coração de Faraó, somente aumentou seu ódio dos israelitas. O trabalho dos
mágicos levou-o a crer que esses milagres foram operados pela feitiçaria, mas
teve abundante evidência de que este não era o caso quando foi removida a praga
das rãs. DEUS podia ter feito que elas desaparecessem e voltassem ao pó num
momento, mas assim não fez, para que depois de serem removidas, o rei e os
egípcios não dissessem que isto era resultado de magia, semelhante ao trabalho
dos mágicos. Elas morreram, e foram então ajuntadas em montões, que podiam ser
vistos diante deles, e empestavam a atmosfera. Nisto o rei e todo o Egito
tiveram uma prova que sua vã filosofia não podia refutar, de que esta obra não
era magia, mas um Juízo do DEUS do Céu.
Os mágicos não
puderam produzir piolhos. O SENHOR não podia tolerar sequer que parecesse aos
olhos deles, ou dos egípcios, que eles poderiam reproduzir a praga dos piolhos.
Ele desejava remover de Faraó toda desculpa para incredulidade. Forçou os
próprios magos a dizer: “Isto é o dedo
de DEUS.”
Depois veio a
praga dos enxames de moscas. Estas não eram como as inofensivas moscas que nos
importunam em algumas épocas do ano, mas as moscas que vieram sobre o Egito
eram grandes e venenosas. Sua picada era extremamente dolorosa para os homens e
animais. DEUS separou Seu povo dos egípcios e não permitiu uma mosca sequer em
todos os seus limites. O SENHOR enviou então a praga da peste no gado, e ao
mesmo tempo preservou o gado dos hebreus, para que não morresse um sequer. Em
seguida veio a praga das úlceras sobre homens e animais, e nem os magos puderam
proteger-se dela. Então o SENHOR enviou sobre o Egito a praga da saraiva
misturada com fogo, com relâmpagos e trovões. A época de cada praga foi dada
por antecipação, para que ninguém pudesse dizer ter acontecido por acaso. O
SENHOR demonstrou aos egípcios que a Terra inteira estava sob o Comando do DEUS
dos hebreus — que o trovão, a saraiva e a tempestade obedeciam a Sua voz.
Faraó, o orgulhoso rei que uma vez perguntara: “Quem é o SENHOR para que Lhe ouça eu a voz?” humilhou-se e disse: “Esta vez pequei; o SENHOR é justo, porém
eu e o meu povo somos ímpios.” Suplicou a Moisés que fosse seu intercessor
com DEUS, para que os terríveis trovões e relâmpagos cessassem. Depois o SENHOR
mandou a terrível praga dos gafanhotos. O rei preferiu receber os flagelos a
submeter-se a DEUS. Sem remorso via seu reino inteiro sob o milagre desses
tremendos juízos. O SENHOR então enviou trevas sobre o Egito. Não somente
estava o povo despojado de luz, mas a atmosfera era muito opressiva, de maneira
que a respiração era difícil; entrementes, os hebreus tinham uma atmosfera pura
e luz em suas habitações.
Mais uma praga
terrível DEUS trouxe sobre o Egito, mais severa do que qualquer das anteriores.
Foi o rei e os sacerdotes idólatras que se opuseram até ao fim ao pedido de
Moisés. O povo desejava que fosse permitido aos hebreus deixar o Egito. Moisés relatou
a Faraó e ao povo do Egito, e também aos israelitas, a natureza e efeito da
última praga. Nessa noite, tão terrível para os egípcios e tão gloriosa para o
povo de DEUS, foi instituída a solene ordenança da páscoa. Foi muito difícil,
para o rei egípcio e seu povo arrogante e idólatra, render-se às reivindicações
do DEUS do Céu. Muito relutante estava o rei do Egito para ceder. Enquanto sob
terrível aflição, ele cedia um pouco; mas quando a aflição era removida,
recusava tudo o que tinha concedido. Dessa maneira, praga após praga era
trazida sobre o Egito, e ele cedia não mais do que era compelido pelas terríveis
visitações da Ira de DEUS. O rei persistiu em sua rebelião mesmo depois que o
Egito tinha sido arruinado.
Moisés e Arão
referiam a Faraó a natureza e efeito de cada praga, que se seguiria a sua
recusa em deixar ir Israel. Cada vez ele viu essas pragas virem exatamente como
lhe foi dito que viriam; mesmo assim ele não se rendia. Primeiro, apenas lhes
deu permissão para sacrificar a DEUS na terra do Egito; então, depois de o
Egito ter sido afligido pela ira de DEUS, concedeu que apenas os homens fossem.
Depois de o Egito quase destruído pela praga dos gafanhotos, ele concedeu que
seus filhos e esposas também fossem, mas que não levassem o gado. Moisés então
comunicou ao rei que o Anjo de DEUS mataria os seus primogênitos.
Cada praga tinha
vindo um pouco mais perto do rei e mais severa, e esta seria mais terrível do
que qualquer outra. Mas, o orgulhoso rei estava extremamente furioso, e não se
humilhou. Quando os egípcios viram os grandes preparativos feitos entre os
israelitas para a terrível noite, ridicularizaram o sinal de sangue sobre a
verga das portas.
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